Alhambra tem nome esquisito, mas merece um destaque em qualquer coleção. Afinal, ninguém ganha um prêmio “Spiel des Jahres” à toa (ele ganhou em 2003). Mas o que é, afinal, Alhambra? É uma palácio, na verdade uma fortificação, localizada em Granada, na Espanha. Ali vivia um monarca e a corte do Reino de Granada. No jogo de tabuleiro, você tem que caprichar na construção desse palácio para se destacar diante de outros empreiteiros das Arábias e também da Europa.

O jogo pode ser disputado por apenas duas pessoas, graças a uma regra especial, mas o bom mesmo é quando tem mais gente. O modo de jogar é bem simples: você tem uma grana na mão, que são suas cartas, e com elas você compra as partes do palácio que irão formar Alhambra. Cada jogador tem sua própria Alhambra e ganha quem conseguir construí-la de forma mais eficiente.

Ok, mas como assim, “mais eficiente”? Alhambra é formada por “tiles” (aqueles peças quadradas), que têm cores diferentes. Elas são retiradas de um saquinho (ou seja, são sorteadas) e ficam à disposição em um mercado. O jogador vai comprá-las com a grana que está em sua mão. Dependendo da cor, a peça é mais rara ou menos rara, dá mais ponto ou menos ponto, quando colocada na Alhambra. O jogo fica nessa disputa de qual jogador consegue adquirir tiles mais adequados e vantajosos, dependendo de cada situação. Durante o jogo há três fases de pontuação e vence a partida quem levar a melhor nessas fases. E não podemos esquecer que os muros do palácio também dão pontos!



A graça da coisa toda é a maneira que você compra as peças do mercado e as posiciona em sua Alhambra. Os tiles devem ser colocados sempre “de pé” e não podem ser colocados de qualquer maneira. Quando um lado do “tile” tiver muro, por exemplo, deve ser adjacente a outro muro! O jogador, portanto, tem que estar sempre de olho na disposição de suas peças para não acabar “esnucado”. Na hora da compra de tiles o jogador que pagar a quantia exata pelas peças pode jogar uma segunda vez, ou seja, é importante se planejar para sair na frente dos outros competidores – e ter um pouco de “sorte” também para, na hora de pegar cartas de dinheiro para sua mão, coletar as cartas adequadas para cada rodada.

Não vou entrar em detalhes de regras, pois para isso há manuais e vídeos explicativos. O que faço aqui é dar um simples “overview” e passar algumas impressões. Não é um jogo complexo, mas não é nada bobo – longe disso. Tem boa rejogabilidade, tanto que minha versão digital, para celular, é sempre usada nas horas vagas.

Alhambra eu posso recomendar para você que já é experiente e também para você que nunca viu jogo de tabuleiro na vida. À primeira vista, um “noob” pode estranhar, mas logo percebe que a mecânica é fluída e simples, e vai se divertir um bocado. Minha versão física de Alhambra é aquela “Big Box”, que contém as expansões, mas não posso opinar sobre elas, pois nunca as joguei! Posso garantir, no entanto, que a versão básica já é boa e divertida o suficiente! :-)