Antes de tudo, SOLOS é uma série muito f⦰da e tem umas ideias densas! Eu mesmo não consegui maratonar. Para digerir alguns episódios, eu precisei ruminar um bocado.
A senhora da capa é a tia do Viriato?
Agora sobre o tema.
Que terreno perigoso pelo qual vocês passaram... Por um pouco não deram motivos para que a minha vizinha gritasse: "velha é a sua avó"! E olhe que ela é avó postiça. Quanto a mim, só não sou avô, porque minha filha mais velha e meu genro decidiram que eu vou ser avô de cachorro. Bem... Ainda é cedo. Vai que não mudam de opinião?! Ou eles ou os meus mais novos...
Pro bem da verdade, quando eu estava nos meus 15 anos, eu achava que meus pais eram velhos. Ainda tinham energia, mas nem tanto assim. Afinal de contas, já estavam entrando nos 40! Quando nasci, minha mãe estava na faculdade e não fazia muito tempo que meu pai tinha se formado e ainda faltavam alguns anos para minha avó chegar nos 50 (que Deus a tenha). Sim, o mundo mudou. Há jovens com mais de 40 anos de idade que ainda moram com seus pais e nem pensam em quando quererão sair de casa. É algo que eu sei como fato, mas é uma realidade que eu não conceberia. Até o termo "jovem adulto" pra mim é esquisito. Passando a régua legal, entre os estatutos da Criança e do Adolescente e o do Idoso, criança ainda é até os 12, adolescente ainda é até os 18 e depois dos 60 somos legalmente idosos. Não chegamos ainda lá, mas é questão de tempo.

Compartilhando um pouco da minha experiência com minha família, meu irmão e eu fomos adestrados desde pequenos a passar o tempo com jogos de tabuleiro. Eu não tive o Scrabble / Palavras Cruzadas, por exemplo, mas tive o Top Letras na infância/adolescência. Já meus pais, nunca os vi jogando entre si ou jogando conosco. Por isso, das (poucas) vezes que os convidei para jogar, declinaram da oportunidade.
Talvez a experimentação do novo é algo mais típico dos que são mais novos. À medida que os anos se acumulam nos ombros e nos curvamos com o peso das décadas, mais difícil é adquirir novos hábitos e hobbies.
O programa pareceu algo como: "gateways para quem gosta de jogos tradicionais" (cartas, xadrez, dominó, etc). Não importa a idade para isso, não? Outro ponto que foi falado foi a questão do tremor. Conheço algumas pessoas que almoçavam comigo no RU (Restaurante Universitário) que tinham tremor essencial. Já o avô de um amigo meu jogava futebol de botão conosco sem nenhuma desvantagem. Só para ilustrar que a depender da destreza, a idade também não importa muito.
Eu imagino quando eu for legalmente considerado como idoso, ainda vou querer jogar Mottainai, Le Havre, Tikal, Keyflower, Terraforming Mars, Terra Mystica, Paris, As Tabernas do Vale Profundo. Tomara que minhas filhas ainda gostem de jogar. 