Brunochenko::Pra mim, a principal diferença é ter input de dados ou output de dados.
 
Input te fornece a dimensão tática de adaptação. 
Output só te deixa a mercê da probabilidade, gerando frustração. 

Concordo em gênero, número e grau com essa afirmação. 

Muito legal o texto! 

Em especial "desvalorizadas por muitos e amada pelos que estão certos" hahahahaa genial!


Em um ótimo artigo sobre estratégia, no site Covil dos Jogos, escrito pelo covileiro Eduardo. Tem uma parte que ele fala sobre a parte operacional da estratégia em jogos de tabuleiro.

A parte operacional é, muitas vezes, 100% de abstrata, o que significa que você sempre tem sucesso. DEPENDENDO do jogo, eu gosto de como os dados (ou outro variante randômica, como um deck de cartas de evento)  afetam a parte operacional da estratégia, e como resultado seu jogo se transforma.

Um exemplo forte, e recente pra mim, é o jogo Robinson Crusoe. Ao jogar, a parte operacional pode ser realizada com segurança alocando dois peões na ação, mas o jogo começa a funcionar mesmo quando você precisa tomar decisões que afetam a parte operacional, forçando você a sacar cartas de eventos. 

É através de vários fatores randômicos que a ilha amaldiçoada ganha vida na mesa do jogador, sem engolir totalmente as boas decisões e apresentando oportunidades e histórias que jamais estariam ali se sem essa interferência na parte operacional.

É por isso que eu jamais vou ser contra uma boa rolada. 



 

Gostei muito da sua análise e concordo com o comentário de vários colegas, não entendo muito esse "desprezo" de muito por jogos de rolagem de dados até porque isso torna que o jogo possa toma diferentes caminhos possíveis a depender da jogada. Acredito que o fator aleatoriedade trás um charme para o jogo pois o cenário pode ser modificado quantas vezes for possível. 

Ótima reflexão. Eu gosto da aleatoriedade na forma em que você apresenta, exigindo a revisão do plano de ação ou gerando a euforia quando o universo conspira a seu favor, é bom sentir emoção durante a partida e não só no final. Embora alguns reclamem da frustração de um resultado ruim nos dados durante uma partida, imagina a frustração de perder em em um jogo que não envolve sorte - a experiência foi ruim do começo ao fim? para quem está preparado para a adversidade, não.

Tinha dúvidas sobre Camel Up, mas tive a oportunidade de jogar e na primeira vez foram 5 partidas seguidas no mais puro entusiasmo. Não lembro quanto tempo demorou, mas tive a impressão que não tinha passado nem 15 minutos. As pessoas na mesa estavam dispostas a se divertir e curtir o momento, mas todos estavam atentos as estatísticas, havia até um pouco de sangue nos olhos.

Muito válida sua consideração de que cada jogo tem seu valor, o qual está relacionado a outra variáveis como ocasião e mesa/grupo. 



 

"Deus ñ joga dados com o universo" (Einstein)

Como foi bem dito, depende do seu objetivo ao jogar o jogo. 

Se quer algo mais cerebral e estratégico, melhor sem sorte.
Se quer mais euforia/tensão, descontração e igualar chances de vitória para todos da mesa; a sorte dos dados pode ser um caminho.

Pode ser um desafio para os gamedesigns criar uma mistura harmoniosa entre essas duas coisas...alguns tiveram sucesso, outros nem tanto (ou acabam indo mais de um lado que para outro)

enfim ñ tem certo ou errado...tem oque agrada o seu público alvo ou ñ (se ñ lhe agradar, talvez vc ñ seja o público alvo daquele jogo =P) 

arthurtakel::Lembra do filme matrix onde o agente Smith relata que a primeira matrix era um lugar sem surpresas, sem sofrimento e sem aleatóriedade? O resultado foi um fracasso, gerando marasmo, tédio e suicídios em massa.

Eu jogando Euro kkkkkkkkkkkkkk

arthurtakel::Sejamos sinceros, quando você faz uma coisa simples como atravessar a rua muitas coisas podem ocorrer. Você pode ser atingido por algo, ser atropelado, não conseguir atravessar, ser parado por alguém, etc. 
A realidade tática da nossa vida tem sorte. Por mais que você seja um matemático brilhante ainda assim não consegue prever todas as variáveis e circunstâncias que podem lhe acontece simplesmente por ir ao mercado comprar comida. 
Por mais genial que você for nos negócios ainda assim está a mercê de fatos alheios a sua vontade no mercado financeiro. 
A sorte é presente em todos os aspectos da vida, da sociedade e da natureza. Deixar um jogo sem aleatoriedade alguma é cometer um crime contra a imersão de um jogo. 
Respeito a todos que gostam de jogos "sem sorte" porque tem alguns que eu mesmo gosto mas parece que a alma do jogo fica quebrada por melhor que ele seja.
Em combate muitas coisas podem ocorrer, a sua arma pode engasgar, a cápsula do revólver pode não disparar, ou, você simplesmente pode errar o alvo. Então, como emular essas variáveis reais da vida? A resposta é com o lançar de dados. 
Uma mecânica que traga algo para mitigar a sorte com base em uma decisão, ou, estratégia sua ainda é o melhor e mais imersivo sistema para tabuleiro. 
Os jogos mais engraçados e mais familiares todos tem sorte envolvida. 
A surpresa faz parte da vida e a sua resposta e adaptação a uma rolagem ruim de dados é o que mostra o seu caráter e o quanto você é bom em um jogo. 
Assim, a sorte nos jogos não pode ser tirada sob pena de ficar uma mecânica muito artificial sem reflexo nenhum na realidade, ou, mesmo na ficção o que prejudica o tema e a imersão. 
A surpresa e a adaptação fazem parte da vida e isso é o que dá sabor para o cotidiano. 
Lembra do filme matrix onde o agente Smith relata que a primeira matrix era um lugar sem surpresas, sem sofrimento e sem aleatóriedade? O resultado foi um fracasso, gerando marasmo, tédio e suicídios em massa. 
Temos que aprender com a matrix e trazer emoção as coisas. Para isso a mecânica de dados é fantástica. 
Um jogo sem alguma sorte se transforma em uma planilha de Excel, ou, conta de 2 + 2 = 4.
Salvo raras exceções.
Finalizo com um exemplo. Jogador profissional de futebol a única coisa que faz é jogar e treinar futebol. Faz isso praticamente todos o dias. Em termos de jogo seria um personagem forte e evoluído. Mas quando vai para a partida a maioria dos chutes erra do gol. É a aleatoriedade em ação. Se fosse em um jogo de tabuleiro e houvesse tantos chutes fracassados assim, como seria? Culpa dos dados?
Aprender a cair e levantar e a lidar com a frustração faz parte da vida e do jogo. 

Exatamente como eu penso. Perfeito!

arthurtakel::
A realidade tática da nossa vida tem sorte. Por mais que você seja um matemático brilhante ainda assim não consegue prever todas as variáveis e circunstâncias que podem lhe acontece simplesmente por ir ao mercado comprar comida. 

Pensei no Stone Age quando li essa frase.

polimeni::"Deus ñ joga dados com o universo" (Einstein)

Como foi bem dito, depende do seu objetivo ao jogar o jogo. 

Se quer algo mais cerebral e estratégico, melhor sem sorte.
Se quer mais euforia/tensão, descontração e igualar chances de vitória para todos da mesa; a sorte dos dados pode ser um caminho.

Pode ser um desafio para os gamedesigns criar uma mistura harmoniosa entre essas duas coisas...alguns tiveram sucesso, outros nem tanto (ou acabam indo mais de um lado que para outro)

enfim ñ tem certo ou errado...tem oque agrada o seu público alvo ou ñ (se ñ lhe agradar, talvez vc ñ seja o público alvo daquele jogo =P) 

Deus JOGA dados! E muito! (Einstein errou nessa)
Isso já foi comprovado pela física quântica, seu GPS  é uma prova disso.

Discordo totalmente com a afirmação de que jogos mais cerebrais e estratégicos não usam dados, o que tenho visto é justamente o contrário, os jogos onde se pensa mais são os com aleatoriedade e imprevistos gerados por rolagens de dados ou por cartas. Na verdade a própria vida tem uma pitada de aleatoriedade. 

Mas claro que a aleatoriedade em excesso também pode ser muito ruim dependendo do propósito do jogo.

O que eu quero dizer é q vamos deixar de mimimi sobre rolagem de dados, se vc não gosta de rolar dados, não os jogue... Mas não venham dizer que jogar dados é ruim p o jogo ou que tornam o jogo menos inteligente ou estratégico! 
Muito pelo contrário, jogar dados é ótimo e super realista e para ganhar você tem que usar muito mais o cérebro para superar uma má rolagem ou outro fator negativo que surja devidido aos imprevistos. 
E não esqueçam que todos que estão jogando rolam dados não apenas vc, a aleatoriedade é para todos... e claro que só 1 vai ganhar então tb não se preocupe em perder!

Sudoko e palavras cruzadas são bons jogos para quem não gosta de dados, recomendo muitíssimo para vocês! Kkkkkkk

Nao jogo pra simular a vida. A vida já é bastante real pra mim. Jogo é escape.

Dados só como input. CoB, GAH, Marco Polo.