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  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
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    iuribuscacio28/06/21 16:01
    iuribuscacio » 28/06/21 16:01

     evieira::
    Eu acho que essa questão é bem interessante:

    Se o fabricante está repondo um jogo com um lote relativamente pequeno, ele tem SIM que levar em consideração o preço do mercado de usados.
    Se ele não o fizer, estará apenas deixando dinheiro na mesa para que os especuladores do mercado comprem o jogo rapidamente para revendê-lo no mercado de usados pelo preço com ágio. Poucos compradores finais (aqueles que vão desfrutar do jogo em si) conseguirão pegar o preço sem ágio. Os especuladores ficam atentos ao mercado e tem agilidade para comprar rápido.

    Se ele está com um lote grande, essa preocupação deixa de existir. Vender pelo preço alto causado pela falta de oferta seria um tiro no pé, pois as pessoas dispostas a pagar o preço com ágio são em menor número do que as dispostas a pagar o preço sem ágio. 

    Todos esses problemas de especulação e arbitragem de preços existirão enquanto o mercado for pequeno. Não tem muito jeito.
    Sds,

    Eduardo

    Caro Evieira

    Em parte eu concordo com isso, dependendo da tiragem do jogo, o preço no mercado de usados tem de ser considerado. O que eu acho complicado é essa aplicação indiscriminada da “Lei de Gérson”, pelas editoras.

    Nesse sentido, todo o processo de precificação e suas diversas variáveis envolvidas, que normalmente é invocado para justificar os preços altos dos board games, vale apenas se o preço final do jogo (já incluídas as margens de lucro normalmente praticadas) forem maiores do que o seu preço no mercado de usados. Mas quando o preço final do jogo é menor que o preço do mercado de usados , aí é esse que vale.

    Na minha opinião foi exatamente isso que aconteceu com o “Stone Age”. O jogo não estava sendo vendido por R$ 500,00 ou R$ 600,00, porque esse era o seu preço final, mas sim porque ele estava esgotado há anos. Quando houve o reprint foi esse o preço fixado pela Devir. E isso é apenas um exemplo. Só para não dizer que eu só falo do “Stone Age”, o “Caverna” está sendo vendido, usado, na base de R$ 850,00, e não tenho dúvidas de que se houver um reprint nacional, será essa a sua faixa de preço, independente do seu preço final real ser esse, ou não.  

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio

    P.S. Enquanto as editoras quiserem levar vantagem em tudo, o mercado de board games (que engloba não apenas os consumidores, mas também as editoras) não vai levar vantagem em nada.

    2
  • evieira
    708 mensagens MD
    avatar
    evieira28/06/21 16:26
    evieira » 28/06/21 16:26

    Iuri:
    Em parte eu concordo com isso, dependendo da tiragem do jogo, o preço no mercado de usados tem de ser considerado. O que eu acho complicado é essa aplicação indiscriminada da “Lei de Gérson”, pelas editoras.

    Nesse sentido, todo o processo de precificação e suas diversas variáveis envolvidas, que normalmente é invocado para justificar os preços altos dos board games, vale apenas se o preço final do jogo (já incluídas as margens de lucro normalmente praticadas) forem maiores do que o seu preço no mercado de usados. Mas quando o preço do mercado de usados é maior que o preço final do jogo, aí é esse que vale.

    Na minha opinião foi exatamente isso que aconteceu com o “Stone Age”. O jogo não estava sendo vendido por R$ 500,00 ou R$ 600,00, porque esse era o seu preço final, mas sim porque ele estava esgotado há anos. Quando houve o reprint foi esse o preço fixado pela Devir. E isso é apenas um exemplo. Só para não dizer que eu só falo do “Stone Age”, o “Caverna” está sendo vendido, usado, na base de R$ 850,00, e não tenho dúvidas de que se houver um reprint nacional, será essa a sua faixa de preço, independente do seu preço final real ser esse, ou não.  

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio

    P.S. Enquanto as editoras quiserem levar vantagem em tudo, o mercado de board games (que engloba não apenas os consumidores, mas também as editoras) não vai levar vantagem em nada.


    Antes de mais nada, obrigado pelos elogios que me fez em vários posts!

    É ótimo podermos discordar de opinões e não de pessoas!

    Eu não acho que as editoras levem vantagem em tudo. Ninguém compra um jogo ruim que ela trouxe por engano (ou por contrapeso de um título importante) só para ajuda-la também, né? Os prejuízos que elas tomam fica com elas. A gente de fora tende a só ver o upside.

    Estamos talvez no momento mais difícil do mercado até agora. Ele já não é tão pequeno, um novo entrante não consegue entrar sem um mínimo de estrutura, mas ainda não temos volume para a lógica da produção em massa imperar. Então, táticas de “gerar dificuldade pra vender facilidade” são realmente possíveis.

    Então vamos conviver por algum tempo com poucas empresas capazes de fornecer jogos de alta qualidade e elas realmente terão oportunidade de ditar os preços de forma mais ou menos tranquila, haja vista não terem concorrentes e o governo brasileiro protege-las da importação direta com obscenos 60% de tarifa de importação.

    A única forma de mudar isso é o mercado crescer a ponto de termos mais empresas competindo com volume que ameace as já estabelecidas.

    Mas isso não será conosco, os convertidos, comprando 5 jogos por mes. Tem que ser com mais gente comprando um jogo a cada bimestre.

    Enquanto isso não ocorre, o que nós podemos fazer é saber o nosso limite (cada um tem o seu) e dizer não para os propostas que, na nossa visão, não agreguem valor.

    Não vejo outra forma!

    Um abraco,

    Eduardo
     

    2
  • storum
    1086 mensagens MD
    avatar
    storum28/06/21 16:27
    storum » 28/06/21 16:27

    Iuri Buscácio.           


    P.S. Só para não dizer que eu não comentei, mas quando você diz que não faz sentido achar o maior “luxo e elegância”, pagar R$ 200,00 ou R$ 250,00, em um jogo de 300g, e criticar o jogo de R$ 800,00 com 10 kg de componentes, eu infelizmente sou forçado a discordar. Com todo o respeito, eu acho que, talvez, o jogo de 300g custe R$ 200,00 ou R$ 250,00, justamente porque existe um jogo que custa R$ 800,00, que é muito dinheiro mesmo para um jogo de 10 kg, e boa parte das pessoas pagam sem pestanejar. Possivelmente, se não fosse a facilidade com que as pessoas estão dispostas a pagar R$ 800,00, em um jogo de tabuleiro (por melhor que sejam as suas qualidades e todo o estupendo trabalho intelectual envolvido), talvez fosse bem mais difícil para as editoras venderem um jogo de 300g por R$ 200,00 ou R$ 250,00, e possivelmente tais jogos custassem bem menos.




    É exatamente o contrário Iuri, digo isso porque já vi planilhas de alguns amigos lojistas...esses jogos com preços " inferiores " vendem mais, a reposição acontece quase sempre pela editora responsável, praticamente ninguém questiona ou quer saber porque esta pagando " tal preço " em 40 tipos de carta dentro de uma lata ou algo do tipo. A própria produção desses jogos não requer maiores complexidades. Portanto, na lógica coerente e racional é mais fácil vc pagar " mais caro " nesses tipos de jogos dependendo do caso.



    Não vou entrar em maiores detalhes pois prefiro, caso queira, via mensagens diretas.



    Abraços.

    1
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio28/06/21 16:49
    iuribuscacio » 28/06/21 16:49

    Albrecht::Excelente texto, parabéns!

    Jogo bom e elegante é aquele que te diverte. O que é bom ou elegante pra mim pode não ser bom ou elegante para outros. É bem complicado definir padrões quando falamos de algo subjetivo.

    Li muita coisa interessante nas respostas por aqui e queria dar minha opinião também:

    Sobre os jogos com miniaturas: Vi como, com maestria, o colega narrou como os jogos com miniaturas chamaram seus filhos para jogar. Foi assim que fui chamado para o Hobby (apesar de ser burro velho) e até hoje sou atraído por jogos de miniatura e com temática mais RPG. Reconheço todo o sucesso dos jogos que foram citados, apesar de não me atrair por nenhum deles.

    Sobre o capitalismo malvadão: Viver no Brasil é complicado. Viver no Brasil e gostar de coisas que não têm raízes brasileiras é ainda mais complicado. Seria muito mais viável, pelo menos pra mim, gostar, por exemplo, de jogar e assistir futebol. Você pega uma bola, que tem de vários tamanhos, pesos e valores, junta um pessoal, que se você não conhece, eles pedem pra jogar assim que você chega no local com a bola, sem esforço algum com dois pares de chinelo você monta os gols e pronto! Diversão por horas! Fora as incontáveis partidas que passam na TV que com sorte te consumirão "apenas" duas horas do seu dia. 

    É a vontade de ganhar dinheiro que move a humanidade. Desde o descobrimento de novas terras (ou alguém acha que as grandes navegações foram financiadas por puro tédio ou falta do que fazer?), passando pela revolução industrial e, a cada dia que passa, a apresentação de uma "novidade" diferente. A Sony estaria na quinta edição de seu console se não quisesse ganhar dinheiro? A empresa da maçã se esforçaria para lançar um aparelho inovador que não possuía teclado físico (quem lembra de quando o primeiro iPhone chegou?) e uma tela maior se não fosse pra ganhar rios de dinheiro? Tirando os monges franciscanos, todos possuem a vontade e o desejo de ganhar dinheiro. É por isso que levantamos cedo todos os dias, que estudamos coisas chatas, fazemos faculdade, etc. Pessoalmente, eu nunca vi um jogo desenvolvido por monges franciscanos, então...

    Com o intuito de ganhar dinheiro, empresas financiam equipes de desenvolvimento para criar produtos que vão gerar lucro para elas. Entreter o público não é, e provavelmente nunca será, o objetivo principal da empresa, sendo apenas um requisito a ser cumprido para alcançar sua meta principal. Isso vale para Board Games, Video Games, Cinema, Televisão, Gastronomia, Medicina ...

    Quando um jogo é criado, você tem uma série de custos, diretos e indiretos, que precisam ser amortizados pelo lucro ao longo do tempo em que o jogo é posto no mercado. Não são apenas os componentes que influenciam o preço do jogo. Todo aquele tempo (salários, aluguel, luz, água, internet, cafezinho...) gasto até a versão final precisa ser compensado, ou então a empresa morre e tudo acaba.

    "Mas aqui no Brasil, não teve desenvolvimento! As empresas X, Y e Z são mercenárias! mi mi mi!!!" 

    Então, no nosso país, infelizmente, é difícil pra c$%#!&* empreender! Temos uma burocracia ridícula, uma carga tributária terrível que inflaciona absolutamente tudo, direitos trabalhistas em excesso que aumentam em muito o custo de qualquer coisa (Se seu patrão te paga R$ 2.000,00 por mês, você não custa R$ 2.000,00 pra ele. O valor é um pouco superior ao dobro!), uma moeda fraca e os últimos 30 anos me mostraram que temos um povo que nunca vai mudar isso.

    Quando a editora resolve trazer um jogo pra cá, ela não vai na Amazon, compra uma cópia, traduz, embala e entrega. É necessário negociar o preço dos royalties, pagar tradutor, fazer propaganda, fazer pesquisa de mercado (Vai multiplicando o salário dos envolvidos)... Ok! Fechado o contrato! Posso contratar esta empresa maravilhosa aqui ao lado para gerar os componentes? Claro que não! A empresa original quer manter o mesmo padrão de peças e componentes em todas as edições do seu produto. Então, sinto muito. As fábricas que ela autoriza a produzir os componentes estão (quase) todas fora do Brasil. E para importar o material para poder montar e colocar o produto à venda, além do frete, vem um imposto de importação pesado, que serve pra proteger a indústria nacional mesmo que ela não produza esse tipo de coisa.

    Depois disso, você ainda tem toda a logística de distribuição que, olha que surpresa, aqui também é mais cara por falta de segurança, pedágios caros, rodovias em péssimo estado de conservação e combustível absurdamente caro. Acabou? Quem dera! 

    A tiragem, ou quantidade posta no mercado, resulta da pesquisa de mercado. A pesquisa mostra o potencial de venda do produto para chegar a um número de unidades produzidas. Neste número temos um número de vendas (que não é baixo) para que a empresa deve alcançar só pra não ter prejuízo! E esse número diminui drasticamente quando reduzimos, mesmo que pouco, a margem de lucro.

    Amigos, se você chegou até aqui e ainda acha que só está pagando pelo plástico e papelão... Você é, no mínimo, ingênuo.

    Nenhuma dessas empresas ao criar seus produtos lá fora pensou: "Vou criar esse jogo aqui, porque sei que lá no Brasil o pessoal vai adorar!". Eles estão pouco se lixando pra nós. Sony, Nintendo, Microsoft, Volkswagen, CMoN, Guilhotine Games podem até vender pra gente, mas o público alvo delas não éramos nós. Estamos muito longe de ser o Sol. 

    Se a situação financeira não permite que você jogue Pokémon TCG, Magic ou Yu-Gi-Oh, compra Uno que é baratinho. Pode jogar o bom e velho buraco também. Se não dá pra comprar Zombicide, Gloomhaven ou até mesmo alguns mais baratos, joga damas na pracinha. É chato? Sim. Mas é assim que o mundo gira. Quem não tem grana pra comer carne, come ovo. Quem não pode comprar (e manter) um carro, anda de busão. Quem não pode morar na beira da praia, mora onde consegue pagar.

    Ainda em tempo: Gloomhaven por R$ 120,00? Eu já vi um cara no Mercado Livre vendendo uma versão PnP pirata do jogo por este valor. Preciso dizer que é crime? Tanto pra quem vende quanto pra quem compra.

    P.S. Não estou dizendo que todas as empresas são santinhas. Quem lembra quando houve desconto de imposto da linha branca (geladeira, fogão...) para baratear os custos? O Valor do produto nas lojas não incorporou o desconto por completo. Os FDPs fabricantes aumentaram a margem de lucro se aproveitando do governo. Cada caso é um caso. E você pode opinar sim! Qualquer pessoa pode opinar! Mas se você desconhece as variáveis da equação, a chance de chegar a um sofisma ou uma falácia é diretamente proporcional à falta de informação.

    É isso. Desculpem o texto longo e os erros de gramática (sem tempo de revisar).

    Até breve.


    Caro Albrecht

    Esse pensamento, “se você não tem dinheiro para comer carne, então coma ovo”, é uma forma de pensar. O problema é que ela é baseada na exclusão. Sabe quem discorda diametralmente disso? Os chineses, que pensam o mercado de um ponto de vista inclusivo. A economia chinesa está calcada no princípio vamos produzir em escala industrial e cobrar o mais barato que se puder, para assim ganhar muito mais dinheiro no maior volume de vendas. Tenho certeza de que você vai concordar comigo que, a julgar pelos resultados de sua economia, alguma coisa os chineses devem estar fazendo certo.

    Além disso, uma coisa que a história econômica ensina é que os mercados que não crescem nem se expandem, tendem a morrer. E fica muito difícil para um mercado crescer e se expandir, a partir de uma práxis baseada na exclusão.

    Só para citar um exemplo, alguns anos atrás, ou melhor, décadas atrás, foi lançado o laserdisc, que era um produto muito melhor com mais qualidade, mas que custava muito caro. O pensamento por trás desse produto era de que ele era um produto de nicho, e quem não tivesse dinheiro, que continuasse a ouvir CD ou vinil, e a assistir VHS, ou seja, era um produto baseado na exclusão, porque nunca se pensou em torná-lo mais barato e acessível, afinal, sempre haveriam os mais abastados para consumirem esse tipo de produto. Por outro lado, o CD (e mais tarde o DVD) era baseado na inclusão, ou seja, procurava-se fazer um produto cada vez mais barato, para que as pessoas trocassem as suas coleções de vinil pela nova mídia. O resultado disso é que o mercado de laserdisc morreu, enquanto que o CD entrou para a história e se transformou no formato de mídia padrão (até o DVD adotou o mesmo formato). Só por curiosidade, você conhece alguém que tenha um aparelho de laserdisc em casa? 

    Retornando para o mercado de board games, se essa escalada de preços mantiver esse ritmo atual, e as pessoas pensarem “se não tem dinheiro, não compra”, existe a real possibilidade do mercado, que já não é lá grande coisa, encolher ao invés de crescer, simplesmente porque as pessoas não vão ter dinheiro para comprar board games. Hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais seletivas, e isso quer dizer que elas estão comprando menos jogos. Isso facilmente pode descambar em uma espiral, na qual cada vez menos pessoas compram jogos porque eles estão cada vez mais caros, e aí as editoras têm que aumentar ainda mais os preços, para poderem manter as portas abertas, porque tem menos gente comprando, o que por sua vez leva a cada vez menos gente comprar jogos porque eles estão cada vez mais caros, e assim por diante. Obviamente que sempre existe um pequeno grupo de privilegiados e abastados, que compram os jogos de R$ 1.000,00. Mas meia dúzia de gatos pingados é muito pouco para manter todo um mercado, que engloba designers, produtores de conteúdo, editoras, distribuidores e lojistas, entre outros.     

    Por fim, é perfeitamente possível pensar “se não tem dinheiro, não compre”, mas definitivamente, esse princípio baseado na exclusão, não é muito saudável, nem para o mercado de board games, nem para nenhum outro tipo de mercado.

    Os chineses estão aí para comprovarem isso.        

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio

    2
  • Fabico
    218 mensagens MD
    avatar
    Fabico28/06/21 18:12
    Fabico » 28/06/21 18:12

    Albrecht::
    Fabico::
    Albrecht:: Então, no nosso país, infelizmente, é difícil pra c$%#!&* empreender! Temos uma burocracia ridícula, uma carga tributária terrível que inflaciona absolutamente tudo, direitos trabalhistas em excesso que aumentam em muito o custo de qualquer coisa (Se seu patrão te paga R$ 2.000,00 por mês, você não custa R$ 2.000,00 pra ele. O valor é um pouco superior ao dobro!), uma moeda fraca e os últimos 30 anos me mostraram que temos um povo que nunca vai mudar isso.



    No Brasil não temos leis trabalhistas em excesso, temos o mínimo possível para proteger o trabalhador, que foram conquistadas através de anos de luta, hoje tem gente se esforçando bastante para acabar com esses DIREITOS do brasileiro (sei que esse não é o assunto do tópico, mas não podia deixar de pontuar).

    De resto concordo com tudo que você disse, e a tributação aqui é abusiva, o que não seria um enorme problema se o dinheiro arrecadado de impostos fosse retornado ao cidadão através de segurança, educação, saúde, transporte, etc, mas infelizmente esse dinheiro termina nos bolsos dos políticos e pensionistas.


    Concordo com você. Temos muito roubo e destinação injusta dos recursos arrecasados e pelo visto, a população adora ser roubada. É só ver que há dois ladrões à frente nas pesquisas precidenciais.

    Eu não quis dizer que os direitos trabalhistas devem ser diminuídos. Coloquei como fator mais para associar à carga tributária que o empregador paga ao contratar que incide sobre todo o custo do produto e leva todos os direitos em consideração.

    Não levantei a bandeira de cortar os benefícios conquistados. Fiz apenas uma reflexão. Mesmo a nossa legislação dando um duplo seguro desemprego, não sou a favor de cortes. Sou a favor de cortar o Estado para então cortar os impostos e assim diminuir os custos das coisas.


    Sim amigo, não quis dizer que você é uma dessas pessoas que consideram direitos trabalhistas como privilégios desnecessários que devam ser minimizados, até porque você não deu a entender isso em seu texto, desculpa se pareceu uma acusação. Porém infelizmente tem bastante gente hoje em dia no país com mentalidade parecida, e a parte irônica/trágica é que boa parte dessas pessoas necessitam desses direitos que querem cortar (mas falta estudo para perceberem).

    0
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio28/06/21 18:32
    iuribuscacio » 28/06/21 18:32

    evieira::

    Antes de mais nada, obrigado pelos elogios que me fez em vários posts!

    É ótimo podermos discordar de opinões e não de pessoas!

    Eu não acho que as editoras levem vantagem em tudo. Ninguém compra um jogo ruim que ela trouxe por engano (ou por contrapeso de um título importante) só para ajuda-la também, né? Os prejuízos que elas tomam fica com elas. A gente de fora tende a só ver o upside.

    Estamos talvez no momento mais difícil do mercado até agora. Ele já não é tão pequeno, um novo entrante não consegue entrar sem um mínimo de estrutura, mas ainda não temos volume para a lógica da produção em massa imperar. Então, táticas de “gerar dificuldade pra vender facilidade” são realmente possíveis.

    Então vamos conviver por algum tempo com poucas empresas capazes de fornecer jogos de alta qualidade e elas realmente terão oportunidade de ditar os preços de forma mais ou menos tranquila, haja vista não terem concorrentes e o governo brasileiro protege-las da importação direta com obscenos 60% de tarifa de importação.

    A única forma de mudar isso é o mercado crescer a ponto de termos mais empresas competindo com volume que ameace as já estabelecidas.

    Mas isso não será conosco, os convertidos, comprando 5 jogos por mes. Tem que ser com mais gente comprando um jogo a cada bimestre.

    Enquanto isso não ocorre, o que nós podemos fazer é saber o nosso limite (cada um tem o seu) e dizer não para os propostas que, na nossa visão, não agreguem valor.

    Não vejo outra forma!

    Um abraco,

    Eduardo
     

    Caro Evieira

    Esse seu ponto de vista é muito lúcido e acertado e eu concordo com ele. É praticamente uma lei econômica que, se o mercado for pequeno, ele terá poucas empresas atuantes, a oferta de produtos também será baixa, e o preço deles será alto. Todo e qualquer setor da atividade econômica, em qualquer lugar do mundo, funciona assim.

    No caso da oferta de produtos é preciso fazer um parêntese, porque até pode parecer que a quantidade de jogos lançados nacionalmente é enorme, mas ela ainda é muito pequena, se comparada ao que se lança no mercado europeu e norte-americano. isso sem falar nas expansões que só são lançadas aqui, em raros casos de campeões de vendas. Muito provavelmente nós teremos o lançamento nacional do “Gloomhaven: Jaws of the Lion”, mas por outro lado, há uma infinidade de outros jogos, com expansões absolutamente fundamentais, que não foram e nem serão lançadas aqui. Do mesmo modo, existem diversos jogos que são excelentes, que fazem muito sucesso no exterior, mas que também não deram, nem jamais darão as caras por essas bandas. É a isso que eu me refiro, quando falo em baixa oferta de produtos.

    Portanto para termos um mercado com mais agentes, melhor oferta de produtos, e preços mais acessíveis e atraentes, que propiciem seu aumento, desenvolvimento e expansão, é fundamental que o mercado de board games cresça, atraindo mais consumidores. É um princípio que parece estranho, mas que é verdadeiro, ou seja, o mercado precisa crescer para que ele possa crescer, cada vez mais.

    O ponto que eu defendo é que o mercado de board games não vai crescer e atrair novos jogadores com jogos de R$ 1.000,00. Não que jogos com esse perfil não devam ser lançados, afinal eles possuem a sua fatia do mercado, tanto que vendem bastante e continuam sendo produzidos. O problema que eu vejo é que, do jeito que o mercado está sendo conduzido, cada lançamento top de linha, acaba refletindo nos jogos mais baratos, no sentido de puxar o seu preço para cima, e são esses jogos mais baratos é que vão atrair mais consumidores, aumentando o mercado.

    Certamente, os jogos com miniaturas têm um poder maior de atração, especialmente sobre as crianças. Mas não são as crianças que compram os jogos, e sim os pais das crianças. E vamos combinar fica muito complicado para os “papais” comprarem jogos de R$ 1.000,00 todo mês, mesmo que as miniaturas sejam lindas, e as crianças adorem. Com certeza, as “mamães” devem ter uma coisa ou outra para dizer sobre esse assunto.

    Por fim, mais uma vez, eu definitivamente não sou contra os jogos de R$ 1.000,00, mas o problema que eu vejo é que são esses lançamentos que atraem cada vez mais a atenção do público, que tem mais conteúdo nos canais do Youtube, e que geram mais hype. Quando eles são comprados por uma pequena parcela de privilegiados, até porque as tiragens desses jogos normalmente são abaixo da média, girando por volta de 1.000 unidades, isso acaba provocando um “efeito cascata” de aumento de preço, inclusive nos jogos mais baratos. E sem jogos baratos, de qualidade e com alguma complexidade, não há como falar em crescimento do mercado de board games.

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio 

    1
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio28/06/21 18:46
    iuribuscacio » 28/06/21 18:46

    storum::
    É exatamente o contrário Iuri, digo isso porque já vi planilhas de alguns amigos lojistas...esses jogos com preços " inferiores " vendem mais, a reposição acontece quase sempre pela editora responsável, praticamente ninguém questiona ou quer saber porque esta pagando " tal preço " em 40 tipos de carta dentro de uma lata ou algo do tipo. A própria produção desses jogos não requer maiores complexidades. Portanto, na lógica coerente e racional é mais fácil vc pagar " mais caro " nesses tipos de jogos dependendo do caso.



    Não vou entrar em maiores detalhes pois prefiro, caso queira, via mensagens diretas.



    Abraços.


    Caro Storum

    Eu expus meu ponto de vista e você expôs o seu, e infelizmente nem sempre dá para alcançar um consenso. A sua percepção do mercado de board games é diferente da percepção que eu tenho, e daquilo que escuto nos “locais do métier” que eu frequento, ou pelo menos frequentava, antes da pandemia.

    Mas para mim está tudo tranquilo, em relação a essa nossa divergência, afinal, como diz o ditado popular “o que seria do azul se todos gostassem do amarelo”, não é mesmo?!?!  

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio

    2
  • evieira
    708 mensagens MD
    avatar
    evieira28/06/21 19:01
    evieira » 28/06/21 19:01

    iuribuscacio::
    storum::
    É exatamente o contrário Iuri, digo isso porque já vi planilhas de alguns amigos lojistas...esses jogos com preços " inferiores " vendem mais, a reposição acontece quase sempre pela editora responsável, praticamente ninguém questiona ou quer saber porque esta pagando " tal preço " em 40 tipos de carta dentro de uma lata ou algo do tipo. A própria produção desses jogos não requer maiores complexidades. Portanto, na lógica coerente e racional é mais fácil vc pagar " mais caro " nesses tipos de jogos dependendo do caso.



    Não vou entrar em maiores detalhes pois prefiro, caso queira, via mensagens diretas.



    Abraços.


    Caro Storum

    Eu expus meu ponto de vista e você expôs o seu, e infelizmente nem sempre dá para alcançar um consenso. A sua percepção do mercado de board games é diferente da percepção que eu tenho, e daquilo que escuto nos “locais do métier” que eu frequento, ou pelo menos frequentava, antes da pandemia.

    Mas para mim está tudo tranquilo, em relação a essa nossa divergência, afinal, como diz o ditado popular “o que seria do azul se todos gostassem do amarelo”, não é mesmo?!?!  

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio


    Vocês estão falando coisas diferentes. O que o Storum quis dizer é que jogos mais baratos oferecem uma margem de lucro maior do que jogos caros. No que ele provavelmente está certo.

    Eu não concordo com a parte ideológica do Iuri, mas ele tem razão no ponto em que não serão os jogos high-end que mudarão nosso mercado de patamar. A forma de popularizar os board games é através de jogos mais simples e baratos sim. E, com efeito, existem empresas focadas nesse público: paper games e geeks&orcs, por exemplo.

    Essas discussões econômicas são muito complexas e precisaríamos de um outro espaço para ir alem do que já fizemos.

    O que eu queria falar pra fechar é que o consumidor não pode nem deve entrar na pilha de comprar o que não cabe no seu bolso. Não porque queiramos excluí-lo, mas para seu próprio bem.

    Quando eu era garoto eu sonhava em poder comprar todos os livros e discos que quisesse (ainda não existiam os jogos). Isso serviu de combustível para eu ser quem sou hoje. O que me limita hoje não é tanto o dinheiro, mas o tempo e o espaço.

    A vida sempre nos apresentará restrições.

    1
  • RFreitas
    1594 mensagens MD
    avatar
    RFreitas28/06/21 21:06
    RFreitas » 28/06/21 21:06

    iuribuscacio::
    Caro Storum

    Inicialmente, muito obrigado pelo elogio, e mesmo não concordando integralmente com os seus pontos de vista, acho que você escreve, e defende seus argumentos muito bem. No meu caso, meu camarada, realmente eu tenho que confessar que meus textos são bem longos. Mas em minha defesa eu alego que o tema é muito complexo, e os argumentos acabam exigindo, muito papel e tinta, ou, melhor dizendo, muitos caracteres. É claro que seria possível escrever apenas:

    “O mercado de board games é assim, porque é, acostume-se a isso!”

    Um argumento desses ocupa só uma frase, e quem quiser fazer assim tem todo o direito, afinal cada um se expressa como achar melhor, e ninguém tem nada com isso. No entanto, eu acho que isso contribui muito pouco para o debate.

    Em se tratando do mercado nacional de board games, a pergunta de um milhão de dólares é: “Por que os jogos de tabuleiro são tão caros no Brasil?”. Imediatamente, as pessoas dão uma série de respostas, como por exemplo: “Ah, esse jogo custa muito caro porque tem uma miríade de componentes!”. Só que quando você retruca: “Tudo bem, mas quanto custou produzir essa miríade de componentes?”. Aí a respostas é: ”Ah, isso não dá para saber, porque é uma informação sigilosa, resguardada por cláusulas contratuais”.

    A conclusão é evidente: se uma pessoa não sabe quanto custou para produzir os componentes do jogo, como ela pode atribuir o alto preço do jogo, ao alto custo de produção de seus componentes, sem saber se esse custou foi alto ou não?

    Tudo que se pode fazer, e é o que as pessoas normalmente fazem, é especular a respeito, e uma especulação pode tanto estar muito certa, quanto muito errada. Talvez a única exceção, a essa ausência de informação, seja o peso da carga tributária, porque como ela é percentual, e é um percentual muito alto, esse custo será sempre muito elevado, independente de quanto custa o jogo. Agora, componente, licença, frete, e assemelhados, nada disso dá para saber, com certeza, a menos que você esteja envolvido diretamente na produção do jogo, e às vezes nem assim.

    Conforme eu disse no texto, quando você vê o Stone Age ser vendido pelo mesmo valor que as cópias usadas estavam sendo negociadas, fica claro que a Devir não fez nenhuma engenharia de precificação. O que ela fez foi esquecer o quanto o jogo custou realmente, e pensar “dane-se o preço real, se as pessoas estão pagando R$ 500,00, é isso que nós vamos cobrar”. Além disso, fica claro também, que certamente o custo total do jogo foi abaixo de R$ 500,00, porque se esse custo total tivesse sido, por exemplo, R$ 600,00, a editora não ia vender o jogo com prejuízo. O que ela faria seria vender pelos R$ 600,00, e justificar que esse valor superior corresponde a um jogo novo e não usado. A empresa está errada? De forma alguma, ela está cumprindo o papel dela que é maximizar os lucros. Só que da mesma forma, eu também tenho todo o direito de reclamar, sendo consumidor e cliente da empresa, pelo fato dela vender o jogo, por um preço muito mais alto, para aumentar a margem de lucro praticada normalmente, só porque a escassez do jogo, fez com que as cópias usadas fossem vendidas por um valor muito acima, do seu real valor de mercado. Pelo menos é como eu penso.

    Em relação à prática lamentável de ficar vilipendiando as empresas pelas redes sociais, e algures, eu acho melhor nem comentar, porque a ofensa é a arma de quem não tem argumento.

    Um forte abraço e boas jogatinas.

    Iuri Buscácio.           

    P.S. Só para não dizer que eu não comentei, mas quando você diz que não faz sentido achar o maior “luxo e elegância”, pagar R$ 200,00 ou R$ 250,00, em um jogo de 300g, e criticar o jogo de R$ 800,00 com 10 kg de componentes, eu infelizmente sou forçado a discordar. Com todo o respeito, eu acho que, talvez, o jogo de 300g custe R$ 200,00 ou R$ 250,00, justamente porque existe um jogo que custa R$ 800,00, que é muito dinheiro mesmo para um jogo de 10 kg, e boa parte das pessoas pagam sem pestanejar. Possivelmente, se não fosse a facilidade com que as pessoas estão dispostas a pagar R$ 800,00, em um jogo de tabuleiro (por melhor que sejam as suas qualidades e todo o estupendo trabalho intelectual envolvido), talvez fosse bem mais difícil para as editoras venderem um jogo de 300g por R$ 200,00 ou R$ 250,00, e possivelmente tais jogos custassem bem menos.


    Somemos ao seu raciocínio a primeira pré-venda e segunda pré-venda do Red Cathedral.
    Talvez tenha surgido um gasto adicional imprevisto relacionado aos mesmos fatos que causaram o atraso da entrega.
    Talvez tenha sido mera readequação à nova disposição do mercado para pagar mais.
    Tem como saber? Não - não enquanto as editoras não forem transparentes.
    Quem defende os preços como algo além das editoras adotará uma explicação como mais provável. Quem acha que elas não buscam necessariamente uma margem de lucros estável e coesa nos diversos produtos, mas que capitalizam em "marca, grife e pedigree", achará outra.
    E todos estaremos especulando.
    Eu, pessoalmente, creio na influência do estado geral do mercado (e suas dinâmicas naturais), e acredito merecer atenção a hipótese desse efeito de escalada de preços a partir de certos marcos.
    Com efeito, houve recentemente um aumento generalizado de preços - como muito bem exposto ao citarem Everdell, Arnak (e agora Hallertau), Tainted Grail, Witcher. 
    E o dólar subiu muito recentemente - mas será que veremos alguma mudança com o leve recuo dele? 
    E como essa história toda casa com Brass: Birmigham e Stone Age se encaixa?
    Enfim, tenho minhas opiniões e gosto das discussões aqui por achar que o pessoal sempre enriquece meu ponto de vista. 
    Parabéns àqueles que querem dialogar e, àqueles que se chateiam com a prática, lembrem-se que a participação é opcional.

    2
  • Seeker
    598 mensagens MD
    avatar
    Seeker28/06/21 21:12
    Seeker » 28/06/21 21:12

    arthurtakel::
    (...) Eu sou um velho e que jogava euro com cubinhos de madeira, então, não dou muita bola para isso até porque meu jogo favorito é o Neuroshima que é todo papelão. (...)

    Desculpe incomodar com um assunto totalmente fora do contexto e do tópico, por acaso li essa parte e me interessei.

    Vc saberia informar se roda bem em 2 players, por favor?
    Estou de olho nesse(Neuroshima) há uns meses mas confesso q nunca tinha visto comentarem sobre ele por ai.

    Sabe se eh semelhante ao Cry Havoc?(não em relação as miniaturas mas por confronto direto)(sou recente no hobby acho q o Cry eh o unico jogo q eu tenho q eh de muito conflito direto assim{na vdd nem sei se o Neuroshima tb eh assim de conflito direto rs}para ter como referencia.)
    (O Cry, pelo fato de ter os trogs e um lado do tabuleiro para 2, acho q roda bem ate em 2)

    Ps:desculpe, eh q nao assisto gameplays.

    De qualquer forma agradeço a atenção caso responda.
    Mas entenderei tb caso não, ja q nao tem nada a ver com o topico. 

    Obrigado!

    0
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