É mais ou menos por aí, se bem que tem muita gente comprando Guerra dos Tronos pelo tema e acaba ficando guardando em casa por ser muito complexo (falo dos iniciantes). A questão é saber se a empresa quer atrair novas pessoas para o hobby ou agradar o nicho.

Pois é ... Tem duas coisas que me tem me incomodado muito:

1) O pessoal que compra trezentas cópias do jogo e faz um estoque pra depois revender mais caro. Quanto a isso no se pode fazer muita coisa já que é uma consequência da dinâmica do comércio. Mas um pouco de ética para essas pessoas seria bem vinda.

Isso gera um "medo" nas pessoas de no conseguir uma cópia do seu jogo tão esperado. E acaba que acontece uma correria para adquirir o jogo. As vezes a pessoa nem compraria o jogo caso tivesse tido tempo de analisá-lo, jogá-lo e decidir ou não pela compra. Resultado: O jogo fica pegando poeira na prateleira. E as vezes como Rhapsody falou

Rhapsody:: É mais ou menos por aí, se bem que tem muita gente comprando Guerra dos Tronos pelo tema e acaba ficando guardando em casa por ser muito complexo (falo dos iniciantes). A questão é saber se a empresa quer atrair novas pessoas para o hobby ou agradar o nicho.
 

 
o cara ta começando no hobbie e fica frustrado porque não tem grupo pra jogar, não dispõe de tempo suficiente (pra jogar um Game of Thrones ou formula 90 só pra citar) e as vezes fica assustado com a complexidade do game.
2) Não conheço ninguém que tenha entrado no hobbie recentemente e que não tenha sido apresentado a algum jogo por gamer. Deve ter casos sim, mas desconheço. Por isso aprovo iniciativa da Galápagos de trazer jogos de peso pro país, e isso parece ter despertado a Devir, a Grow além de motivar outras empresas como a Conclave e agora a Gigante Jogos (Vida longa ao Jack e ao Feel!). 
Então volto a repetir, precisamos de jogos expressivos. Só pra ter uma idéia estamos adquirindo lá na escola 4 cópias do Pandemia, 3 Carcassone, 4 Seven Wonders e 5 Cyclades. Todos pra serem jogados por alunos que em sua maioria nunca viram jogos modernos na vida. Mas  isso só é possível pelo fato dos jogos estarem disponíveis no país e pelo fato dos professores serem gamers. 
Então o discurso de que "eu comecei a jogar na época da coca cola com rolha, sou regista da geração xerox e etc" justificando algumas estratégias de negocio ou preferencias particulares deveria levar tudo isso em conta. 

Rapaz, sua visão está correta. Só não sei se você está interpretando corretamente a situação.

Os jogos mais vistos atualmente são os de peso. Mas será que teríamos tantas visualizações pra esses jogos caso a galápagos tivesse escolhido lançar o Twilight Imperium ao invés do Zombicide?? E se depois trouxessem um Republic of Rome ao invés do King of Tokio?

Acho que já teriam falido. 

Eu prefiro mil vezes jogos pesados, mas entendo que, em se falando em estratégia de merketing, pra ganhar dinheiro, o que atrái gente nova são os jogos leves. 

A estratégia da Galápagos e das outras editoras, ao meu ver, não é lançar pra quem já era gamer antes delas chegarem, até porque, em tese, essas pessoas não precisam dessas editoras. Esse pessoal já se virava muito bem sem elas, e continuaria se virando. 

Eles vieram com a mentalidade de aumentar o máximo possível a quantidade de pessoas no hobbie, trazer pessoas novas, pessoas que nem sabiam que existiam jogos desse tipo, ou que mesmo que soubessem, não sabiam o tamanho desse hobbie, ou não tinham compravam internacionalmente por não terem cartão, ou não saberem usar o Paypal, ou por medo do desconhecido, ou ainda por não terem facilidade com as  linguas estrangeiras necessarias pra se jogar. E com essas pessoas que eles vão lucrar, e não com quem compra da CSI já tem 5 anos.

Esse é o público alvo dessas editoras. 

Essa galera até pode estar, agora, de olho em jogos mais hard, mas será que não é possível conseguir ainda mais pessoas novas se eu lançar ainda mais jogos leves/familía? Creio que seja essa a visão deles. Jogos de peso 3.5 pra cima no BGG ainda acho que seriam pouco aceitos, pouco comprados, e dariam pouco lucro. Não que não dessem nenhum lucro, mas porque ganhar dez mil se eu posso ganhar cem mil?

Discordo.

Mesmo um jogador que goste de jogos pesados o mais provável é que na coleção dele tenha uns 3 jogos leves pra cada pesado, porque ele também provavelmente vai querer jogar com amigos e familiares que não são jogadores assíduos. O fato de lançarem jogos leves não quer dizer que acham que pessoas que nunca jogaram nada vão comprar (apesar disso ter acontecido com o Game of Thrones e o Zombicide), e sim que aqueles que já são jogadores vão ter boas opções pra comprar e apresentar o hobbie para outros, que aí sim vão poder se tornar consumidores assíduos, ou seja, formar uma base de consumidores no Brasil, sendo que alguns desses vão se interessar por jogos pesados. Já podemos perceber que esse plano deu certo, é só observar a própria Ludopedia e ver que estão lançando jogos mais pesados por aqui também, mas a tendência sempre vai ser que os lancem em menor quantidade, até porque eles tendem a ver menos mesa que os jogos mais leves, até mesmo em grupos mais pesados.

Rhedrun::Rapaz, sua visão está correta. Só não sei se você está interpretando corretamente a situação.

Os jogos mais vistos atualmente são os de peso. Mas será que teríamos tantas visualizações pra esses jogos caso a galápagos tivesse escolhido lançar o Twilight Imperium ao invés do Zombicide?? E se depois trouxessem um Republic of Rome ao invés do King of Tokio?

Acho que já teriam falido. 

Eu prefiro mil vezes jogos pesados, mas entendo que, em se falando em estratégia de merketing, pra ganhar dinheiro, o que atrái gente nova são os jogos leves. 

A estratégia da Galápagos e das outras editoras, ao meu ver, não é lançar pra quem já era gamer antes delas chegarem, até porque, em tese, essas pessoas não precisam dessas editoras. Esse pessoal já se virava muito bem sem elas, e continuaria se virando. 

Eles vieram com a mentalidade de aumentar o máximo possível a quantidade de pessoas no hobbie, trazer pessoas novas, pessoas que nem sabiam que existiam jogos desse tipo, ou que mesmo que soubessem, não sabiam o tamanho desse hobbie, ou não tinham compravam internacionalmente por não terem cartão, ou não saberem usar o Paypal, ou por medo do desconhecido, ou ainda por não terem facilidade com as  linguas estrangeiras necessarias pra se jogar. E com essas pessoas que eles vão lucrar, e não com quem compra da CSI já tem 5 anos.

Esse é o público alvo dessas editoras. 

Essa galera até pode estar, agora, de olho em jogos mais hard, mas será que não é possível conseguir ainda mais pessoas novas se eu lançar ainda mais jogos leves/familía? Creio que seja essa a visão deles. Jogos de peso 3.5 pra cima no BGG ainda acho que seriam pouco aceitos, pouco comprados, e dariam pouco lucro. Não que não dessem nenhum lucro, mas porque ganhar dez mil se eu posso ganhar cem mil?


Olá Rhedrun, o que significa 3.5 no BGG?

Ulissesvb::Olá Rhedrun, o que significa 3.5 no BGG?

O Board Game Geek, tambem conhecido como BGG, é tipo a ludpédia gringa rs. www.boardgamegeek.com

Lá, uma das características dos jogos é o peso (que ainda não tem na ludopédia, e gostaria de ver um dia ), que avalia o quão "complexo", "difícil", enfim, o quão pesado o jogo é.

Essa nota varia de 0 a 5, e o jogo mais pesado atualmente no BGG tem peso 4.7 (jogo Advanced Squad Leader). Dentre os jogos considerados pesados mais famosos, se destacam Twilight Imperium (peso 4.2) Republic of Rome (peso 4.3) e Through the Ages (4.2).

Não tenho muita certeza com relação aos nacionais, mas creio que atualmente o jogo com edição nacional mais pesado seja o Terra Mystica (3.9 no BGG).

Acredto também, que atualmente as pessoas tem dado muito peso pra qualquer jogo "marromeno", sendo menos críticas com relação ao peso. É uma questão da popularização do hobbie. Por exemplo, n acho nunca que o Terra Mystica seja mais pesado que o Civilization (que atualmente está com 3.8). Mas isso já é discussão pra outra entrada no fórum hehe.

Outro problema ainda não citado: Barreira linguística. 

Grupos gamers costumam ter menos problemas com o inglês e podem se virar com os importados. Mas quantas vezes não rolou mesa de algum jogo pq 1 indivíduo não fala inglês? Então os jogos nacionais que eu mais quero comprar são os jogos com um pouco mais de carne e traduzidos mas que não são mega pesados, pq esses eu já posso usar a versão gringa.

[]'s

cara eu não acho o twilight um jogo pesado em termos de regras. ele é demorado mas não complexo.

domingo mesmo joguei com 4 jogadores iniciantes e um que NUNCA tinha jogado jogos de tabuleiro na vida. nem um coup sequer e o cara no meio do primeiro turno já tinha pegado a mecânica do jogo.

claro que dai a montar uma estratégia ou escolher cartas de estratégia certas são outros 500, mas não muda o fato de que não é um jogo complicado não.

professor::2) Não conheço ninguém que tenha entrado no hobbie recentemente e que não tenha sido apresentado a algum jogo por gamer. Deve ter casos sim, mas desconheço.

Aqui em Curitiba, no meu grupo, TODOS os novatos são iniciados por jogadores veteranos, e tentamos sempre começar mais de leve. E tentamos não jogar de cara um Terra Mystica. Temos muita coisa boa, simples e melhor recomendada à disposição. As vezes falhamos nisso e colocamos os novatos em jogos pesados, mas é nítido que a maioria não está preparada pra isso. Eu mesmo, esses dias, joguei o Runewars com uns novatos que tinham interesse em conhecer o jogo e não foi uma boa ideia.
Para mim está bem claro que a "preferência nacional" são pelos jogos que estão sendo anunciados pelas editoras, tá todo mundo buscando informações e por isso eles têm mais destaque aqui na Ludopedia. Posso até entender gente nova procurando saber do Terra Mystica, Twilight Struggle, Caverna e etc, mas isso não faz desses jogos a preferência nacional e muito menos faz desses jogos os mais indicados pra quem está começando.
Espero que es editoras continuem por muito tempo lançando jogos como King of Tokyo, Ticket to Ride, Coup, Love Leter, Ilha Proibida, Carcassonne e outros jogos leves, pois eles são fundamentais para os que estão começando no hobbie.