Fabico::Em relação ao que se "esperava" da qualidade, não sei se é a minha memória me enganando, visto que o meu contato com jogos antigos tem mais de 20 anos, mas me parece que a qualidade deles também é um pouco superior que a linha "premium". Confesso que não tive contato com as cópias desses jogos feitas recentemente para saber se pioraram a qualidade, mas das versões antigas me parecem superior sim ao Khan.
Talvez o problema foi o uso da logo "linha premium", ainda que a qualidade seja exatamente igual dos outros jogos (me parece inferior), o termo "premium" já se torna enganoso. Se a ideia era diferenciar dos outros jogos da marca em relação a mecânicas, peso, originalidade, dificuldade, qualquer coisa, deveria ter usado um termo compatível como "expert", "jogos modernos", "jogos estratégicos", algo que não remeta a superioridade que o termo "premium" traz, pois em qualquer mercado "premium" significa melhor qualidade, querendo ou não.
Sobre o que eu disse de gerar um argumento para outras empresas, falo de futuramente não para o que já foi lançado, falo também dos lançamentos de 400 (o geralzão) não dos jogos de 700+ (esses tem outras coisas involvidas, como hype por exemplo).
Eu queria que os lançamentos da Estrela fizessem as outras editoras diminuírem seus preços, mas realmente acho difícil de acontecer pois essa linha "premium" não vai tirar ninguém do mercado com isso que ela entrega, vai criar um novo mercado de pessoas que vão consumir esses jogos no lugar de war e monopoly e não vão pagar mais caro em outros jogos (um limbo entre os jogos clássicos e os modernos).
Quanto aos erros de cartas, traduções e etc, acho que acontece com várias editoras, só acontece mais com as empresas que lançam mais jogos. Sou contra o passapanismo também, acho que devemos pedir troca de componentes e/ou ressarcimento, e no final das contas o que vale mais é como a empresa se porta em relação ao ocorrido. Nessa questão é mais fácil trocar/devolver jogos alegando erros do que devolver alegando que não gostou da qualidade dos componentes.
Eu concordo com praticamente tudo que você postou antes e agora.
Entrar numa lojas americanas e encontrar o jogo rasgado, com a caixa bem amassada, em "promoção" por R$ 60~70, para conhecer (sabendo que tem prazo curto de validade), quem sabe?
Já discutimos isso numa outra postagem sobre o "kahn", inclusive eu questionei o Rodrigo (designer), que muito gentilmente respondeu sobre o lançamento ser pela "Estrela".
Ele disse que foi opção dele, que havia outras duas editoras interessadas, mas o $ da Estrela era melhor e, que espera viver da criação dos jogos.
Agradeci. Achei ele muito corajoso em assumir algo que a maioria tentaria inventar uma resposta para não dizer a verdade.
No final, é tudo comercial: todo mundo quer tirar o máximo possível, mesmo que tenha um custo. Para o Rodrigo, o custo foi ter o seu jogo lançado para fora do mercado de BG (ao invés de para o público do hobby, tentando englobar quem está fora).
Para quem interessar, tai a resposta dele. Se continuarem, verão que ele respondeu um outro questionamento, onde deixa claro que a Estrela não aceita, nem cogita que seja pensado em discutir componentes. Eles definem e pronto. Ele sabia como seria lançado. Pesou prós e contras e achou que valeu a pena. Tomara que esteja certo e dê tudo certo para ele.
https://www.ludopedia.com.br/topico/49791/herdeiros-do-khan-impressoes-porque-eu-tenho-board-game?id_topico=49791&pagina=8