Projetar jogos de tabuleiro com duas pessoas é ótimo. Você tem dois cérebros para pensar em ideias, quatro mãos para construir protótipos e tantas oportunidades para falar sobre design de jogos - e é isso que fazemos. Muito. Em nossas conversas, nós falamos, sugerimos e tentamos entender as ideias uns dos outros. Nós conversamos, e desta forma conceitos nebulosos de brincadeira tomam forma, na qual nós então nos esforçamos para entrar e fazer um grande jogo. É assim que Gobi veio a ser.

Depois de uma divertida noite de tocar alguns dos nossos protótipos, começamos a falar sobre ideias que se formaram durante a noite. E assim como alguns músicos de jazz - sem instrumentos, apenas fichas de índice e sharpies - nós improvisamos de forma colaborativa e criamos um mecanismo básico que gostaríamos de explorar: colocar um bloco e colocar fichas em todas as peças adjacentes. Isso soou fácil. Fácil é divertido. Pelo menos nós amamos fazer divertimento fácil em nossos jogos. Então decidimos ir com isso adiante e ver onde essa ideia nos levaria.

Bem, primeiro teve nossas férias separadas, porque logo após aquela noite, nós dois viajamos para duas partes diferentes do mundo e levamos a ideia conosco. (Spoiler: Nenhum de nós foi para o deserto de Gobi.) Nós dois queríamos pensar sobre isso e chegar a algo. E nós fizemos.

Depois que voltamos de nossas férias e nos encontramos mais uma vez reunidos em nosso laboratório de design (também conhecido como sala de jantar), apresentamos o que inventamos nesse meio tempo. Nós tentamos um rascunho de uma dessas ideias, e funcionou sem problemas. Gobi nasceu - mas não se chamava "Gobi" então. Tinha um nome bobo de alguma forma relacionado às abelhas porque naquela versão do jogo você estava jogando peças de flores na mesa e tentando fazer suas abelhas se conectarem com flores da mesma cor. (Sim, esse tema ainda parece bobo hoje. Ainda bem que decidimos mudá-lo.) Enquanto resolvíamos as dificuldades do jogo com vários testes, também criamos o tema de fazer caravanas no deserto. E como o deserto do Saara já tem uma infinidade de jogos dedicados a ele, decidimos ir com Gobi.

Aliás, a outra ideia que tivemos também funcionou muito bem - tão boa que, na verdade, também será publicada em 2019. Fique atento!

Durante nossa fase de projeto de Gobi, sempre seguimos um princípio em que acreditamos fortemente - o princípio da batata frita. Assim como você sempre pega outro punhado de batatas e recebe algo estranhamente gostoso e recompensador cada vez que você coloca um desses salgadinhos na sua boca, Gobi deve dar aos jogadores a sensação de jogabilidade deliciosa e recompensadora a cada rodada. Toda vez que é a vez de um jogador, o jogo deve lhe dar uma mordida de decisões crocantes que aumenta seu desejo de mais. Portanto, você sempre consegue fazer algo em cada rodada de Gobi que faz você se sentir inteligente e tem um senso de realização - especialmente se você puder usar poderes especiais que você ganhou recebendo presentes para completar caravanas. Yum!

Não mais abelhas! Depois da mudança no tema, Gobi nasceu.
As peças acima em nosso protótipo foram estilisticamente influenciadas por cartas de baralho chinesas tradicionais.







Nosso primeiro olhar para os meeples de camelo totalmente dignos de grito - do rascunho para cópia de produção