maueze::Custo não tem nenhuma relação com preço.
Guarde esse mantra
Certamente custo não tem relação com preço, mas criação e expansão de um mercado consumidor saudável e sustentável a longo prazo, tem toda a relação possível.
Quem já está na casa dos 50 ou quase lá, lembra que quando o primeiro telefone celular comercial chegou ao Brasil, o MicroTAC 550 da Motorola em 1990, no Rio de Janeiro, o aparelho pesava quase meio quilo, media quase um palmo, só fazia e recebia chamadas (e se pagava tanto por uma quanto pela outra), tinha uma agenda para 30 telefones, a bateria durava duas horas, e mesmo assim custava quase $5.000,00 dólares.
Se as empresas e os consumidores continuassem a acreditar (e consumir de acordo com essa crença) que o celular tinha de custar isso mesmo, porque era isso que custava no mercado internacional, porque tinha gente que pagava esse preço (e tinha mesmo), porque era produzido lá fora, porque era uma produto naturalmente caro e direcionado para um nicho, que são exatamente os argumentos que se usam para justificar o preço elevadíssimo dos boardgames de ponta (especialmente os "Gloomhaven da vida"), certamente o celular não teria se tornado aquilo que é hoje.
Com os boardsgames, assim como quase todos os bens de consumo, acontece exatamente a mesma coisa.
Um abraço.
Iuri Buscácio