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Puerto Rico e os privilégios.

Puerto Rico
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    LuisPerdomo29/12/20 20:57
    avatar
    LuisPerdomo
    29/12/20 20:57
    639 mensagens MD

    Olá.

    Eu imagino que a essa altura da minha existência nessa comunidade, dado que já trilhamos uma certa estrada por aqui, o(a) leitor(a) que clica em um tópico e se depara com o meu avatar já espera algumas coisas:

    - Textão.
    - Uma paixão inexplicável por cubinhos de madeira.
    - Piadinhas com referências totalmente aleatórias.
    - Negação gratuita do tema do jogo (puro deboche). 
    - O uso extrapolado de um certo vocativo (marca registrada do canal).

    O texto de hoje vai ser um pouquinho diferente da nossa programação habitual. Dentre os pontos citados, vocês só verão o primeiro.

    Hoje eu acordei, olhei para a minha estante e esse jogo me chamou a atenção.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/411be_7pkto3.jpg

    "É um jogão!", pensei, "um dos meus favoritos! Preciso fazer um review sobre ele!".

    Meu primeiro reflexo foi pensar nas graças que eu iria fazer em meio ao texto…

    "Já sei, para cada papel do jogo, eu vou pegar uma figura tosca na internet! O prefeito poderia ser…"

    E comecei a pensar nas possibilidades. Em um determinado momento do meu brainstorming eu não tive mais vontade de contar piadas.

    "Esse jogo é temático demais…"

    "Que isso, Luis?! Jogo euro, engine builder, máquina de pontos, eficiência, do jeito que você gosta! Tanta coisa que você gosta nesse jogo e você preocupado justamente com o tema? Logo você?!"

    Sim, meu caro interlocutor imaginário…

    "Ei, esse não é o meu vocativo habitual! Você está estranho!"

    Pois é. Enquanto pensava no roteiro, eu me deparei com esses carinhas aqui:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/860ea_7pkto3.jpg

    "Tudo bem, eles não são os cubinhos de que você tanto gosta, são um pouco mais arredondados para o seu perfil, mas são de madeira. O que é que tem?"

    A questão central aqui é quem eles representam…

    "Ah, Luis, mas aí é a nossa história. Não podemos negar o passado. Ocorreu escravidão no passado, trabalho forçado, uma série de injustiças sociais. Esse é só um joguinho inofensivo. A maioria das pessoas nem pensa nisso. Eles nem veem maldade nessas pecinhas. Deixa disso, cara…"

    Eu também não vejo maldade nesse jogo ou nessas pecinhas. Eu não acho que ele faça alguma espécie de apologia, muito pelo contrário, ele é bem neutro nesse aspecto, típico dos jogos europeus. Esse jogo é um reflexo da nossa história, mesmo que colocado de modo abstrato, na forma de disquinhos de madeira e cartelas de papelão.

    "Você acha que os trabalhadores deveriam ser de outra cor, é isso? Que tal verde ou laranja?"

    Não, não é isso. Eles são da cor que eles têm que ser. O jogo não procura esconder esse aspecto triste da história, ainda que, na prática, ele seja de fato apenas mais um jogo, um exercício de abstração, um conjunto de regras onde, ao final da atividade, quem tem mais pontos de alguma coisa vence. Todo esse contexto, todo esse tema, me gera muita reflexão e é para isso que eu gostaria de um breve momento de vossa atenção. 

    O jogo em si é muito bom, é um dos meus favoritos. Um espetáculo de design e mecânicas bem amarradas como um reloginho, lapidado quase até a perfeição, equilibrado, refinado. Se você gosta de jogos europeus voltados para o ganho de eficiência, provavelmente você vai se identificar com esse jogo.

    Antes de explicar os aspectos técnicos do jogo, contudo, eu preciso fazer essa reflexão.

    O meu nome é Luis Perdomo e eu sou uma pessoa privilegiada em um país (mundo) extremamente desigual. Eu sou uma das pessoas mais morenas da minha família, apesar de estar meio desbotado por falta de sol. No que isso importa? Para mim, absolutamente nada, mas parece que esse fato é uma grande coisa para a nossa sociedade e isso é colocado da pior maneira possível.

    Independentemente da tonalidade da minha cor, eu tenho certeza de que eu não sou preto. Por que eu falo isso? Porque quando eu entro numa loja, o segurança não foca a atenção em mim; quando eu cruzo o caminho com alguém na rua de noite, as pessoas não sentem medo de mim; e quando eu estou correndo para me exercitar, as pessoas não pensam que eu estou fugindo de alguém, entre muitos outros fortes constrangimentos que pessoas pretas costumam passar.

    O que é a palavra "macaco" para você? Se você é uma pessoa privilegiada como eu, é apenas um animal como qualquer outro. A nossa sociedade, todavia, depositou uma carga perversa de significado nesse pobre animalzinho inocente e direcionou esse ódio histórico injustificável para todo um segmento da população que, convenhamos, definitivamente não é "minoria", mas é invisível.

    Talvez por conta dessa "invisibilidade social" não demos muita atenção para essas pecinhas. É uma possibilidade.

    "Luis, acho que você está indo longe demais. É só um jogo, cara. Eu não paro para pensar nisso tudo porque eu só quero me divertir com meus amigos..."

    Eu também. Eu normalmente não penso em nada disso quando eu jogo esse jogo. Eu não me sinto mal como estou me sentindo agora, meu estômago está embrulhado enquanto escrevo isso, estou sem apetite. Isso sem mencionar que, como falei anteriormente, eu nunca senti nada disso na pele.

    A mãe de um grande amigo meu sempre fica chateada quando alguém casualmente usa a expressão:

    "Estou com fome."

    De pronto ela responde:

    "Você não sabe o que é passar fome, você está com apetite!"

    Você tem toda razão, tia. Eu não faço ideia do que seja passar fome. Eu não preciso nem recorrer a uma estatística do IBGE, posso arriscar sem medo de errar que a maioria das pessoas que infelizmente sabem o que é isso na prática são pretas e pardas.

    Por que esse mundo hoje se encontra assim? Não por conta desse pobre joguinho e seus componentes de madeira, certamente não, mas por conta do período histórico que ele reflete. 

    Quando eu estava no ensino fundamental, eu era um dos melhores da sala. Sabe aquele aluno chato, CDF, que todo bimestre leva para casa um diploma de honra ao mérito porque tirou notão em tudo? Mamãe bota na geladeira cheia de orgulho com uma estrelinha dourada em cima…

    Eu tirava 10 em história e não sabia nada de história. Eu decorava as datas, os acontecimentos. Nosso ensino é deficiente e olha que eu nem estudei em escola pública. Já falei que sou privilegiado? Lá eu não aprendi a refletir, como estou lhe convidando a fazer agora.

    O sentimento que eu tinha ao resolver uma prova de história é análogo ao de se jogar Puerto Rico e só pensar no jogo pelo jogo. "Eu não escravizei ninguém! Eu não tenho nada a ver com isso!". Ninguém aqui está falando isso, mas se você hoje é privilegiado como eu, possivelmente seu antepassado assim o fez.

    Estamos falando de um efeito borboleta secular. Não se trata do bater das asas de uma simples borboletinha delicada, foi uma série interminável de açoitadas mesmo. Consequência disso, hoje infelizmente vivenciamos um fenômeno social terrível chamado de Racismo Estrutural.

    Muitos de nós ”aprendemos” a ser racistas, somos ”educados" dessa forma. Talvez não nós aqui, não eu ou você que está lendo esse texto e está tão incomodado(a) e reflexivo(a) quanto eu, mas o meu tio avô certamente foi. Ele não ia com a cara "dessa gente" e não sabia nem explicar o porquê. É óbvio que ele não sabia explicar o motivo, não tem justificativa plausível, isso se chama racismo. Vocês não precisam se preocupar mais com ele, aquele velho amargurado morreu já faz um tempo. 

    Hoje infelizmente ainda temos muitos velhos como ele. Esperar o tempo fazer o seu trabalho não é a solução. A prova viva disso é que ainda estamos aqui em desigualdade. Melhoramos bastante, mas ainda falta muito e infelizmente ainda existem focos de resistência. Crianças puras e inocentes recebendo os "valores" atrasados de pessoas como o meu tio avô. Essa criança vai crescer, naturalizar isso, eventualmente ela vai ascender socialmente e ocupar uma posição de poder. As chances disso acontecer para ela ainda são muito maiores do que para uma criança preta que está "ocupada" demais passando fome para sequer vislumbrar a possibilidade de ter acesso à educação de qualidade e quem sabe um dia tornar esse mundo um pouquinho menos injusto para seus pares.

    "Luis, o que eu posso fazer diante disso tudo? Eu não tenho como voltar ao passado e mudar o que aconteceu…"

    Nem eu. Não é assim que a história funciona. A história, meus caros, serve, entre muitas outras coisas, para que não repitamos os erros do passado. Não podemos alterar o passado, mas o Puerto Rico e os livros de história estão aí para nos lembrar daquilo que não devemos esquecer, para que essa triste história não se repita.

    O que eu, você e demais pessoas que também foram agraciadas pela loteria da vida e não nascemos em uma casa sem saneamento básico, onde se acorda com barulho de tiro de fuzil (muitas vezes vindos da própria polícia), podemos fazer?

    Respeito e empatia são dois excelentes pontos de partida. Conscientização é uma arma poderosa para mudar o mundo, mais do que essas porcarias de ferro que ceifam a vida de pobres pessoas inocentes.

    Realisticamente falando, provavelmente não teremos uma mudança drástica hoje ou amanhã. Essa estrutura está engessada há séculos. É um trabalho de formiguinha e nossos ancestrais privilegiados não eram os melhores exemplos de valorização do trabalho. Se eu e você formos melhores avós do que o meu tio avô foi, isso já é um sinal de que lá na frente talvez os livros de história sejam um pouquinho mais felizes.

    Eu vou ficar devendo um review sobre o jogo Puerto Rico. É um excelente jogo e que não vejo saindo da minha coleção tão facilmente. Falemos dele em outra ocasião, pode ser? Espero que você não se importe. Hoje eu quis manter o foco deste "review" na parte do tema mesmo. Esse tema em particular não deve se restringir ao jogo, mas deve inundar rodas esclarecidas de discussão, promovendo reflexão e igualdade.

    Outro jogo que também é muito citado em função de seu tema que evoca o passado sombrio de nossa história é o Mombasa. Eu tive Mombasa, joguei algumas vezes e passei adiante. A reflexão é essencialmente a mesma que propus aqui. O jogo mecanicamente é muito bom. Vendi simplesmente porque o Alexander Pfister não tem um estilo de design que particularmente me cativa tanto, ele coloca mecânicas demais para o meu gosto. Nesse sentido, acho o Great Western Trail um pouco mais fluido e mais próximo do meu agrado. Um excelente designer, independentemente disso.

    Eu recomendo todos esses jogos citados? Sim, certamente, são excelentes jogos. Se você tiver a oportunidade de jogá-los, não vejo por que não.

    Aqui voltamos para aquela questão que eu sempre martelo nos meus textos. Esses jogos estão fora de estoque e são comumente revendidos por preços superfaturados nas mãos de terceiros. Eles valem isso tudo? Sinceramente, não. Existem muitos outros jogos maravilhosos por aí. O que não falta é jogo bom nesse universo. 

    A maior lição que esses jogos passam é a reflexão proposta neste texto, tirando isso, são "apenas" jogos mecanicamente bem desenvolvidos, disso o mercado está cada vez mais cheio. Os designers de jogos estão aprendendo com os erros do passado. Podemos fazer o mesmo para além dos tabuleiros.

    Que os novos tempos sejam melhores e que esse tema fique cada vez mais distante na história, mas sempre presente nos livros e em nossas consciências.

    Nunca se esqueça.

    Forte abraço,
    Luis Perdomo

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    Comentários:

  • arthurtakel
    1894 mensagens MD
    avatar
    arthurtakel29/12/20 21:41
    arthurtakel » 29/12/20 21:41

    Realmente um jogão. 

    3
  • gabriel
    1471 mensagens MD
    avatar
    gabriel29/12/20 21:43
    gabriel » 29/12/20 21:43

    Parabéns, Luis. Esse com certeza é o melhor e mais importante texto na história deste canal. Mesmo eu sendo o típico jogador que 100% caga para tema nos jogos, gostaria de ver mais reflexões deste tipo por aqui.

    Agora aguardemos os racistinhas de plantão virem falar que não tem nada a ver.

    17
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/12/20 22:10
    LuisPerdomo » 29/12/20 22:10

    GabrielAlmeida::Parabéns, Luis. Esse com certeza é o melhor e mais importante texto na história deste canal. Mesmo eu sendo o típico jogador que 100% caga para tema nos jogos, gostaria de ver mais reflexões deste tipo por aqui.

    Agora aguardemos os racistinhas de plantão virem falar que não tem nada a ver.

    Muito obrigado, Gabriel. Fico muito feliz que você tenha se identificado com a reflexão proposta no texto.

    Eu também sou o típico jogador que 100% caga para tema nos jogos, mas ando bastante reflexivo no final desse 2020 tenebroso.

    Como descrevi no começo do texto, eu ia fazer um típico review pastelão como qualquer outro, aquela velha fórmula do canal descrita nos tópicos iniciais.  Eu simplesmente não consigo fazer isso com esse jogo (ou com Mombasa, ou qualquer outro jogo dentro dessa perspectiva). Saí um pouco da minha zona de conforto aqui e foi por uma boa causa. 

    Eu espero que as pessoas fiquem tão incomodadas quanto eu fiquei ao escrever esse texto, e olha que eu nem tenho lugar de fala, é "só" empatia mesmo. O objetivo do texto é justamente esse, provocar reflexão, colocar a pulguinha atrás da orelha, não com o texto em si, mas com o panorama descrito. Isso não é uma obra de ficção, infelizmente. Se a pessoa leu esse texto e não sentiu nenhuma espécie de desconforto, peço que leia novamente e reflita um pouco mais.

    Sobre aqueles que possam eventualmente aparecer aqui e falar que "não tem nada a ver", eu prefiro que, se possível, não o façam e, se não for pedir muito, revejam seus conceitos.
     

    13
  • XANDAO13BR
    908 mensagens MD
    avatar
    XANDAO13BR29/12/20 23:02
    XANDAO13BR » 29/12/20 23:02

    Seu melhor texto até hoje. Nada contra o texto mais leve, com as tiradas humorísticas (Ok, eu acho que você exagera no humor e perde o foco algumas das vezes, mas você é jovem, jovem.), mas esta sua reflexão neste texto é muito necessária.

    9
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/12/20 23:11
    LuisPerdomo » 29/12/20 23:11

    XANDAO13BR::Seu melhor texto até hoje. Nada contra o texto mais leve, com as tiradas humorísticas (Ok, eu acho que você exagera no humor e perde o foco algumas das vezes, mas você é jovem, jovem.), mas esta sua reflexão neste texto é muito necessária.

    Muito obrigado, Xandão. Fico feliz que, entre muitos erros e acertos, esse seja considerado o melhor.

    Concordo, esse tipo de reflexão é muito necessária.

    Eu me divirto fazendo os textos humorísticos, mas reconheço que por (muitas) vezes eu perco a mão hahahah. Eu vou me ajustando com a evolução do canal. 

    4
  • eduardofelipe
    323 mensagens MD
    avatar
    eduardofelipe30/12/20 00:52
    eduardofelipe » 30/12/20 00:52

    Bom dia!
    Bom, quando o assunto é jogos com temática histórica eu geralmente paro pra dar uma lida. Antes de eu colocar meus pontos aqui, vou me apresentar.
    Meu nome é Eduardo Felipe, escrevo para o canal Jogada Histórica e gravo o JH Podcast, onde falo justamente disso, jogos com temática histórica.

    Sou professor de história, especializado em uso de mídias visuais para o ensino de história e por muito tempo meu recorte historiográfico para estudo acadêmico foi a colonização na América Latina, principalmente na América do Sul, que para sem bem compreendida é imprescindível estudar também a questão de colonização no Caribe, inclusive vocês podem encontrar um texto meu sobre jogos que se passam no Caribe e sua contextualização histórica no blog da Meeple BR.

    Muita gente se engana ao olhar as peças de colonos do Puerto Rico e associar elas a escravizados africanos. Acontece que a colonização de Puerto Rico se deu de forma bastante peculiar em relação às suas ilhas vizinhas.

    Em 1520 o Rei Carlos I da Espanha emitiu um Decreto Real emancipando povos indígenas que habitavam algumas ilhas do Caribe. Essa emancipação aconteceu pois a população dessas tribos indígenas já era extremamente baixa. Diferente do Brasil, na América Espanhola os nativos foram escravizados por muito tempo, e com essa escassez de mão de obra escravizada indígena, escravizados africanos começaram a compensar essa perda, MAS esse número foi proporcional ao baixo interesse comercial que a Espanha começou a demonstrar pela colônia (Porto Rico). O comércio de escravizados foi maior nas ilhas vizinhas, como Cuba e Saint Dominique, atraindo mais o comercio de escravizados para lá do que para Porto Rico. Isso aconteceu provavelmente por conta de maiores interesses agrícolas nas ilhas vizinhas. Ou seja, a população de escravizados africanos em Porto Rico era bem menor do que em seus vizinhos.


    Fonte: Stark, David M. (1 de dezembro de 2009). "A New Look at the African Slave trade in Puerto Rico Through the Use of Parish Registers. Slavery & Abolition. p.491–520.




    Ok, eu escrevi um monte de história aqui, mas vamos ao jogo... Há um exercício muito fácil de se fazer que esclarece qualquer coisa a respeito de quem são os tokens de colonos de Puerto Rico.

    São Colonos? Sim!
    São escravizados? Sim e Não...

    Assim como no Brasil, europeus vieram para trabalhar no Novo Mundo, quando usamos a Role do Prefeito para pegar Colonos e alocar nas nossas peças, podemos alocar nas plantations ou nas Construções, e se vamos revirar o tema, vamos arrumar também.

    Vou citar aqui algumas das construções do Puerto Rico: Temos as construções de produção, como o Engenho de Acúcar, a Torrefadora de Café, a Fábrica de Índigo, etc... Podemos dizer (e não é minha opinião, basta estudar um pouco dos aspectos econômicos do período colonial de qualquer país da América Latina) que essas construções relacionadas a produção eram operadas por escravizados, assim como o trabalho duro nas plantations.
    Logo, os tokens que alocamos nesses espaços são sim escravizados.

    Agora, temos também Construções mais "administrativas" como a Hospedaria, o Escritório, o Mercado Pequeno, a Aduana, etc... Trabalhos que exigem um expertise que está fora da alçada do trabalho braçal de mão de obra escravizada, mas ora essa, não alocamos lá também os tokens de Colonos? Eram escravizados africanos que trabalhavam na Aduana, fazendo registros do que entra e do que sai da Colônia? Eram escravizados africanos que trabalhavam nos escritórios, cuidando e administrando o comércio colonial? Não, eram colonos europeus que também vinham para popular e trabalhar na ilha.

    E é isso!

    36
  • NervousBeard
    106 mensagens MD
    avatar
    NervousBeard30/12/20 01:09
    NervousBeard » 30/12/20 01:09


    Empatia
    substantivo feminino
    Ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias.


    "lo poco te asusta y lo mismo te calma"


    Eu mencionei a palavra empatia citada por LuisPerdomo e uma frase que minha avó, espanhola, me dizia quando eu era pequeno: "o pouco assusta e o muito/mesmo acalma"

    Geralmente coisas que vemos de forma maciça se tornam "normais", não nos incomodam ficam praticamente invisíveis ou passam desapercebidas fazendo com que a palavra empatia "vá para Cucuia", por falar nisso o que é Cucuia? Como surgiu esta expressão? (sempre usei, mas nunca soube o motivo).

    Ir para a cucuia
    Fala-se que o falecido “foi para a cucuia”. A expressão surgiu no Rio de Janeiro, em um bairro da Ilha do Governador chamado Cacuia. Quando algum morador da região falecia, os conhecidos diziam que a pessoa foi para o cemitério da Cacuia. A tradição oral transformou Cacuia em cucuia.

    E o que tem haver Cucuia com tudo isso? Sei lá. Eu nunca fui um aluno brilhante como nosso amigo LuisPerdomo  e diversas vezes fui taxado de prolixo (o que eu estou sendo agora).

    Bem, mandando toda minha prolixidade para Cucuia e resgatando de lá a empatia, vamos usá-la e não apenas saber o seu significado. Eu não consigo ficar acordado a noite inteira no conforto do meu sofá assistindo Netflix quanto mais ficar em pé a mesma noite do lado da minha cama, mudo, sem falar uma palavra. ( Luis será que preciso explicar?)

    Não devemos aceitar algo pelo fato de "parecer normal", por ocorrer com frequência ou por já estar estruturado em nossa cultura.
    Diferente do macaco que para mim também é apenas um animal como qualquer outro (apesar de ter assistido a série planeta dos macacos quando era criança e temer uma revolta) nós seres humanos temos (a maioria) capacidade de raciocínio elevada, vamos fazer uso.    




    5
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo30/12/20 01:14
    LuisPerdomo » 30/12/20 01:14

    Muito obrigado pelo esclarecimento, @eduardofelipe.

    Independentemente da forma como a ilha de Puerto Rico foi colonizada, a reflexão em torno da questão do racismo é sempre bem vinda, que é o foco real do texto, apesar da imprecisão histórica de minha parte.

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  • HU3Brutus
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    HU3Brutus30/12/20 02:10
    HU3Brutus » 30/12/20 02:10

    Olá Luis! 

    Mais uma vez venho bater papo aqui nos seus textos, e ao que me parece a discussão aqui está qualificada. Não sei se também me qualifico, mas acho que tenho alguns pontos interessantes a comentar. 

    Primeiramente acho que podemos concordar que Puerto Rico é um jogão. Quem já jogou ao menos umas 10 partidas com gente experiente sabe o quanto o jogo é disputado e difícil de dominar. Mas ao longo do tempo jogando, percebi que a questão dos escravos não é a única que tematicamente me chama a atenção. Como arquiteto em jogos, acabo instintivamente sempre indo pro lado da construção e acabo sendo um pouco desenvolvimentista e querendo construir ao máximo, mas essa minha tendência é quase derrota certa no Puerto Rico. Se você tentar focar em construir muito ou tentar criar uma máquina local vai ser atropelado. O jogo tem uma certa tendência a favorecer a exportação e mandar bens para a metrópole é uma das estratégias mais indicadas para a vitória. Mas pensando sobre isso também percebi o quanto isso também é altamente temático. 

    Creio que o eduardofelipe pode falar melhor que eu, mas a colonização genéricamente pode ser caracterizada por um regime exportador. Muitas colônias eram proibidas de ter educação, fábricas e ensino superior. Na própria cultura da cana-de-açucar apenas a extração era feita no brasil. A cana era ressacada em grandes rapaduras chamadas pão-de-açucar (do qual o acidente geográfico carioca rouba o nome) e que só eram refinadas em industrias européias, normalmente na Holanda. As primeiras faculdades só foram permitidas com a chegada da família real.

    Nessa minha sanha desenvolvimentista ambientada em puerto rico também aprendi como tentar forçar um pouco o jogo pro meu lado. Possibiltando que a contrução de estruturas na ilha seja possível sem me fazer perder o jogo, vi que a principal ação para concretizar minha vontade era boicotar ao máximo a ação do Capitão. Impedir que outros jogadores exportem, e quando for inevitável tentar atrapalhar ao máximo a saída de bens, segurarando-os ao máximo na ilha. E de novo cai em outra situação altamente temática. A acumulação de recursos costuma ser sempre um dos requisitos do do desenvolvimento. Existem estudos mostrando o quanto a acumulação primitiva possível a partir da colonização americana, africana e asiática foi um dos motivos do desenvolvimento da europa. Obras grandiosas como o Mosteiro dos Jerônimos em Portugual só foram possíveis devido ao ouro brasileiro, por exemplo. Sem contar que a colonização da lua e marte deve gerar o mesmo quando começar a mineração espacial. 

    Estou levantantando essa questão, pois para mim é evidente que o jogo é de várias formas muito ligado à temática que remete. Não apenas no contexto de exploração de pessoas, mas de exploração social do trabalho e de recursos naturais, sugando qualquer forma de autonomia local. Esse é um regime de exploração generalizado e acho que Puerto Rico é muito feliz em comseguir absorver isso de forma tão realista, ainda que de forma um pouco abstrata.

    Confesso que tenho um conflito interno que não sabe ponderar se o melhor é abolir um jogo de tabuleiro que toque na ferida expondo tanta exploração. Pintar um mundo colorido como se o passado fosse sempre uma aventura feliz não me parece algo muito saudável. Assim, me parece muito melhor que possam haver jogos que como Puerto Rico possam ser pontos de partida para que essas questões muito importantes sejam discutidas socialmente. 

    Acho engraçado que é possível fazer um filme ou documentário contando as agruras do nazismo, do apartheid e de diversos outros eventos doloridos da história e eles podem ser considerados críticos, mas a existência de jogos de tabuleiro com temas delicados seja tão criticada. Acho que a experiência alemã com o nazismo mostrou para eles a necessidade de manter a ferida aberta para que aquele contexto não se repita. Nas escolas alemães esse tema é constantemente recuperado e inclusive nos brindou com uma bela obra como o filme "A Onda" que em sua primeira versão foi feito para ter 50 min e ser exibido como parte da aula nas escolas.

    Enfim, é dificil saber se Puerto Rico foi feito com a intenção de expor a escravidão como modelo ou se é apenas um documento histórico bastante preciso. Não tenho noção se o designer já se pronunciou a respeito, mas sabendo que a obra sempre supera o artista, creio que independente da sua intenção, Puero Rico continua sendo mecanicamente um dos jogos mais bem feitos da história, uma bela implementação da temática de um período histórico e o perfeito jogo para mantermos essa história sendo contada e criticada, de modo que essas ideias de supremacia e exploração nunca mais se repitam.

    Um abraço,

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Puerto Rico - Puerto Rico e os privilégios.
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