Recebi ao longo da semana minha cópia do novo jogo do Martin Wallace - Milito.
Os extras do KS não foram super chamativos (apesar da réplica de uma moeda da época de Claudius).
O jogo é bem produzido, as imagens são bonitas - um tanto genéricas. As cartas possuem boa qualidade, mas nada que se destaque. Entendo que pelo baixo valor do financiamento a ideia seria essa mesmo.

E o jogo? Bem, segue a primeira partida com alguns apontamentos.
Escolhemos os exércitos recomendados para a primeira partida: Cartagineses contra a República Romana. No total são 6 exércitos, todos com 30 cartas. A base dos exércitos é a mesma, mas possuem características próprias que criam uma sinergia interessante.
No seu turno o jogador segue 5 etapas:
1. Confere se atingiu a vitória (o jogador que controlar 3 dos 5 terrenos vence o jogo);
2. Controla qualquer terreno sem inimigos;
3. Faz um ataque pelos flancos ser possível;
4. Realiza suas ações;
5. Compra cartas.

As ações são simples: descartar unidades militares de uma coluna, baixar cartas ou atacar. Não vou entrar nos pormenores.
Refizemos aqui as Guerras Púnicas e, mesmo com uma reviravolta na última carta dos Cartagineses no fim os romanos venceram!

O que achei do jogo?
Bem, não dá para negar o feeling do Schotten Totten e principalmente do Battle Line (ambos do mestre Knizia).
Logicamente que a mecânica de ataque e defesa e o uso dos líderes cria uma camada diferente. A assimetria dos exércitos também adiciona outra tensão.
O jogo vale o que foi cobrado no financiamento (21 euros) e com certeza terá expansões. Não cria nada novo e nem reinventa a roda, mas coloca um bom jogo em um tempo interessante.
A assimetria dos exércitos gera aquela vontade de jogar com todos os baralhos e conhecer as diferenças. Existe uma tensão e um nível estratégico que seus similares não entregam.
Com certeza será um jogo muito lembrado aqui. Não é nenhum London, mas gostei até mais da proposta e da implementação do que AuZtralia.
Você não vai se sentir em um grande campo de guerra, mas para isso uso Memoir ‘44 ou Manoeuvre.
Abraços!