Guilherme.felga::Muito bom texto, parabéns! Fico sempre feliz quando vejo comentários sobre jogos muito bons, mas um pouco mais antigos. Le Havre é uma das grandes jóias da ludografia do Uwe, um dos meus favoritos!
Eu, no entanto, vou discordar sobre o modo solo.
Primeiramente, direi que eu gosto muito do jogo e de jogá-lo sozinho. Ele oferece um bom puzzle, boas decisões, joga relativamente rápido e traz uma ótima sensação de progresso, escalonamento progressivo da sua máquina de pontos.
A ausência de antagonismo ativo no modo solo, no entanto, implica em falhar em oferecer um dos principais elementos do jogo a meu ver: a necessidade de pagar para usar prédios de outros jogadores. Isso traz uma dimensão estratégica incrível e um trabalho de leitura de mesa que traz uma camada muito diferente para o jogo.
Adicionalmente, o número de cartas disponíveis para uso é consideravelmente menor, o que impacta também em um setup com pouca variação. Isso acarreta em menor variabilidade e o risco de que o jogo se torne resolvido. Posto isso, embora eu ache Le Havre um jogo de primeira grandeza e um dos meus favoritos do Uwe, tenho dificuldade de recomendar seu modo solo. Isso lembra muito os problemas que vejo em outro jogo incrível dele, o Ora et Labora.
Fora esses pontos, subescrevo às demais opiniões sobre Le Havre. Grande jogo de fato.
Primeiramente, obrigado! No solo de Le Havre o antagonista somos nós mesmos: o desafio de melhorar partida a partida. Quanto à variabilidade, escolha as cartas de edifícios especiais que se ajustam ao solo, e haverá milhões de possibilidades de sequências. Nos edifícios comuns, idem. Mesmo sendo só 15, as possibilidades de sequências e combinação são em número de centenas. Mas, de minha parte, não me sinto incomodado. Rejogabilidade para mim é gostar do jogo.