barao::
Atualmente, minha filha tem 7 anos e tbm não consegue manter o foco. O jogo precisa ser muito rápido e dinâmico.

Dixit, Piratas! - 2ª Edição, Dobble, Dragões & Galinhas, Dança dos Ovos e IceCool2 são jogos que funcionam bem com ela.

Porém, por incrível que pareça, ela gosta de Puerto Rico. Acho que é uma questão de maturidade. Por isso, não forço muito deixo para apresentar outros jogos quando ela tiver mais idade.




Infelizmente, o povo está muito escravo do padrão básico. Olham outros canais e fazem a mesma coisa porque "acham" que isso gera monetização.

Já removi a inscrição de vários canais por simples falta de paciência com esse tipo de conteúdo. Por enquanto, sigo apenas com o Romir Play House (que faz o básico de uma forma simples e sincera), o Desregrando (que tem uma linguagem que gosto muito) e o PhDGamerVideos (que é totalmente underground). As vezes vejo os vídeos do After Match, normalmente quando ele posta jogos diferentes do "mainstream" ou quando o assunto não são jogos.

Minha filha está com 12 (se prepara).

Toda vez que eu pergunto se ela quer ver um jogo comigo a primeira coisa que ela pergunta é a duração. A minha inconformidade é tanto que eu deixo pra lá.

 Estou com um The Big Book of Madness parado esperando a boa vontade dela (e tenho certeza que ela vai gostar).

Mas já percebi que ela gosta de Take That. Se diverte vendo os outros explodindo em Quartz.

Quanto aos canais, já assisti o Romir e o Desregrando em busca de um tutorial específico de regras. Fora isso eu prefiro texto, pois posso pular direto ao que interessa e não preciso ouvir minutos de bla bla bla em vídeos que poderiam durar 3 vezes menos.

Infelizmente, como você falou, a monetização matou alguns outros canais interessantes. 

As minhas de 7 e 10 curtem jogar Ticket to Ride, Draftsaurus, Formula D, Broomservice, Pitch Car, KingDomino. As long as it does not go too far beyond 45  minutes they are game.

metelo::As minhas de 7 e 10 curtem jogar Ticket to Ride, Draftsaurus, Formula D, Broomservice, Pitch Car, KingDomino. As long as it does not go too far beyond 45  minutes they are game.

Quase chorei aqui... 

Nem minha esposa (petelecos não são com ela) nem minha filha jogam PitchCar comigo. E com isso, fico sem jogar um dos meus jogos favoritos.

Minha esperança é o meu sobrinho de 4 anos... Que por enquanto cagou pra mesa de botão que dei pra ele. 

Texto fantástico.

A grande verdade é que as editoras colocam medo nos jogadores, fazendo a cabeça de alguns para comprar jogos em pré-venda em 3 vias:

- Se comprar antes você garante o estoque, se não vai ficar sem
- Se comprar antes você ganha esse item de bônus
- Se comprar antes você tem esse desconto


Aí quando surgem os erros chove de gente reclamando.

Rhapsody::Texto fantástico.

A grande verdade é que as editoras colocam medo nos jogadores, fazendo a cabeça de alguns para comprar jogos em pré-venda em 3 vias:

- Se comprar antes você garante o estoque, se não vai ficar sem
- Se comprar antes você ganha esse item de bônus
- Se comprar antes você tem esse desconto


Aí quando surgem os erros chove de gente reclamando.

Mas essa estrategica de medo (FOMO). nao e exclusiva do mercado de Boardgames. Ela usado em varios outras areas, tanto que Heinekein fez campanhas usando essa tecnica. Sim, ate cervejaria faz isso. Passando por pilhas, Empresas de tecnologia e bascimanete todos os segmentos.


E honestamente, e uma tecnica super eficiente para atingir os objetivos da campamha. entao, cada vez mais e utilizada para separar agente de nosso dinheiro. 


Cabe a nos enterdemos a tecnica, saber q e um medo ou inexistente, ou de pouco impacto, e nao cair no truque de marketing. Dificil, sim, mas nos como consumidores responsaveis devemos ser capaz de entender e processar as tecnicas usadas, e minimizar o impacto, para decidirmos se a compra vale apena ou nao pelo merito do produto X nossas "necessidades".

Texto interessante. 

Sou novata na área, faz pouco tempo que comecei a adquirir os jogos. Mas ao visualizar novos conteúdos já sinto esse dilema: isso realmente vai agregar na minha coleção? Ou será apenas mais um item? Uma pergunta que ando fazendo é: esse jogo é melhor do que aqueles que eu tenho? Deixaria de jogar algum meu para me entreter com esse? E somente assim vejo se vale apena adquirir mais um. 

Meu objetivo não é ser colecionadora. Quero ser uma jogadora, quero poder ter momentos descontraídos com meu filho, com minha mãe e se Deus quiser, assim que essa pandemia acabar, com amigos também. 

Nanda, obrigada pelo seu texto! Pelo jeito tem bastante gente sentindo o mesmo

Sou nova aqui, parte da turma que "descobriu" os jogos de tabuleiro na pandemia. Tenho tentado priorizar jogos solo ou para dois jogadores, já que somos eu e meu marido em casa, com raros encontros alguns membros da família e amigos seletos. Seduzi a família com Dixit e meu marido não gosta muito de jogar (apesar de fazer um agrado de vez em quando), mas o distanciamento social demandado pela pandemia acaba reduzindo bastante as oportunidades de jogar. E eu já me peguei com esses sentimentos que você mencionou no texto! Me pareceu mandatório ter uma estante cheia de jogos para fazer as gravações dos vídeos, além de ter um ranking para cada mecânica, cada designer, cada editora, cada ano de lançamento, e claro o ranking da vida toda! Tentei filtrar os geradores de conteúdo pelo que eu imagino que sejam os gostos deles, para poder usar como régua dos meus. Depois adotei outra estratégia: ver/ler o máximo de geradores de conteúdo possível para tentar opiniões por amostragem. Sei lá, nenhum método é perfeito mas a gente vai trocando

Eu confesso que não gosto da expressão "o hobby", como alguém mencionou aí em cima. Só reforça o nicho, a exclusividade, o clubinho. Entendo do seu texto que sua intenção não foi por aí, mas em geral as pessoas falam assim. "O hobby" é para se sentir no clube, enquanto os demais estão fora. É uma dicotomia que reforça a exclusão. E aqui fica a indicação de que "o hobby" precisa de pessoas como você: que sejam críticas, que levantem temas espinhosos, que perguntem onde estão as mulheres e onde estão as pessoas que não respondem "branca" na cor da pele do censo, entre outras coisas que as iniciativas com as quais você está envolvida fazem. Respira, se precisar se afaste, mas volte!

Nanda, que texto maravilhoso! Eu e as meninas andamos conversando sobre isso também e parece que a frustração é generalizada.

Comigo ela parece ter vindo de uma forma levemente diferente: jogo há muitos anos, mas só fui poder comprar jogos há, no máximo, três. E aí parece que senti uma necessidade absurda de compensar todos esses anos de dependência do que "os amigos têm"... tendo tudo. Me mudei pra SP pouco depois de entrar no hobby e aqui ninguém tinha meu jogo favorito? Tudo bem, hoje tenho todos os jogos da série. Nunca joguei um Legacy porque ninguém tinha? Tudo bem, agora tenho três (adivinha: nunca jogados). Não costumo cair nas armadilhas dos jogos ultrahypados e caros, porque é raro gastar muito em um jogo só, mas, fora isso, caio em todas as armadilhas hahahah

Além de as finanças e o próprio espaço de casa já estarem completamente atolados, a pandemia jogou na minha cara o absurdo de ter uma coleção gigante. Especialmente se não tiver com quem jogar todos esses jogos, ou se não tiver tempo de dar conta de todos eles. Me identifiquei com o que um dos comentários anteriores falou, de os jogos parecerem "tristes" ali parados. E nem tenho coragem de me desfazer de muitos deles, porque nunca viram mesa! Imagina se for um jogo que a gente gostaria, mas nem chegou a testar? Aí fica esse "limbo".

O mesmo vale para os livros, aliás, meu outro maior hobby. Descontei todos os anos sem poder comprar os livros famosinhos... comprando todos os livros que achasse que talvez gostaria de ler. Agora as estantes de livros estão ainda mais abarrotadas que a de jogos, com muito mais do que vou dar conta de ler num futuro próximo. Parece que ficam ali fazendo pressão psicológica e nunca consigo chegar neles. Morro de medo do dia em que tiver que fazer mudança.

Aliás, essa conversa me lembra que nos últimos anos a Pam Gonçalves vem puxando esse assunto no booktube. O Alec do Um Bookaholic também. Qual é o papel do consumismo no hobby, e qual é o papel do produtor de conteúdo em incentivar ou refletir. Só achei vídeos bem longos, mas eles comentam sempre:

Olá, camarada! Que texto bacana, e que reflexão valiosa você traz aqui para nós. 
Sou suspeito para dizer, porque a segunda coisa que mais gosto no hobby de jogos de tabuleiro é o meta-jogo, a conversa sobre os jogos e seu universo que rola fora das partidas. Então, por favor, ainda que se distancie pelos motivos que expôs aqui, por favor, tente não se afastar da escrita. 
No mais, acho que o consumismo faz parte de qualquer hobby que se pratique. Já fui colecionador de livros, quadrinhos, selos, latinhas de cerveja e refrigerante, e já tive hobbies como ciclismo, camping, rádio amador, dentre outros. A questão do consumismo, da urgência de se ter as novidades mais recentes, de se comprar mais do que se usa na prática, estão sempre presentes, não só nos hobbies, mas na vida mesmo. Acho que é um problema da nossa sociedade de forma geral. 
É importante que cada um possa fazer essa auto análise, e perceber se há e quando há um problema, para então trabalhar na sua resolução. 
Mais uma vez agradeço por ter compartilhado seus pensamentos. É muito valioso isso. 
Permaneçam saudáveis, amigos. 

metelo::

Rhapsody::Texto fantástico.

A grande verdade é que as editoras colocam medo nos jogadores, fazendo a cabeça de alguns para comprar jogos em pré-venda em 3 vias:

- Se comprar antes você garante o estoque, se não vai ficar sem
- Se comprar antes você ganha esse item de bônus
- Se comprar antes você tem esse desconto


Aí quando surgem os erros chove de gente reclamando.

Mas essa estrategica de medo (FOMO). nao e exclusiva do mercado de Boardgames. Ela usado em varios outras areas, tanto que Heinekein fez campanhas usando essa tecnica. Sim, ate cervejaria faz isso. Passando por pilhas, Empresas de tecnologia e bascimanete todos os segmentos.


E honestamente, e uma tecnica super eficiente para atingir os objetivos da campamha. entao, cada vez mais e utilizada para separar agente de nosso dinheiro. 


Cabe a nos enterdemos a tecnica, saber q e um medo ou inexistente, ou de pouco impacto, e nao cair no truque de marketing. Dificil, sim, mas nos como consumidores responsaveis devemos ser capaz de entender e processar as tecnicas usadas, e minimizar o impacto, para decidirmos se a compra vale apena ou nao pelo merito do produto X nossas "necessidades".

Não esqueçam da maior praga que assola o universo board games. O Financiamento Coletivo!

O que já foi uma excelente alternativa para possibilitar a criação de jogos inéditos hoje é uma forma das grandes empresas fazerem uma pré-venda com um ano de antecedência, dando como incentivos brindes "exclusivos" que não terão no varejo.

Ou seja: Me dê seu dinheiro com um ano de antecedência ou fique com seu jogo incompleto!

E pra piorar, a gente ainda cai nessa. Lembrando que a nossa moeda está com uma cotação beirando o 6 para 1. Somos todos passarinhos dormindo de cabeça para baixo.