sharingham::Aprecio todo o feedback do pessoal, fico feliz mesmo que meu tópico não ficou ignorado, mas acho que esta havendo um pouco de desvio do assunto. Desvalorização e preço foi algo que citei brevemente e me arrependo de ter citado, porque é irrelevante, por assim dizer, é algo econômico, obedece as leis de mercado/especulação. Fora que o jogo tem belos componentes. Eu citei como problemas manual/jogo sem polimento/problemas na entrega/tabuleiro modular.
E eu não acho muito exigir um manual bem escrito, um jogo que seja exaustivamente testado, e que a sua entrega seja feita sem problemas e quando você prometa tabuleiro modular ou coloque como mecânica tabuleiro modular, você entregue de fato.
Sobre o fato de ser de 2015, não entendi a relevância.
Sobre as regras e mudanças na segunda edição, eu li algo sobre não serem compatíveis.
Sobre direcionar a crítica a editora e não ao jogo, bom, eu não tenho detalhes da produção, cabe a mim avaliar a obra depois de pronta, ou seja, o jogo em si. Tirando os problemas na entrega, as outras falhas são inerentes ao jogo.
Sobre os ponto positivos, eu disse que realmente ele tem pontos positivos, os méritos já foram ditos exaustivamente, o que me impressiona é a falta de crítica dos "críticos".
Agora entendi melhor a ideia acho! haha Faço um mea-culpa de ter focado mais na parte do 'desvalorizou', então, como reparação até, vou falar agora especificamente sobre o jogo, ignorando esse lado comercial e econômico.
IMPORTANTE: Um ponto a se levantar (e digo como um minúsculo criador de conteúdo escrito): Não tem motivo de se gastar tempo e dedicação para se produzir material de jogo ruim. Prefiro mil vezes usar este tempo para falar de um jogo que acho bom. Logo, falando de Caçadores da Galáxia, se procurar por análises escritas ou em vídeo (que são bem mais populares) verá QUASE NADA, salvo as que rolaram uns 5 ou 6 anos atrás, perto do lançamento.
...Dai tenha 3 (três) coisas em mente: 1. No lançamento tudo parece lindo, ainda mais por reviewer 'pop' ter pressa (por pressões diversas) de colocar conteúdo no ar; 2. Estamos falando de uma visão e mercado de 5 anos atrás, o que é muito tempo se considerar nosso maravilhoso hobby e sua dinâmica; 3. Se saiu pouca coisa de lá pra cá, se comparado com outros títulos que ficaram 'mais vivos', é pois pouca gente se dá ao trabalho de falar, logo o jogo não deve ser tão bom mesmo (não ignorar o acesso da galera ao jogo, pois Caçadores tinha de baciada).
Tendo tudo isso em vista, minhas considerações sobre o jogo no que tange "
problemas manual/jogo sem polimento/problemas na entrega/tabuleiro modular"
> Manual: Horroroso. O pior que já vi na vida. É necessário procurar e baixar versões novas na internet. Apesar da crítica do quão ruim é o original que vem na caixa, temos dois pontos: A. Tem uma versão melhor para ler digitalmente; B. Tem um baita trampo legal no livreto que vem junto que fala um pouco a história do jogo e sobre cada raça, coisa que muito jogo não faz (Projeto Gaia é pop, mas não tem nada desse trabalho de cuidado com o lore).
> Jogo sem polimento: É um jogo meio bruto mesmo, porém o mercado nacional era mais amador do que (ainda) é hoje, logo esperar algo super polido para época, aos olhos de 2021, não rola. Acho que o jogo se perde por ter muuuuitos recursos diferentes sem motivo aparente, uma jogabilidade robótica (trocadilho não intencional) para a proposta de luta/conflito/treta (não gosto muito de dados para resoluções de ações, mas certa aleatoriedade (erro/acerto) para resolver batalhas faz todo sentido) e personagens e habilidades que apesar da quantidade elevada não agregam muita coisa diferente. O jogo acaba sendo uma bela premissa de alocação com gestão de recurcos e combate, e entrega bem mais ou menos cada coisa dessa.
> Tabuleiro modular: Essa tenho certeza que foi a pior escolha, e deve ter rolado para baratear o custo. Como cada planeta não faz a MENOR diferença de onde fica, e inclusive montar sempre com uma disposição específica ajuda na hora de jogar (por lembrar melhor onde é cada coisa e a rota de entrada dos inimigos), seria muuito melhor se fosse um tabuleiro comum, com arte bonitona, umas ajudinhas na borda, sem aqueles tabuleiros auxiliares de papel molenga. De novo: Escolhas ruins, porém vejo como uma escolha amadora da época. Acredito que a equipe de desenvolvimento, hoje em dia, não faria algo similar (falando com medo de ver essa nova versão como ficará hahaha).
Ainda agrego alguns pontos:
> Ilustração bem bonita, porém sem carisma, onde confundem referência com imitação;
> Uma salada de pontos que faz o jogador se perder e não saber bem qual caminho estratégico seguir, uma vez que cada escolha, como equipamentos que compra ou monstros que mata, impacta um pouco nisso.
> Tempo de jogo frustrante. Curto para uma boa experiência de gestão de recursos e longo para uma alocação simples de trabalhadores com combates sem emoção.
> Robôs/Mechs que deveriam ser o ponto alto são apenas cosméticos, onde até mesmo sua alocação é meio sem sentido.
Dai você(s) podem falar: 'Oh loco, o cara avacalhou o jogo!!!"... e respondo: "Um pouco!" hahaha Foquei ai, como a ideia é criticar, nos pontos negativos, porém o jogo APESAR DE TUDO, depois que ultrapassamos a barreira do aprendizado (já falaram do manual ruim? Alias, deixo a peróla de que manual ruim é um sinal de duvidas de game design) o jogo flui bem e em uma mesa boa, pode ser uma experiência divertida e tão boa quanto qualquer outro jogo, até melhor do que alguns mais recentes e de designer internacional.
Acho que é isso!
Foi mal pelo textão! hahaha