Bruno Marchena::"Dessa vez, encarnamos o papel do agressor".
Acho que 90% dos board games são assim e o pior é que muitos jogadores quando interpelados sobre isso dizem que o designer "quis trazer somente a parte bonita da história", como se a parte bonita fosse figurar como o opressor, tapado e isento de saber sobre os efeitos cruéis de suas decisões. Tem até jogo sobre a história do Brasil assim agora e que "pinça" os raros oprimidos colaboracionistas para trazer uma imagem de unidade nacional ou, pior, de uma justiça racial na história do país.
Muito obrigado pela matéria, fiquei muito curioso e interessado em conhecer melhor esse jogo! Achei sensacional essa estratégia do designer em passar essa mensagem. Se souber de outros jogos nessa linha, tenho muito interesse em conhecer!!!
Mais uma vez parabéns!
Abraços!
Concordo! Acho muito incômodo ter que vencer um jogo explorando trabalhadores até a morte, escravizando colonos, assassinando pessoas... principalmente se for um jogo com viés histórico, de lugares e episódios reais da humanidade.
Jogos com a temática agressiva tão visceral me desmotivam totalmente. Até jogos de guerra, que eu já gostei em uma época da minha vida, hoje detesto. A guerra, assim como a escravidão e outros genocídios não me divertem. Faço um paralelo com filmes de guerra ou de escravidão, todos os filmes bons e premiados, com esse tema, são feitos para que possamos enxergar o horror dessas debilidades humanas, nos sensibilizar.
E sim, inúmeros jogos nos fazem encarnar na pele dos agressores e opressores, quando podiam escolher ser diferente.