Muito bom o review! Parabéns por uma opinião sóbria e equilibrada. Concordo muito com tudo que você colocou.

Recentemente fiz um review do modo solo dele aqui no portal e, desde então, já joguei pelo menos umas 10 partidas. Já foram quase 2 com cada civilização até aqui. Sou capaz de contar nos dedos os jogos de minha coleção que joguei tantas vezes em tão pouco tempo.

Sem dúvida é um jogo divertido e fica melhor com partidas repetidas, mas tenho sinceras dúvidas sobre seu poder de permanência. Minha impressão é que vai ser o hit do verão e logo será deixado de lado. De qualquer forma, creio que a proposta do autor era justamente essa, de modo que ele atingiu o objetivo desejado.

Para um jogador mais experimentado, Tapestry é divertido, mas não muda a vida e provavelmente será substituído em breve. Para um novato, vai ser um prato extremamente saboroso e abrirá portas para coisas muito melhores.

Mais uma vez, parabéns pelo texto!

@Nzocrato, obrigado pelo feedback!

Sobre o diário do Jamey, li logo que ele foi publicando (se não me engano foi um countdown até a data do lançamento oficial) e acho que, embora a gente não possa exigir que todos os jogadores leiam, é uma leitura muito boa para quem quer entender algumas decisões do designer!

Além disso, a mission statement deles (aqui) é legal para entender não só as escolhas feitas no Tapestry mas em todos os jogos da SMG.

Achar que não houve playtest ou que o designer não sabe características do próprio jogo é um misto de inocência e arrogância, e pra combater isso nada melhor do que pesquisar. Isso não quer dizer que as escolhas de um designer, mesmo que embasadas, não estejam sujeitas a críticas!

@Guilherme.felga, obrigado! Minhas jogatinas com o Tapestry estão sendo muito boas por enquanto, mas compartilho do receio de que talvez esse sentimento talvez mude (uma falta de staying power), mas não há nada de concreto que indique isso por enquanto.

lxndrnn::@royal_killer, muito obrigado pela leitura e pelo elogio!

@Grima, não sei se eu te entendi mal na interpretação de "estas reviews negativas" como se referisse à minha também, mas ela foi positiva, gostei muito do jogo! (talvez isso não tenha ficado claro, o que eu atribuiria ao fato de ser minha primeira análise; vou tentar ser mais explicitamente conclusivo nas próximas)

Peço desculpas, eu realmente li só o título (que dá a entender que a review é negativa) e alguns parágrafos soltos nos quais a opinião parecia ser negativa.
Como tivemos uma enxurrada de reviews negativas do jogo (hype negativo, como disse) eu já pressupus que esta fosse mais uma.
Mas enfim, o ponto do meu posto ainda subsiste, mesmo que não se aplique a esta review em específico!

Grima::(...) li só o título (que dá a entender que a review é negativa) (...)

Como assim??? Alienígena é o melhor tipo de civilização!

Concordo contigo, o primeiro passo para a decepção é a expectativa alta: nenhum jogo sobrevive a um hype que faz surgir expectativas totalmente irrealistas. Tapestry possui defeitos, sim, mas acredito que as críticas estão muito mais amargas em razão da expectativa criada.

lxndrnn::@bruno, acho que @GabrielAlmeida não entrou no mérito do post do @Grima (hype negativo dos jogos de tabuleiro), mas abordou a sensação de que ele  fez parecer que minha análise teria sido negativa, enquanto na realidade ela foi bastante positiva.

Ao ler a review a primeira vez (sim, li duas vezes) também fiquei com uma impressão de que você criticou mais do que elogiou, mas acho que sei o motivo: Você deu muitos alertas para jogadores se afastarem do jogo, caso eles tenham gosto X ou Y. Dessa forma, quando o leitor se identifica com X (ou Y) ele já sente o gosto amargo da rejeição em sua boca, já solta aquele "hmmm" de alerta, PRINCIPALMENTE quando o texto é bem escrito (coisa que é, e muito, parabéns aliás).


Sobre o texto em si, gostei muito do que li. Parabéns mesmo, e que venham muitos outros textos.


Infelizmente não tive ainda a oportunidade de jogar Tapestry para opinar sobre o jogo em si, contudo preciso fazer uma observação sobre um ponto levantado (e comentado por outro colega um pouco acima): O Impacto da Assimetria versus Fator Sorte. 

- Para mim, um jogo assimétrico não trás diferentes níveis de probabilidade de quem será o (possível) vencedor, mas sim diferentes desafios e caminhos a se seguir pelos jogadores. Um jogo assimétrico deve dar as mesmas chances de vitória para todos, mas com diferentes caminhos a se seguir dependendo de suas escolhas. A partir do momento que é visto que determinada raça/poder/etc tem mais chances de Vitória temos um problema. O Terra Mystica citado, por exemplo, TINHA um problema e precisou de um ajuste nas pontuações iniciais das raças para ser consertado. Veja, EXISTE o problema. O mesmo (parece) acontecer com Tapestry. O fato do designer ter 'corrigido' não diminui o fato do problema ter existido.

...Agora, a sorte das cartas, se realmente é como dizem, que no meio da partida alguém pode pontuar muito gracas a uma carta, ai temos um problema real e estrutural, e desse tipo fica bem difícil remediar. Um exemplo prático disso é o (sensacional) Terraforming Mars, onde o draft se torna essencial nesse equilíbrio.


Enfim, excelente olhar sobre o jogo. Olhar esse que me deixou com mais vontade ainda de conhecê-lo, e estou no aguardo de novos textos! 

lxndrnn::

Grima::(...) li só o título (que dá a entender que a review é negativa) (...)

Como assim??? Alienígena é o melhor tipo de civilização!

Concordo contigo, o primeiro passo para a decepção é a expectativa alta: nenhum jogo sobrevive a um hype que faz surgir expectativas totalmente irrealistas. Tapestry possui defeitos, sim, mas acredito que as críticas estão muito mais amargas em razão da expectativa criada.

Concordo e nesse ponto o jogo e a editora erraram muito. Erraram rude.

Criaram a expectativa de um estilo de jogo (um civ, no caso) e entregaram algo que se assemelha com um abstrato (ao que os reviews indicam).

Espero que esse vacilo sirva de lição para a editora, por mais que muitos tenham curtido o jogo e parecem 'passar um pano' pela propaganda não cumprida.

Parabéns pelo texto, esta bem escrito, apesar de longo foi bem objetivo e elaborou bem as ideias, bem divididas nos parágrafos.

Tem muito texto por ai que nos traz uma leitura cansativa, que acaba nos obrigando a fazer uma leitura dinâmica e focando mais o ultimo paragrafo pra ver a conclusão.

Qnt ao conteúdo, achei uma analise bem honesta...eu particularmente não gostei muito do jogo...concordo que assimetria tem potencial pra gerar desbalanceamento, mas a função do designe é deixar essa assimetria quase imperceptível (apesar dela poder estar presente), no caso desse jogo ela é bem gritante tanto em facções como em cartas de invenções e tapeçaria. 

Eu particularmente prefiro jogos simétricos, como fotossíntese, torres, barony, mexica...sorte zero, informação aberta...quase um xadrez, com seu potencial tático na leitura de jogadas entre os jogadores

Assimétricos q possuem destaque, q eu gosto, é Mr. Jack, Drako, Senhor dos Aneis o Confronto.
Eu mesmo reparei agora que são jogos exclusivos de 2 jogadores, tbm não gosto do balanceamento do jogo estar nas mãos dos jogadores...no caso de jogos em 2 jogadores é justo, pq não há perseguição exclusiva, nem alguns se digladiando em quanto outro progride sem entraves.

Parabéns pelo review.Principalmente quando falou sobre a variabilidade de possibilidades e necessidade de se adaptar rapido durante a partida.Quanto ao desbalanceamento,vale a pena a menção que o próprio autor esta balanceando as civs conforme as criticas no topico do jogo no BGG.Um jogo com tanta assimetria fica dificil balancear sem tanto player teste.Valeu pelo review!!

@RaphaelGuri, obrigado pela leitura e pelo apoio! Em breve (talvez não tão brevemente assim) lanço aqui mais um texto! 

@polimeni, valeu! Você tocou num ponto importante que é o número de jogadores. Jogos para 2 pessoas assimétricos já são um problema para balancear (vide Twilight Struggle, cuja comunidade, depois de muitos anos, chegou no consenso de que os EUA devem começar com +2), quando se tem mais de 2 jogadores surge mais um problema: o kingmaking. Acho que no meu próximo texto vou ter que abordar esse conceito!

@emeraldpack, valeu! Concordo contigo, o fato de o designer estar atento aos dados para ajustar o balanceamento do jogo é uma das redenções do jogo.

Concordo totalmente que o jogo vai melhorando a cada partida e o fator sorte tem me incomodado cada vez menos.
Ótima resenha.