Excelente post Guilherme.
Acho que para quem não tem um grupo fixo é muito difícil botar os pesadões na mesa com regularidade. Meu único grupo felizmente é adepto dos pesados, e depois de tantos anos jogando semanalmente medium-heavy e heavy, fica cada vez mais fácil assimilar novos jogos. Outra coisa que ajuda é que gostamos de aprofundar, então mantenho uma coleção enxuta e com alta rotatividade, é dificil algum jogo pegar 6 meses sem mesa (a média é de 2-3 meses). Teve mês que foi inteiro de Food Chain Magnate por exemplo, 4 semanas seguidas para ir entendendo cada vez mais os detalhes. Ainda não bateu esses sentimentos ai, muito pelo contrário. Podemos até sair cansados, mas aquele cansaço bacana de ter competido jogada a jogada por horas a fio, com vontade de ficar discutindo a partida após.
Outra coisa que nos ajudou foi desapegar dos endgames propostos originalmente. Aquele 18xx tá demorando mais que imaginavamos? Tudo bem, combinamos que depois dos ORs contamos a grana e GG, como se tivesse quebrado o banco. O COIN enrolou demais? Combinamos que o próximo winter/propaganda/whatever é o final, como se tivesse acabado o deck, contamos os pontos se não tiver vencedor. Para nós não atrapalha em nada, a sensação é de ter passado as horas que davam curtindo aquele jogo. Isso não é sempre, mas quando acontece é tranquilo e tira um peso extra desnecessário.
Para solo, eu tenho 2 "coleções": uma com os GMTzão da vida, quando to afim de ficar muitas horas numa partida (muitas vezes parcelado, fazendo save game) e outra mais streamlined para os outros momentos. Funciona que é uma maravilha.
Agora, certamente é isso que foi falado aqui no post e comentários... o jogo bom é aquele que funciona para o grupo, para você, para o momento de todos, independente de peso. Querer cagar regra ou forçar a barra sobre o que deve ou não deve jogar é muita contradição pra um hobby.