Nem a Damares falaria que Gaia é ruim! Rsrsrs

Esse cara deve jogar só Dixit, tah loco 

Eu gosto de ameritrash justamente pq eles fornecem sabores diferentes. Euro muitas vezes eu vejo q o tema é só uma leve película, sem sentido algum, à qual meus olhos sequer se prendem, e meu cérebro já foca em matemática pra potencializar as ações e a pontuação. Legal, mas repetir isso ad infinitum, sem qualquer sabor, ou tendo um q se dissipa da boca em segundos, é foda. Me lembra do chiclete Bubbaloo. Aquele recheio molhadinho desaparecia em 30 segundos, o gosto da massinha, daí a pouco, e vc podia mascar a coisa sem gosto por mais várias horas.

Não é q eu não curta euros, mas jogos genéricos já joguei o suficiente. Pra me atrair, precisa rolar um atrativo, ou temático, ou mecânico, de preferência com aleatoriedade, SIM. Quero ser forçado a improvisar. Se eu quisesse um jogo altamente estratégico, com 0 de sorte, mas mesmo assim com inúmeras possibilidades de caminho pra vitória, e q ainda fosse barato e fácil de achar, jogava Xadrez (q de vez em qdo eu jogo contra o PC, as partidas são rápidas, e ele não se importa se eu voltar atrás após fazer alguma besteira, kkkkk).

Exemplos de jogos q eu gosto:
Terraforming Mars: temático, com necessidade de improviso, e como engine building é maravilhoso.
Marco Polo (só conheço o 1, mas pessoal já fala q o 2 é melhor): relativamente temático, com muitas opções de estratégia, boa necessidade de equilibrar recursos, efeitos variados dos personagens.
Teotihuacan (é assim q escreve?): não é temático mas é mecanicamente interessante, muitas possibilidades, e com a expansão q dá poderes variados aos jogadores, fica show de bola.

Exemplos de jogos q não gostei:
Lorenzo: cara, q preguiça. Tematicamente, um 0 a esquerda. Mecanicamente, um aglomerado de ações q são, ao mesmo tempo, caras e ruins. Jogando Lorenzo e vendo as opções: "ruim, ruim, muito ruim... é, vai ter q ser essa, mesmo sendo um lixo, pq é o q dá pra fazer".
Space Cantina: a arte é interessante (apesar das cores muito mal escolhidas), mas tematicamente falar o q? Conhecem algum garçom q não fez nenhum atendimento e foi promovido? E a parte de ficar com as sobras do draft, sabendo q só vai te trazer cubos pretos? Affff.
Concordia: meu cérebro simplesmente não se adaptou ao jogo. Não tenho ideia nem vaga de como estou pontuando, quanto mais os adversários. Difícil gostar de algo q vc não compreende.

Não é tão difícil, pelo menos, ter uma opinião. O cara falar q TODOS os jogos q ele jogou ele gostou, e os q não gostaria, ele não jogou, mas ACHA q não gostaria por causa da assimetria (curiosamente, no caso, dois jogos q são, sei lá, top 20 mundial, kkkkk), isso pra mim é a falta de uma opinião, rs. Cara gosta de tudo? CARACA!

Entendo o Gustavo quando diz ter preferência por construir a assimetria ao longo da partida, sem ser algo definido de início enfatizando a competitividade, também prefiro dessa forma.

Assimetria em facções, clãs, raças parecem muito propicias para perfil de jogadores que não curtem conflitos: "minha raça é melhor em conseguir minério", "o meu clã em plantar flores". No fim, tudo se converte em moeda ou pontos de vitória, mas a assimetria evita mecanismos abominados por alguns, como Take That ou mesmo um Block nas ações de oponente. Bom para aqueles que gostam da modalidade Solitaire Multiplayer, um acordo de cavalheiros, cada um joga na sua e no fim se encontram para comparar pontos.

Tendo a concordar com o @Ignatius quanto a preferências e impressões sobre euros. Até fiquei tentando formular um top 3 Euros ruins (que eu tenha jogado), mas não encontrei, e só pude diferenciar em termos de complexidade. Alocação de trabalhadores, por exemplo: em alguns você coloca o meeple e ganha o benefício, em outro você coloca o meeple e rola um dado para ver o que pode pegar, em outro ainda você tem que ter uma carta para alocar o meeple e obter o recurso, esperar turnos a mais e a menos, botar moeda na ação, retirar moeda na ação... vai de quantas coisas são exigidas para fazer uma ação, que no fim sempre é a mesma: colocar o meeple e pegar algo, seja qual for a dificuldade pelo número de etapas impostas.

Eu Joguei Gaia, duas vezes. Minha avaliação dele é 8,0, reconheço que é um jogo muito bem estruturado e bem implementado, mas é um empenho ficar aprendendo sobre as raças para fazer a mesma coisa que os outros de forma diferentes. Está mais para eniga individual do que performance entre os jogadores. Imagina um jogo de futebol em que um time só pode jogar a bola com a mão e o outro com os pés, a vantagem para quem perde é sempre poder dizer que isso está mais ligado a assimetria do que propriamente a performance do time. 

Talvez não existam Euros ruins (o que eu duvido), apenas euros que vão de muito simples aos mais complexos (os que eu evito).

Pessoal, só pra esclarecer, o Gustavo não fala que TM ou Gaia são ruins, só diz que não gosta de jogos com muita assimetria e é por isso que jogos como Gaia ou TM não fazem parte do range de interesse dele. Ele diz isso na falta de um jogo ruim pra colocar na lista (o que eu acho ok). Eu sou uma das pessoas que durante a live brincou com o comentário dele, mas é uma questão de predileção e acho que todos nós aqui compramos jogos de acordo com nossas predileções. 

Sobre o comentário (muito bem escrito!) do Sr Ze sobre o papel da assimetria, eu discordo, respeitosamente. Não acho que assimetria seja uma forma de diminuir a interação entre jogadores, ou que ela seja mais adequada a jogos com pouca interação (que é eu entendi do seu comentário). A assimetria cabe em qualquer tipo de jogo, não apenas euros com multiplayer solitário, e muitas vezes ela é responsável por potencializador a interação. Em jogos como Root, Scythe ou Lord of Hellas, cada jogador precisa entender como os adversários funcionam justamente para preparar "blocks" ou simplesmente se defender melhor daquele tipo de oponente. Em jogos cooperativos como Spirit Island, a assimetria é o core da experiência, porque ela maximiza a necessidade de interação (inclusive, quando jogo solo, eu ignoro o manual e jogo com dois espíritos - duas mãos -, justamente para tirar maior proveito da interação). Curiosamente, você pode ver a assimetria trabalhando em favor da interação até em jogos de vídeo game. Uma partida de Overwatch, por exemplo, a assimetria força os jogadores a cooperarem. Não estou dizendo que "todo jogo assimétrico tem interação" (embora eu pense que assim é melhor), isso vai ser definido pelo design geral. 

Já joguei Projeto Gaia mais de vinte vezes (e contando) e, como solo gamer, poder fazer a mesma coisa de formas diferentes é justamente o que me faz amar tanto esse jogo (ou qualquer outro jogo onde eu posso mudar meu estilo de jogo pra fazer a "mesma coisa"). Cheguei a jogar quase dez partidas seguidas só com os Terranos, porque eu tinha como desafio pessoal vencer a automa no modo difícil de forma convincente com cada raça. Uma vez que finalmente consegui vencer, o momento de escolher a próxima raça para a empreitada pode ser comparado a uma criança que acabou de ser avisada que pode escolher qualquer brinquedo da loja. Eu simplesmente amo como trocar um efeito passivo ou adicionar outra ação me proporciona um novo quebra-cabeça para resolver (somado ao fato que a Automa também é assimétrica, uma das coisas que faz esse jogo genial). O exemplo da partida de futebol de "mãos contra pés", é muito extremo, porque ele ilustra uma assimetria sem o mínimo de balanceamento. Assimetria também oferece um caminho para a estratégia e tática (como as corporações do Terraforming Mars, ou os player boards avançados de Cidades Submersas).

Agora sobre o comentário do Ignatius: cara, é engraçado. Não sendo Munchkin, eu jogo e geralmente gosto de tudo. Também nunca joguei um euro que não me agradou, eu também não teria nenhum pra falar. É claro que gosto mais de uns do que outros, mas como eu só compro jogos lançados no Brasil, só joguei games que passaram no filtro das editorias nacionais, o que já reduz um pouco a probabilidade de jogar uma bomba. Mas eu não jogo euros só pelo tema, eu me divirto muito com a matemática deles e com o diferente quebra cabeça que eles proporcionam. Dessa forma, jogos euros, pra mim, proporcionam tantos sabores quanto os proporcionados pelos "amerigames". Sobre o famoso "tema colado com cuspe", não vejo isso como um problema. Para você ter ideia, o exemplo de dissonância ludonarrativa que você postou sobre o Space Cantina não me incomoda (mas entendo totalmente sua crítica!).

Abraços a ambos os membros citados aqui!

Falou! 

@Júlio Ferreira, acho que eu exagerei mesmo com o exemplo do futebol, foi descabido por não considerar o balanceamento que os jogos buscam implementar. Achei interessante o seu desafio solo dentro do Gaia na utilização das raças.

Sobre a assimetria foquei no tópico de eurogames, não considerei amerigames (gosto mais do termo ameritrash) para os quais considero interessante essa condição para dinâmica de conflitos, como você pontuou muito bem sobre conhecer o inimigo e tal, e em jogos cooperativos (minha preferência) é fundamental para constituição de time e elaboração de uma estratégia exequível e principalmente pela interação entre jogadores.

Nas partidas de euro, dos grupos que conheço (mais ortodoxos), vejo que o pessoal se incomoda muito quando há possibilidade de pegar um recurso ou fazer uma ação, mesmo que não seja necessário para sua estratégia principal, a fim de prejudicar/atrasar o oponente. Isso gera comentários como "está me perseguindo", "você deveria focar no seu jogo", "heregetrash"... se é uma ação válida e por te levar a vitória, não vejo problema, até porque poderia sofrer do mesmo revés. Já nos euros com assimetria esses caminhos de "interferência" parecem ser dificultados evitando intervenção/interação na estratégia alheia, ao menos sem que a sua sofra consequências mais danosas (carma instantâneo).

Acho interessante, por exemplo, em Clãs da Caledônia, que eu gosto muito, a possibilidade de jogar com ou sem a especialidade dos clãs, embora ache bem mais divertido tentar tirar proveito da assimetria e evitar depender da flutuação do mercado .