BuddyFox::O mais surreal é o tom da mensagem da Galápagos que passa arrogância e esse tom de "vamos fazer este favor mas não é sempre viu". Tem um outro detalhe na mensagem deles: simplesmente passaram a régua por contra própria com o "não haverá atualização deste tópico até fev/22"e se alguém notasse outro erro já era, perdeu o bonde.
educroiss:: Até hoje estou aguardando a reimpressão com as correções das cartas e manual do Nemesis....
carlosrocca::
Como eu disse, não me preocupo com Everdell, a solução vai chegar em algum momento. Mas e em relação aos próximos jogos? Qual a confiança que eu posso ter em comprar um jogo envolvendo cartas com textos, sendo que eles tratam reposição como um caso de exceção ao invés de tratar isso como regra para quem recebeu um produto defeituoso? A parte preocupante é o futuro que eles estão prometendo para o mercado de jogos de tabuleiro, e não o que eles já se comprometeram em corrigir.
Caros Buddyfox, educroiss e carlosrocca
Primeiramente, me perdoe carlosrocca se eu não citei o sue nome, no tópico, mas como eu eu não sabia se você me autorizaria e citar, ou não, então preferi não fazê-lo.
Quanto ao que vocês disseram, o ponto é exatamente esse. Será ótimo se chegar em fevereiro e a Galápagos reimprimir todas as cartas erradas do Everdell e enviar para quem comprou o jogo. Mas o cerne da questão não é apenas isso, porque o problema é a maneira como esse processo está sendo administrado. A Galápagos não está agindo como deveria, ou seja, como uma empresa que produziu um jogo defeituoso e que agora está concertando o seu erro. Muito pelo contrário, conforme vocês bem apontaram, o que se vê na postura da empresa é uma total arrogância, como se ela estivesse fazendo um favor, a quem compra os produtos dela, de corrigir o que ela própria errou e errou feio, muito feio. Claro que erros acontecem, mas é muito difícil imaginar que uma empresa do tamanho da Galápagos não tenha um setor ou mesmo um programa empresarial de controle de qualidade, ou até mesmo um profissional pago justamente para evitar que esse tipo de erro primário aconteça. Não precisa ir muito longe, nesse setor de board games, já se tornou até comum, o board game chegar na loja um dia e no dia seguinte, as pessoas começarem a apontar os erros das cartas. Se uma pessoa comum que nem é paga para isso, consegue detectar esses erros quase que imediatamente, como é que o pessoal da revisão e controle de qualidade da Galápagos, não consegue fazer isso antes de mandar a prova para a gráfica?
Eu me lembro em uma live, na qual o Jack Explicador foi questionado pelo verdadeiro desastre que foi a produção nacional do Western Legends da Conclave. Para quem não lembra, nesse jogo, a tradução do tabuleiro foi feita com base na primeira tiragem do jogo, e os componentes forma traduzidos baseados na tiragem revisada, que era incompatível com a primeira tiragem. Ficou um "samba do crioulo doido", com os símbolos do tabuleiro trocados com os das cartas, entre outros erros grotescos, do tipo na carta era para dizer alho, mas na versão da Conclave vinha escrito bugalhos. Um primor de qualidade. Uma pena porque o jogo parece ser muito legal, mas a versão da conclave não tem a menor condição. Aliás nem se tocou mais nesse assunto, então eu nem sei se isso foi consertado ou não. De todo modo, nessa live, eu Jack Explicador, disse na maior sinceridade que a revisão nas editoras de board game ainda é feito na base da camaradagem, ou seja, como um quebra-galho, da forma mais amadora possível. O que a editora faz é pegar alguém do marketing, por exemplo, que conheça o jogo e seja fluente em inglês, e bota o sujeito para fazer a revisão do material de prova, antes de mandar para a gráfica imprimir, e isso nos momentos em que esse sujeito esteja de bobeira, com pouco trabalho. Outra coisa que o Jack Explicador falou que eu me recordo, é que muitas vezes a editora contrata um tradutor, mas não dá tempo mínimo que seja suficiente, para que a pessoa possa fazer um trabalho minimamente decente, porque os prazos são super apertados. Aí fica difícil.
Assim sendo, a forma como a Galápagos está se portando nesse caso do Everdell, não inspira a menor confiança, pelo menos não para mim. Além disso, esse processo de reposição não demonstra, nem de longe, uma mudança de postura da empresa, que ela própria alardeou em algumas lives, nem uma nova preocupação da editora com a qualidade de seus produtos, e muito menos qualquer tipo de compromisso com seus consumidores. Isso só nos faz ficar convencidos cada vez mais, que possivelmente no caso do Everdell até ocorra um "final feliz", com a reposição do material defeituoso. Mas e o caso do Nemesis, e o caso do Masmorra do Mago Louco (esse último a empresa nem mais comenta, e finge que não houve nada errado com o jogo), como é que fica a história? E no caso dos novos jogos? Só vai ter reposição se houver um furdunço suficientemente grande por parte da comunidade, como aconteceu com o Everdell? Será que alguém acha que isso está certo, no caso de jogos que custam quase R$ 500,00 ou mais até?
Como eu já disse em outras ocasiões, o caminha da redenção para a Galápagos é muito longo, e cada vez mais, me parece que a empresa não está nem um pouco disposta a trilhar esse caminho. E se a Galápagos se recusa a mudar de atitude, cabe a nós consumidores mudarmos a nossa.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio