iuribuscacio::storum::
Freitas, com todo respeito, não faço parte de nenhum lojista ou editora, sou consumidor igual todos aqui, tentando sobreviver no colecionismo e manter o cartao em dia kkk tenho contato com ambas, antes de sair criticando como muitos fazem eu procuro obter as informações pra tentar entender " o porquê" disso ou daquilo em determinadas situações..confesso a vc, cheguei longe pois tenho grandes amigos e contatos nesse meio.. vc citou o desembaraço aduaneiro como coloquei, perfeito, adiante-se ao fato de todo tipo de desembaraço aduaneiro é imprevisível, culpa de um ineficiente e precário sistema que temos no país..o que possa acontecer, e isso de fato como alertei tem consequências financeiras. A conclave tb esta passando pela mesma situação. O problema é, todo preço é uma "previsibilidade", a fim de manter um contato com seus respectivos consumidores, alguns preços podem ser repassados, não concordo que a Devir tenha que ser sacrificada com isso, fatos imprevistos acontecem...deveríamos sim estar pressionando nossos governantes para que a carga tributária seja amenizada no hobby, isso sim faria uma enorme diferença...tsc
RFreitas:: Essa discussão toda me lembra de outra similar:
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/lucro-das-montadoras-brasileiras-e-o-triplo-dos-eua/
Reportagem de quase uma década atrás, mas tema recorrente. Talvez não seja a situação atual, mas saber disso certamente influencia meu modo de pensar.
Caros Storum e Rfreitas
Numa boa, eu não acho que a defesa que o Storum faz das editoras seja tão incondicional, e de uma certa forma há alguma razão nessa forma de pensar, que inclusive é muito comum na comunidade boardgamer. Só tem uma coisa com a qual eu não concordo em relação a esse raciocínio, que é a relativização do comportamento, das editoras e da comunidade boardgame, porque, na minha opinião, isso implica em dois pesos e duas medidas, o que não está correto.
O board game pode ser negócio, ou pode ser idealismo, mas é um ou outro, não dá para ser os dois, e isso vale para todo mundo, tanto para as editoras quanto para os consumidores. Não dá para aceitar que as editoras se comportem como se fosse um negócio, e esperem que a comunidade boardgamer enxergue o hobby pelo prisma do idealismo.
Se o board game é negócio tudo bem, a editora pode cobrar o que quiser pelos seus jogos, e quem quiser ou puder que pague o preço. Eu não acho essa estratégia a mais saudável no longo prazo, mas negócios são assim, cada um conduz o seu como achar melhor. Mas nesse caso as editoras não podem apelar para o lado idealista do boardgamer e pedirem compreensão quando elas entregam o jogo com problemas nos componentes, ou com erros grosseiros de português, e de tradução, quando elas atrasam anos na entrega do jogo do financiamento coletivo, quando elas têm imprevistos ou problemas alfandegários, entre outros.
Num ambiente de negócios, o consumidor tem de pagar pelo produto, e se a empresa teve algum problema ou imprevisto na alfândega, no fornecedor de componentes, no frete, ou na tradução e revisão, isso é problema só da editora e o consumidor não tem nada com isso. Mais uma vez, pode ser que essa seja um visão muito dura e intransigente por parte do comprador, mas o princípio "negócios são assim", não vale só para a empresa poder cobrar o que quiser, pelo seu produto. A moeda tem duas faces.
Infelizmente não é isso que se vê na comunidade boardgamer. Em alguns casos é possível encontrar, no mesmo parágrafo, a defesa da liberdade da editora precificar seu produto como quiser, juntamente com a necessidade do consumidor de entender as grandes dificuldades pelas quais as editoras passam para trazer os jogos para o Brasil, que os erros grosseiros de tradução e de componentes não afetam a jogabilidade, que as pessoas trabalham nesse ramo mais por amor, do que por qualquer outra coisa, porque board game não dá tanto dinheiro assim, e outras "afirmações escusatórias" do gênero.
É dessa dualidade na forma de encarar o board game que eu discordo. Só isso.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio
Esse seu ponto é interessante e pertinente (já também discutido no fórum do Everdell, diante do que a "Matagot" brasileira entregou.
as editoras são empresas com fins lucrativos. Precisam trabalhar de forma profissional. Esse é um dos pontos importantes. Esse "me dá um desconto" de um lado e do outro "vou ver, mas depois não reclama" é um absurdo.
Se elas entendem que o "preço justo" é "x" que o pratiquem, porém que entreguem o que prometeram (nada a mais, e menos ainda, a menos). Pagamos caro (seja R$300 ou R$ 1mil - barato ou caro vai do "valor" que vemos em algo). O outro lado precisa entregar o que prometeu.
Se tiver que escolher entre preço e qualidade (não falando apenas de componentes, mas de inexistência de erros de impressão, de traduções, etc), eu fico com a segunda.
Aqui, reclamamos dos preços, mas não exigimos as correções. As empresas precisam também serem "punidas" (terem retrabalho e novos custos) se entregam diferente (muitas das vezes porcarias, como nos casos de Nêmesis, Banquete e Everdell p. ex) e pararmos de passar pano. Brasileiro precisa aprender muito ainda (incluindo nosso público, mais estudado, esclarecido).