RESSACA DO MÊS DAS CRIANÇAS batendo de KINA novamente!
Dia das crianças passou, e sabe outra coisa que passou também? Esses jogos!!! Essa postagem tem 2 estranhos top3 agrupados por motivações e tipos de lembranças diferentes, fora algumas menções honrosas no final.
Top 3 Embrionários do estilo medieval
Talvez nem estejam tão próximos do estilo assim, especialmente se você fizer uma análise muito “moderna”, por assim dizer. São jogos medievais que pra mim semearam princípios (mas só princípios mesmo) e abordagens de regras no tema. Vamos falar sobre eles rapidamente, citando a impressão que tive, mesmo sendo pirralho. Será que alguns de vocês tiveram/conheceram esses joguinhos altamente mais ou menos? Ou fica apenas no meu particular e nessa postagem de lembranças?
CASTELO DO TERROR

Eu adorava a arte do jogo, e os locais tem nomes bizarros como salão dos jogos sangrentos, biblioteca dos horrores e sala de festas pagãs. Esse jogo de 1991 não tem muito acontecendo, você anda de uma sala pra outra e puxa uma cartela que pode mostrar a sala vazia onde você pode dar loot em um item, ou um dos 4 monstros a ser enfrentados. E realmente é só isso, você derrota os monstros se tiver o item como a estaca para o vampiro, a lanterna para o fantasma, o revólver com bala de prata para o lobisomem e uma faca para a... múmia. Porque múmias não agüentam facadas beleza? (what?). A sua esperança é que esbarre na princesa para salvá-la. O legal é que mesmo criança, nós notamos que não havia motivo pra explorar. O negócio era subir logo o castelo, e ficar perto do local que era a saída, nisso ficar de uma sala vizinha para a outra até a princesa resolver aparecer... #fail né? O que me impressiona é que com 7-9 anos já tínhamos essa noção. E me despeço da lembrança do Castelo do Terror dizendo que precisamos falar sobre o lobisomem, parece saído daquele musical CATS e parece assustado ao invés de assustador hahahahaha confiram abaixo:

CASTLE ADVENTURES
A “trama” aqui é que um capiroto azul que deve ser parente da sombra que serve o vingador (do caverna do dragão) roubou armas, jóias, dinheiro etc do reino. Cabe ao Rei a princesa, o guerreiro e o mago reaverem o prejuízo. O jogo era em cima desse grupo de 4 personagens, set collection, tabuleiro safadin’ que ia se formando modular, e uns dragões serpentes pra enfrentar. Salvo engano o conheci em 2000-2001. Era repetitivo e muito dependente da sorte na compra. Em Castle Adventures, os tesouros valiam de 1 a 5 pts, se você abrisse muito os valores 1 ou 2 problema teu (simples assim!). Ainda guri, pré adolescente etc eu já reclamava desse excesso de aleatoriedade 
HERO QUEST
Na verdade minha estória com esse tarimbado jogo começa em 1995, depois veio o castle adventure que na sequência me fez desenterrar/reviver o HQ, ampliando personagens, itens, bestiário e o escambau. Fizemos sistema de XP e level up, tinha classes de monstros em 4 categorias os goblinóides, mortos vivos, bestas, e demônios e por aí vai. Devo ter mestrado (leia-se ser o “Zargon”) umas 70+ partidas. Hoje sei que uma parcela generosa dos jogadores fez parecido, “tunaram” sua cópia do jogo com um fantastilhão de regras caseiras diferentes. Inclusive não deve ser novidade para ninguém que no final de setembro o jogo foi remodelado (até onde foi informado o remake é totalmente estético). Eu não o acho o melhor jogo do mundo como alguns da comunidade dele dizem (falam brincando, mas quase acreditando nisso
) mas ele estoura o termômetro da nostalgia. Pausa dramática pra postar 2 fotos que emparelhadas, serão o maior túnel do tempo que você vai ver hoje:
Você pode até dizer que Hero Quest é restrito demais, um tanto quanto engessado. Trata-se de andar e bater, ou bater e andar, podendo ser feito eventualmente alguns efeitos mágicos, e ações como procurar e desarmar armadilhas, procurar passagens secretas e tesouros... Mas tem raízes que estruturaram uma fanbase que passa perto de ser um culto.
Top 3 da repaginada tosca interessante
Falando em jogo que tinha versão antiga e foi relançando com atualizações estéticas, tenho alguns relatos engraçados, de jogos de minha infância que viram prateleira de loja novamente, de uns 3,4,ou 5 anos pra cá, ou tempo parecido. Eu fico dividido entre ficar feliz porque é uma forma do jogo ser visto por novas gerações, ou o velho jargão de que “não se faz mais como antigamente”.
EXPLOSÃO

Um tabuleiro em grid 5x5, com o miolo 4x4 vazado. Bonzinho demais pra época que conheci (1992), era apenas um "trilha" ou se preferirem era um rolar e mover, mas o 3d tinha seu apelo. Um dado de seis lados te fazia andar de 1 a 3 casas ou apertar o detonador. O mecanismo central que era esse bendito detonador sorteava onde ia explodir, e eu pirralho ficava tentando padronizar, tentando calcular/entender a randomicidade haha! Tem horas que entendo que era só questão de tempo mesmo pra que eu conhecesse esse hobby, pelo tratamento que eu dava aos jogos quando criança. Por acaso acontece o mesmo com vocês? Explosão foi relançado com pinos pra economizar, mas a versão que eu tive tinha essas miniaturas de exploradores da direita.
GUERRA DAS ARANHAS
Em pleno 1994, esse jogo era um desafio em termos de duelo em 3d, cada jogador de um lado, buscando derrubar as peças do oponente... Guerra das Aranhas era um "damas" bem legal, com formas de ganhar bem definidas. Esbarrei numa última cópia por volta de 2012-2013 e me fiz o favor de comprar. Foi como obter a última espada forjada por um antigo ferreiro
Teve a conversão do jogo pra uma versão que tentar empurrar beeeem “a pulso” o homem aranha. Tudo a ver né? São aranhas afinal... o time vencedor fica radioativo (aham... ¬¬)
MORCEGOS EQUILIBRISTAS

O mesmo acontece com o Morcegos Equilibristas, e me desculpem, mas Bento Carneiro o vampiro brasileiro, tem muita mais moral do que o Batman, e vocês não leram errado, pode voltar 3 casas em caso de discordância. 
Eu me divirto com essas repaginadas, se o explosão buscou baratear, esses 2 últimos são forçação de skin pra tentar usar o que tem mais apelo recente, do boom dos heróis pra cá. O pior é que só mudou a caixa e um pouco das cores usadas (azul e vermelho ao invés de verde e laranja nas pernas das aranhas, é suficiente pra atrelá-las ao homem aranha (só que não) hahahaha e cores menos berrantes no do Batman (saiu o verde, mudou o tom do azul) eu hein...
Menções honrosas / Último flashback maroto

Piratas Voadores : esse jogo é responsável por metade do meu trauma com jogos de destreza ou equilibrar (a outra metade é porque sou ruim mesmo, cabe admitir
), e o jogador nem tinha controle sobre nada, era só apertar um dos canhãozinhos cinzas para lançar um pirata em direção ao barco do oponente. Um desses canhões quebrou depois de umas 10-15 partidas, uma beleza. O resto era torcer pra dar certo depois de enganchar alguns marujos e fazer peso, vencendo por virar o barco do oponente... eita duelo estranho!
Xadrez dispensa apresentações, mas fica o relato da sensação das jogatinas: Esse foi o primeiro jogo a me ensinar a diferença entre saber as regras e jogar de forma satisfatória ou de fato boa. Uma coisa é saber como cada peça se move, outra é ir desenvolvendo a expertise das melhoras jogadas, bem como as reações às jogadas do oponente. Recordo também que houve uma febre em torno da manobra XEQUE PASTOR que (SPOILER alert hahaha) ganhava em 4 movimentos se você não conhecesse a armação dessa jogada. Era uma forma dos jogadores de superfície achar que eram grandes mestres por acabar a partida rapidamente, mas é quase uma bad joke depois que você conhece um pouco mais.
Ducktales: Tesouro da Pirâmide era só um “trilha” com tabuleiro 3d. Rolar e mover básico, como 70-80% dos jogos da época. Tinha que pegar um item específico de cada personagem (como o mascote lampadinha do professor Pardal, por exemplo) para poder ir pro topo, e o primeiro que chegasse lá conseguia o tesouro, com os outros pegando um tesouro secundário e tentando tomar pra si o principal. Hoje sei que esse final tem variable player powers / assimetria uau! (engraçado, mas é bem por aí)
E o saudoso jogo do tapa, que me empresta a imagem pro avatar da ludopedia. Era meramente um apetrecho onde segurar e apertar, estilo controle de atari, (já que é pra falar de coisa antiga). Deslizava pra frente ou para trás o personagem, até a tapa acertar um botãozinho lateral e a cabeleira do oponente ejetar... duelo de primeira!!! Quem precisa de 7w duel, Jaipur ou patchwork? 
E é isso, notem que não teve espaço para war,jogo da vida, monopólio ou ludo pois na minha pool especificamente, eles fizeram parte da vibe de "o vizinho tem"(ludo até tínhamos) e eu não gostava deles, war era um queridinho, então eu me esforçava pra jogar, mas sem sucesso... muuuuuito obrigado “evolução” dos jogos modernos 
Para esse Kina que vos fala, desde que era escudeiro e brandia um espada de treinamento, mesmo o mais feioso ou zoado jogo no estilo "teu passado te condena" vale ser lembrando, visto que acaba trazendo um sentimento todo especial. Vai ver que as coisas realmente têm o valor que a gente atribui a elas, ou vai ver que estou apenas justificando esse filme em preto e branco que foi essa postagem hehe
Em todo caso até o próximo reino a explorar, batendo forte, e também batendo de “kina”! 
Na sequência estaremos de volta com nossas postagens convencionais, destrinchando um determinado jogo!