Formato muito bom pessoal. E talvez a cereja do bolo no formato seja justamente falar de 2 jogos que tenham fortes semelhanças. Que venha Terra Mystica VS Gaia. 

Brass Lacanshire tá no top 3 aqui, o Birmingham ainda não joguei, mas o que vejo no Lacanshire é que a base da economia é o algodão, inclusive no quesito histórico. Quando explico pro pessoal eu brinco que Brass é um jogo de vender algodão, todo o resto funciona pra vender algodão, vc desenvolve carvão pra transportar algodão, vc faz porto pra vender algodão, o comércio externo é pro algodão, enfim, tudo trabalha com algodão em foco, não acho que isso seja demérito do jogo. 
Pode acontecer de focar em portos, ou nos outros produtos (carvão e ferro), o interessante deste caminho é que o seu jogo é passivo, vc espera que alguém consuma e flipe as suas construções, vc economiza ação não vendendo algodão. É uma estratégia vitoriosa... não sei. Pra compensar a não construção de fábricas de algodão é que tem os estaleiros, mas se todo mundo focar nessa ideia quem fizer algodão vai ter o mercado todo a disposição.

O mercado externo eu acho uma saída muito interessante que é uma forma de vc colocar uma pressão na mesa, pq vc pode tentar fechar o mercado e dar um block em toda a mesa (já passei por isso) ou só colocar a iminência de usar os portos locais por receio de não fechar o mercado e travar todas as fábricas.

Sobre os empréstimos não serem possíveis nas últimas rodadas eu vejo que:
1- deve ter sido uma saída depois de muito playtest onde isso se tornou o fim comum
2- foi dito que 2 ou 3 pontos nestas ações podem ser pouco em 160 mas se vc gastar recursos pra construir estruturas e não conseguir flipar elas vai ser mais perca de ponto do que pegar empréstimo afinal vc ainda gasta dinheiro pra pegar a construção, ou se construir e flipar vc acaba ganhando ponto mas pode fornecer pontos pra outros jogadores por conexões. 

Vejo o "apertado" do Lacanshire no fato de aqueles 2 ou 3 pontos contarem no fim, e isso vc poder perceber em que ações estes pontos foram desperdiçados, ficar com aquele feeling de "não deveria ter feito a ação X e isso me custou a partida", talvez o punitivo e o apertado fiquem lado a lado aqui e não joguei o Birmingham pra saber se ele tbm te cobra e aponta os teus erros no decorrer da partida.

Parabéns pelo cast e tbm espero o TM x GP

Esse episódio foi tão bom quanto os jogos que carregaram o bate-papo!

Sobre o que foi dito, concordo totalmente que Birmingham é uma evolução natural do Lancashire. Gosto de ambos os jogos, mas Birmingham alcançou a perfeição (nota 11/10)! O jogo te dá chances de variar bem mais as estratégias e até mesmo modifica a configuração da partida através das demandas sorteadas no setup.

Fora que não tem aquela aleatoriedade doida das peças de mercado externo que o Lancashire tem.

Jairo Tx::
Vejo o "apertado" do Lacanshire no fato de aqueles 2 ou 3 pontos contarem no fim, e isso vc poder perceber em que ações estes pontos foram desperdiçados, ficar com aquele feeling de "não deveria ter feito a ação X e isso me custou a partida", talvez o punitivo e o apertado fiquem lado a lado aqui e não joguei o Birmingham pra saber se ele tbm te cobra e aponta os teus erros no decorrer da partida.

Essa questão da pontuação no Birmingham também existe, Jairo. O pessoal que comenta sobre isso fala dele ser mais apertado por ter menos opções mesmo e por tolerar menos erros que o Birmingham. Mas eu não senti tanta diferença no aperto e ainda acho que o fato de precisar de cerveja para construir duas conexões em uma jogada deixa a segunda era do Birmingham mais apertada. No Lancashire eu achei bem mais sossegado fazer isso (inclusive é um dos meus problemas de sempre não ir bem na segunda era do Birmingham).


Esqueci de comentar antes: Que venha o episódio TM x PG!!!

Valeu o abraço!

Parabéns pela edição. As vírgulas ficaram muito legais!

Sobre os curingas das duas versões, eu não percebi absolutamente nenhuma diferença. Explico.

O manual do Lanca diz: "Descarte quaisquer 2 cartas e considere-as como 1 Carta de Local qualquer. Você ainda repõe 2 cartas, se possível". Ou seja, você tinha duas ações, mas realiza apenas uma, construindo num local a sua escolha. Para usar curinga duas vezes, você sacrificou duas ações distribuídas em dois turnos diferentes.

No manual do Birg diz: "Descarte 2 cartas da sua Mão (além da carta necessária para executar a ação) e substitua-as por 1 Indústria Curinga e 1 Local Curinga". Aqui, você gasta uma ação para modificar sua mão (trocar duas cartas por duas curingas) e realiza uma ação normal em termos práticos, você acumulou o curinga para o próximo turno e lá você fará duas ações, dentre ela as do curinga.

A primeira diferença é a existência de uma indústria curinga que, na prática, se eu pegasse dois lugares curinga no lugar de uma carta de cada, não sei o que alteraria na estratégia. Outra diferença é perceber qual são as duas cartas que eu vou sacrificar agora para pegar os dois curingas.

A praticidade do curinga me faz preferir o Lanca. Já os esquema das cervejas do Birg são muito bons.

Sinceramente não sei qual eu prefiro, é aquela corrida de cavalos que tem que olhar a foto da chegada com uma lupa e ver se um pelo do focinho do Lanca despontou à frente. Talvez não.