Antes da pandemia da Covid-19 eu nunca havia me interessado por jogos solo, mas a situação me levou a conhecer e gostar dessa forma de jogar. Infelizmente a minha esposa não joga e a minha filha mora em outra cidade.
Joguei Agrícola, Teotihuacan, Scythe e Projeto Gaia no modo solo. O Scythe solo é bastante interessante e desafiador no nível Ultimaszyna, que é o mais difícil. Mas nenhum se compara, em minha opinião, ao Projeto Gaia no modo solo. Nessa pandemia completei 100 jogos do Projeto Gaia solo e farei uma rápida análise das minhas impressões.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer aos idealizadores do jogo. É um jogo simplesmente sensacional! Foram mais de 170 horas jogando e me divertindo bastante. Todas as partidas estão registradas no site da Ludopedia.
Joguei a maior parte das partidas no nível Ultroma (86 partidas), que me pareceu um nível de alto desafio, mas ao mesmo tempo com chances reais de vitória do jogador humano (venci 54, empatei 2 e perdi 30). Os níveis Automa e Fortoma são menos desafiadores, mas são importantes para as primeiras partidas e para aprendizado de como o jogo solo funciona. Já o nível Monstroma é dificílimo (10 partidas, com apenas 2 vitórias minhas e 8 derrotas).
No geral, venci 59, empatei 2 e perdi 39.
Então, passo a fazer uma breve análise das forças das facções tendo como referência as minhas partidas no modo solo.
A escolha das facções, as configurações do tabuleiro, as posições das tecnologias, os objetivos de cada rodada e de final do jogo e os bônus de cada rodada foram aleatórios.
A minha pontuação média foi de 135,71 e a do jogador Automa (níveis Automa, Fortoma, Ultroma e Monstroma) foi de 131,27. Essa pequena diferença mostra como o jogo é equilibrado e desafiador.
Outras análises de jogadores mais experientes do que eu já esclarecem que as configurações iniciais do tabuleiro, das metas de cada rodada e de fim de jogo, dos bônus iniciais de rodada e das relações entre as facções são determinantes para o sucesso no jogo. Assim, não me basearei nesses critérios. Vou me ater à minha experiência e aos meus resultados. Eu poderia utilizar diversos outros critérios, mas esta análise busca apenas apontar impressões e não algo exato e indiscutível.
Cada facção do jogador humano foi colocada em jogo pelo menos 6 vezes e no máximo 10 vezes e cada facção do jogador Automa foi colocada em jogo entre 14 e 16 vezes.
Como disse, a minha média de pontos foi de 135,71. Assim, calculei o percentual de pontos de cada facção em relação à média e somei ao percentual de vitórias, tomando como referência o valor 10 como força máxima, como pode ser visto a seguir:
Assim, de acordo com a minha experiência, pode-se concluir que:
- Firaks e Taklons se mostraram muito fortes;
- Ivits, Terranos, Nevlas e Gleens se mostraram fortes;
- Geodens, Bal T’aks, Itars, Ambas, Hadsch Hallas, Bescods e Xenos se mostraram com média força;
- Lantids se mostrou a mais fraca das facções.
Já em relação às facções do Automa, o resultado é ainda mais equilibrado, destacando-se apenas os Firaks também como a facção mais forte. Os Geodens apresentaram os resultados mais fracos.
Vale registrar que Ivits, Nevlas e Taklons são as minhas facções preferidas.
Mas uma certeza ficou, todas as facções são interessantes, mesmo as menos fortes. Cada uma traz um desafio e é isso que torna o jogo tão bom. Vale a pena experimentar todas.