Tentando resumir (pode não ficar muito claro, mas infelizmente faz parte, pois não vou fazer uma dissertação aqui).
O Darlan (e as demais lojas que apoiam) precisam entender algumas coisas básicas (que ele entende, mas " tá jogando pra galera", querendo passar a ideia do contrário):
- Galápagos hoje, não é mais Galápagos (apesar de ainda muito amadorismo), mas sim Asmodee. Ou seja: é capitalismo, multinacional. Ela faz a parte quanto editora e precisa dar lucro (retorno). Ela não vai estar preocupada com a opinião de parte de lojistas (não tá satisfeito? Não compra dela. Não tem condições de se manter? Infelizmente fecha as portas).
Pelo que ouvi até agora do podcast, me parece que o Darlan desejava um "auxílio emergencial" da Galápagos (que só pode ser brincadeira). A pergunta é: Por que dá Galápagos? E as demais editoras? Ela (e qualquer editora) ajuda, dá preferência a quem quiser (nesse caso a Ludus).
Qualquer mercado se regula, não tem jeito. Obviamente que os preços praticados por qualquer editora, em venda direta, devem ser maiores (como o colega citou, inclusive com o objetivo de termos um "teto"). Achar que a Galápagos ou qualquer outra editora vai financiar os lojistas me parece muita ingenuidade. Fazer lobby, "vazar a carta" (vazou de propósito. Isso não era um editorial num jornal, passando por um monte de pessoas. Foi, como sempre é, de caso pensado e pelo podcast, não surgiu efeito algum - e penso que não vai surgir). Inclusive no 22' (minuto) o Darlan diz (como se a Galápagos estivesse preocupada) "não é um boicote a Galápagos". Rapaz, tu acha (e os demais lojistas, se for dividir a responsabilidade) que a ASMODEE está preocupada com isso, com vocês? Que se você não fizer pedidos ela não vai ter como atender, se houver demanda (ou os clientes não procurarão alguma opção)? Que pensamento...
24" (minuto) ele insiste dizendo "A Galápagos (Asmodee) precisa entender". Fera: eles não precisam entender nada. Você (pequeno) começa a fazer um movimento contra um grande e quando chega no "público", joga pra galera, coloca panos quentes...a ASMODEE não tá nem ai para você. Se tá achando que não dá pra competir, que a Asmodee é malvada, então boicota mesmo. Como seu colega ai diz que "ensina a viver de board game", o buraco é bem embaixo. Ser empreendedor e se manter é muito difícil e microempreendedor, de produtos que não precisam "experimentar", fica mais difícil. Qual a vantagem competitiva que uma lojinha de bairro tem contra os grandes "Marketplaces"? (comento abaixo).
Outro ponto importante para se pensar é: será que há futuro para os lojistas (microempreendedor), quando a Amazon, ML futuramente tem tudo para dominar o mercado como um todo (sem falar do "MAGALU", etc)? Acho difícil ser um negócio sustentável por mais de 10 anos (ao menos nas grandes cidades). A logística é a "briga" do momento. O microempreendedor não tem como competir. Esqueça. Caminho sem volta. Sobre o marketplace: tu acha mesmo que uma cartinha vai fazer a ASMODEE acabar com o marketplace na Amazon? Não seja inocente...
Você comentou que "quanto mais lojas, menor o preço". Ok, mas no caso dos boardgames, não faz muita diferença, numa mesma cidade. O que faz o preço ser melhor é ter mais jogos, mais editoras, para elas sim competirem nos seus títulos e o preço baixar (ou não). Os lojistas já tem uma faixa de preço definida pelas editoras. Os lojistas praticamente nada podem fazer muito sobre isso. De novo: os grandes players, se entenderem que o mercado continua a crescer, eles mesmos farão os grandes pedidos, reduzindo os preços.
Sobre jogar, fazer campeonatos, etc: se é relevante, terá alguém que vai fazer, criar, fazer prosperar. O resto é conversinha...
Consolidação de títulos: vai chamar o "cade", fera? Boardgame é supérfluo. Se não der pra comprar, todo mundo para de comprar e se ela quiser continuar vendendo ela (e o mercado) vai ter que baixar os preços.
Finalizando: pelo menos no 35' (minuto) o Darlan assume (porque não pode achar que quem vai ouvir o podcast seja apenas adolescente) que "todo mundo quer lucro, quer dinheiro, quer crescer"...
Wilian manda no 61' (minuto) " deveria pensar menos no lucro e mais no mercado"....hahahaha, piada, né? Ele mesmo, "vende" curso pra quem quiser aprender a abrir uma loja de tabuleiro...(esqueça o lucro, pensa no mercado, em praticar uma boa ação)....
Tive que voltar e editar, pois no final duas coisas: 1 pérola e enfim, 1 coisa que faz o sentido:
1) O e-commerce da Galápagos, se for relevante, ele acha mesmo que ela vai fechar por causa de lojistas? De novo, como ele próprio citou: quem vai fechar são os lojistas...
2) A questão da BF é realmente a única coisa que concordo, pois realmente, se ela pega e baixa o preço assustadoramente, ela deveria sim ir nos lojistas e subsidiar esse preço ao longo da BF, fazendo com que o lojista recebesse uma bonificação (que poderia ser em produtos, descontos, etc).
No final, eu quase fiquei com pena quando pediu para gente não comprar da Amazon, mas sim dos lojistas. Só que aí ele disse que a Amazon tem que ser expulsa do país...um brincalhão...será filiado ao "pçol", bandeira vermelha?
Se o conteúdo é esse mesmo, essa redação passou de um rascunho? Sério que tem quem assinou essa carta?
Cliente quer melhor experiência e preço.
Malandro é malandro e mané é mané...