Postagem do Canal!
Que tal construir monumentos, cidades e descobrir tecnologias e descobrimentos para tornar a sua
civilização a mais próspera? Esta é a proposta do
Roll Through the Ages
Como se joga Roll Through the Ages?
Cada jogador está a cargo de desenvolver sua civilização para que ela se torne a mais próspera ao final do jogo. Roll Through the Ages porém é um jogo rápido e com uma boa dose de sorte, pois a principal mecânica do jogo baseia-se na rolagem de dados, ou seja, se o fator sorte não lhe agrada talvez esse jogo não seja para você!
Na preparação para jogar cada um recebe os seguintes componentes:
- Um tabuleiro de madeira para registrar sua produção de madeira, pedra, etc.
- Marcadores para indicar a quantidade de cada recurso
- Uma ficha de papel para você anotar o progresso da sua civilização
Deve mover o marcador de alimento para três (todos começam com três).
Além disso, todos os jogadores começam com três dados a sua disposição, onde cada dado representa uma cidade e, portanto, pode lhe fornecer diversos elementos para você construir sua civilização. Sua cidade pode lhe fornecer os seguintes elementos:
- Trabalhadores
- Alimento
- Dinheiro
- Recursos
- Desastres (representado pela caveira – e dependendo da quantidade de caveiras a desgraça pode ser para seu oponente)
Então o jogo consiste em basicamente você rolar os dados das suas cidades, resolver e marcar o resultado na sua ficha de papel, parece chato não? Mas por incrível que pareça não é!
Na sua ficha de papel existem diversos itens que fazem parte da sua civilização:
- Cidades (você pode construir mais cidades)
- Monumentos (Te garantem pontos de vitória no final do jogo)
- Descobrimentos (Te garantem pontos no final e benefícios no decorrer do jogo)
No seu turno você rola seus dados até três vezes, separando os dados que forem interessantes manter e rolando novamente os que desejar (somente as caveiras não podem ser roladas novamente).
Quando você termina sua rolagem e examina os resultados você deve então:
- Produzir recursos e alimentos (marcando-os no tabuleiro de madeira)
Para cada cidade que você possui (você começa com três) você deve gastar um alimento com cada, senão sua cidade passa fome e você é penalizado (marcando um quadrado na parte de desastres da sua ficha).
Cada quadrado marcado na parte de desastre equivale a um ponto negativo no final do jogo, portanto a cada rodada você deve alimentar suas cidades e se preocupar em produzir alimentos. No exemplo de rolagem que vimos acima, o jogador produz três alimentos (deve mover o marcador de alimento para seis pois ele já começa com três).
Além disso para cada vaso que você tirar você deve mover os marcadores de recursos uma casa para a direita, de baixo para cima. Se você tirou um vaso, ou seja, produziu um recurso, o primeiro marcador que estava no zero passa para a primeira cada à direita, com valor um. Se você produzisse três recursos, moveria o primeiro uma casa para a direita, bem como o segundo e o terceiro, sempre de baixo para cima, como no exemplo abaixo:
Se você notou, cada recurso tem um valor diferente na medida que ele vai sendo produzido mais e mais. Esse valor em cada marcação é a quantidade de dinheiro que aquele recurso vale e pode ser trocado por descobrimentos. No exemplo acima, o jogador teria a sua disposição 6 dinheiros (1+2+3).
Cada jogador pode no máximo acumular seis recursos, independente de qual seja ou em qual combinação. Isso significa que a contagem de marcações ocupadas por recursos não pode passar de seis, como no exemplo ao lado, onde temos dois recursos na primeira linha, dois na segunda, um na terceira e um na quarta, totalizando seis. O que passar disso deve ser descartado (ou seja, o pino de marcação deve ser recuado até o total de recursos chegar em seis) porém é o jogador que decide quais recursos serão descartados.
Outro detalhe é que cada caveira rolada equivale a produção de dois recursos, ou seja, elas podem te prejudicar, mas também garantem alguma coisa boa também.
Depois de produzir recursos e alimentos, a próxima fase é:
- Alimentar as cidades e resolver os desastres
Como já mencionei, agora você deve recuar uma posição no marcador do alimento para cada cidade (dado) que você possuir. Além disso é hora de resolver os desastres e dependendo da quantidade de caveiras que você tirou isso pode significar um problema para você ou para os oponentes. Por exemplo, duas caveiras representam a seca e nesse caso você deve marcar dois quadrados na parte de Desastres (que valem pontos negativos no final). Existe uma tabela na ficha de papel que apresenta as possibilidades das caveiras.
Depois vem a fase de:
- Construir cidades e/ou monumentos
Nessa fase, caso você possua trabalhadores (no exemplo acima o jogador tem três) você pode aloca-los para construir mais cidades (ou seja, você terá mais dados nas próximas rolagens) ou monumentos (que valem pontos no final). Cada monumento exige uma quantidade de trabalhadores e você pode ir alocando-os progressivamente, não são necessários todos de uma vez. Cada monumento vale uma pontuação para o primeiro jogador que o construir a uma pontuação menor para o segundo, ou seja, pode começar a acontecer uma corrida para ver que constrói primeiro. Depois de construir vem a fase de:
- Comprar um descobrimento
Descobrimentos valem pontos ao final do jogo e valem também benefícios no decorrer do jogo, por exemplo, o descobrimento “Irrigação” vale dois pontos no final e também impede o efeito da seca (a rolagem de duas caveiras).
É nessa parte que o jogo ganha um sabor especial, pois é nesse momento que você pode começar a ver o que fica mais interessante para você em termos de opções e estratégias. Cada jogador constrói sua civilização, ou seja, todos podem ter os mesmos descobrimentos.
Para comprar os descobrimentos você usa o “dinheiro” acumulado em recursos que estão marcados no seu tabuleiro de madeira. Para comprar o descobrimento “Irrigação” você precisa de 10 dinheiros. Você então olha para as marcações de recursos e vai somando os valores das marcações. Essa soma do valor dos recursos pode usar diversos recursos diferentes (linhas diferentes) para totalizar o necessário. Você só pode comprar um recurso por vez e o valor a mais é descartado (se você tem 12 e o recurso custa 10, você perde esses 2 a mais). Veja nesse exemplo que o jogador tem 16 dinheiros para usar, pois tem 3 na primeira linha, 6 na segunda, 3 na terceira e 4 na quarta, e ele pode combinar como quiser os recursos para comprar descobrimentos. Depois de fazer a compra de um descobrimento vem a última fase:
- Descartar recursos até ficar com seis
Como já mencionei o máximo de recursos que podem ser acumulados é de seis, ou seja, os marcadores de recursos não podem ter mais do que seis casas (como mostrado abaixo).
O jogo então prossegue rodada após rodada até que:
- Todos os monumentos tenham sido construídos entre os jogadores (e não todos construídos por todos).
- Algum jogador tenha comprado cinco descobrimentos
Caso uma das duas condições acima ocorram todos os jogadores jogam mais uma vez (para igualar o número de rodadas) e soma-se as pontuações (monumentos mais descobrimentos menos desastres).
A ficha de papel do jogo já possui todas as informações que mencionei acima (efeito dos desastres, ordem do turno, condições para final do jogo), de maneira a ser muito prática.
Além disso o jogo vem com cartões de referência para todos os jogadores.
A produção do jogo, seus componentes, é algo que vale ser mencionado. Embora o jogo possua um tema bem amarrado, ele não é tão temático assim. Mas a produção dos componentes em madeira (o jogo vem com quatro tabuleiros além dos marcadores e dados de madeira) passa uma idéia de realmente algo mais voltado para o tema de construir uma civilização.
Além disso o jogo vem com um bloco enorme de fichas do jogo, impressas frente e verso. Até pensei no início em plastificar algumas para usar, mas pela quantidade que vem com o jogo não vi necessidade até o momento.
Acessibilidade
O jogo não possui dependência de cores ou manipulação de componentes, sendo necessário apenas rolar os dados e anotar as escolhas tanto no papel quanto na tábua de madeira de cada um com os marcadores.
Dá para jogar com crianças?
Não, pois necessita leitura em outro idioma (pouco texto) além de ser bem abstrato no sentido das escolhas e crescimento da sua civilização.
O que achamos do Roll Through the Ages?
É um jogo muito legal, onde a interação entre os jogadores é mínima, pois você não pode destruir ou atrapalhar a civilização do oponente (a única maneira de prejudicar seu oponente é rolando caveiras na quantidade de três, o que representa a peste, que rende três pontos negativos para cada oponente), o que na minha opinião é algo benéfico se você não quer algo agressivo ou que vai gerar discórdias, mas ao mesmo tempo cada um vai construindo sua civilização e torcendo por resultados ruins na vez do oponente.
Pontos Positivos:
- Rápido e fácil (uma partida dificilmente passa de 20 minutos com 2 jogadores)
- Possui uma boa integração com o tema
- Bela produção, com componentes de madeira (tabuleiro e dados)
- Diversas possibilidades de estratégias (construir mais cidades, monumentos, descobrimentos, equilibrar entre as opções, etc)
- Funciona muito em bem dois jogadores
- Rolagem de dados
- Possui expansão gratuita (uma nova ficha de papel com algumas opções a mais, disponível para download).
- Necessita de pouco espaço para jogar
- Possui modo solo
Pontos de atenção:
- Envolve muita sorte (embora existam maneiras de mitigar alguns efeitos)
- Não é tão temático quanto parece (embora o tema seja bem encaixado com o jogo)
- Arte da caixa meio estranha
- Baixo nível de interação entre os jogadores (o que pode ser um ponto positivo também)
- Tempo de espera entre os jogadores tende a ficar alto com mais jogadores
Se você procura um jogo rápido de construção de civilização com uma boa dose de sorte envolvida e com algumas possibilidades estratégicas esse jogo é para você.
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