RSanzzio:: Oi Iuri, esse foi um pequeno trecho da nossa live e peço para você dar uma olhada nela como um todo. Há um outro momento que falamos sobre os erros cometidos por outras editoras e há mais jogos mencionados na live que recebem suas críticas.
Esse momento foi escolhido por fazer referência a outra trêta relacionada a um jogo de Piratas e como estávamos falando do tema pirataria, veio esse jogo em pauta, não por ser uma editora em específico.
Quando ver a live por completo, deixe seu comentário por lá que será muito bem vindo. É importante termos essas opiniões expressas e assim ter uma discussão sadia sobre o assunto tratado.
Caro Rafael Sanzio
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que curto bastante o CasaNERDlol, até porque nós temos em comum o gosto pela temática horror, em especial a “mitologia lovecraftiana”, e nós dois gostamos do “Elder Sign” e do “Betrayal of the House on the Hill”, que eu aprendi a jogar através do seu ótimo vídeo de gameplay. Além disso, o CasaNERDlol, juntamente com o Covil dos Jogos, tem um fator em comum muito importante, que por incrível que pareça, e você talvez ache até besteira (muito embora não seja), que é o sotaque.
Com todo o respeito, não sei de qual estado brasileiro você é, porque infelizmente os meus “ouvidos sudestinos”, como dizia o Henfil, não tem a sensibilidade suficiente, para distinguir as enormes sutilezas das diversas vozes do Nordeste. Mas uma coisa eu sei, que, do mesmo modo que o pessoal do Covil, que é de Minas Gerais, você também não é nem carioca e nem paulista. Daí a importância do seu sotaque e do seu modo de falar, para que as pessoas vejam, que não apenas quanto à questão dos board games, mas em relação a diversos outros assuntos, alguns deles muito importantes, o Brasil vai muito além e é muito maior, do que o eixo Rio-São Paulo. Porque infelizmente, muitas pessoas às vezes se esquecem disso, principalmente cariocas e paulistas.
Todo esse preâmbulo é para você ver que eu não sou nenhum “hatterzinho”, nem um adolescente, corajoso só no teclado e frustrado porque a pandemia o impediu de sair com os amigos.
Dito isso, como eu costumo tomar o mesmo remédio que eu receito para os outros, eu não tenho problema algum em reconhecer um erro meu. Por isso me retrato agora e retiro aquilo que eu escrevi, no meu comentário anterior, referente à ausência de menções aos erros do “Western Legends” e “Nemesis”, na live. Realmente eu não pude assistir a live inteira, até porque ela tem 02:40h, de duração, e vocês só começaram a tocar nesse assunto quando já havia mais de duas horas de vídeo. Então realmente eu não vi essa parte, e por isso retiro aquilo que escrevi.
Mas se por um lado, eu retiro o que falei sobre o “Western Legends” e “Nemesis”, por outro lado, eu mantenho o que disse sobre o tratamento imparcial, inadequado e muito deselegante, que o Torugo teve em relação ao “Butim” e a Papaya Editora.
A live tratava dos 5 temas de jogos preferidos de cada um, e logo após vocês passarem do tema espacial, para o tema piratas, o Torugo de forma gratuita e praticamente do nada, resolveu sacar essa não indicação a um jogo. Basta dizer que isso foi tão inapropriado que ele até te perguntou se poderia fazer. Após você ter concordado, o Torugo resolveu descer o sarrafo no jogo “Butim”, que é da Papaya Editora. Tudo bem que você destacou essa parte da live, por conta de uma possível treta com o Renato Simões, porque talvez o Torugo falasse do jogo “Piratas”, o que não faria o menor sentido, porque esse jogo é ótimo, e de forma alguma mereceria uma não indicação.
Se o Torugo não gosta do Butim, e isso é um direito dele, bastava simplesmente não falar nada e a live estaria ótima. Mas não foi o que ocorreu, e não dá para deixar de concluir que o porte da editora do “Butim” teve tudo a ver com essa não indicação. Você disse que não gostou do Twilight Imperium, porque a sua experiência não foi boa, mas você não disse que essa era uma não indicação. Da mesma forma, o Torugo disse que não gostou do Merchant & Marauders, porque apesar do jogo ser bom, na opinião dele o jogo tinha o grave defeito de ter os turnos desbalanceados em relação ao tempo de duração, mas mesmo assim isso não gerou uma não indicação da parte dele. No caso do Carcassone Star Wars, o Torugo disse que essa foi a pior temática que inventaram para o Star Wars, mas mesmo assim ele não disse que isso essa era uma não indicação. No final do jogo ele levanta os diversos erros principalmente de tradução, que tem acontecido nos últimos anos, mas em momento algum ele disse, não comprem o Western Legends, ou não comprem o Nemesis. Mas quando ele falou do “Butim” ele foi muito claro ao dizer que o jogo era horrível porque envolvia apenas sorte, não dava espaço para a estratégia e nem era divertido, daí a sua não indicação.
Você me perdoe a franqueza, mas o camarada fala que um jogo é quebrado, diz que o outro é a pior escolha de temática possível para uma franquia famosa, fala que diversos jogos têm erros graves, principalmente de regras erradas, além de manual e cartas mal traduzidas, mas não faz uma não indicação a nenhum deles. Só que quando ele trata de um jogo quase desconhecido, de uma editora menos conhecida ainda, que não tem nenhum erro e o único pecado é abusar do fator sorte, aí ele aproveita para esculhambar o jogo, e dizer que é crítico e imparcial, e que também fala mal dos jogos. Não me leve a mal, mas se ele tivesse essa imparcialidade que ele diz que tem, das duas uma, ou ele teria se limitado a dizer que não gostou do “Butim”, do mesmo modo como fez com os outros, ou no mínimo ele teria dito que o Merchant & Marauders, que o Carcassone Star Wars, que o Western Legends, e que o Nemesis, também eram não indicações e que as pessoas deveriam evitar comprar esses jogos. O problema disso é que, nesse caso ele estaria batendo na Galápagos e na Conclave, aí a conversa é outra.
Um abraço.
Iuri Buscácio