Lpporto::marllongm::Ótimo texto, como sempre!
Dessa escola italiana escolhi ter apenas o Lorenzo. Ainda estou pensando no Marco Polo, porém mais para usá-lo como Gateway. Essa nova leva não me abriu os olhos.
Quanto a opção da escolha de design de aparecer todas as cartas concordo totalmente com o diogoilho. Eu iria escrever as mesmas coisas, mas ele foi mais rápido em postar. Acrescento que além de garantir o bom funcionamento do engine build, eleva o nível estratégico e a curva de aprendizado/habilidade. Você pode construir uma estratégia sem depender da sorte, ficando a mercê apenas dos oponentes.
No Lorenzo, por exemplo, para usar bem as cartas amarelas vc precisa chegar em certo nível de conhecimento das mesmas: quais são, em qual rodada pode aparecer, o que precisa pra garantir as mesmas... Por isso que muita gente que jogou ele 2 ou 3 vezes considera seguir a estratégia das cartas verdes e roxas desbalanceada. A rejogabilidade do jogo está mais nas cartas de líderes, na posição em que as demais cartas saem durante a partida, na aleatoriedade dos dados e claro, na interação entre os jogadores; pois esse jogo existe uma certa marcação.
@marllongm e @diogoilho. O meu problema com todo engine estar disponível, é que o jogo vira um mero algorítimo matemático. Se vc pegar a carta A, H, J e L faz 200 pontos. Se pegar a X, C, D e F faz 205. E aí, a escolha das cartas vira uma tentativa de repetição matemática do número ótimo. Eu não estou jogando, não estou tomando decisões. Eu estou apenas pegando a carta que o autor predefiniu que me dará a melhor combinação possível. O que muda de jogo para jogo é quase que a ordem que eu jogo e os números dos dados que influenciam como eu faço para conseguir pegar tais cartas.
Quando entra-se em jogo, 80% das cartas eu tenho que pensar em qual é o melhor engine de pontos para o que está saindo no jogo. Como eu faço a melhor combinação na atual conjuntura. E aí sim eu me vejo resolvendo um puzzle, ao inves de estar fazendo uma ação predeterminada.
Sim, pode acontecer, mas isso não acontece em NENHUM dos jogos dos italianos citados. Lorenzo mesmo, apesar de toda carta sair sempre, e vc poder fazer o H, J e L toda vez, os demais fatores (altura da torre, lideres disponíveis, dados da rodada, escolha dos jogadores), fazem a combinação ser muito bom, ou não! Os 200 pontos não é garantia e a ultima estrategia vencedora pode não funcionar dessa vez, o que acaba forçando a analise tática, apesar das cartas sempre serem a mesma.
Bons jogos que mantem 80% das cartas , como Le havre por exemplo, algumas cartas sempre estão presente, pois elas garantem o nivelamento de estrategia, apesar q as cartas q variam (no caso construções avançadas aqui) podem tornar uma estrategia normalmente pouco atrativa mais interessante. Mas sempre há formas de equilibrar, seja mantendo algumas cartas obrigatórias, separando em diversos decks e empilhando em ordem pre definida (Baralho A, depois baralho B....), entre outras.
Há jogos de engine builder que não fazem isso? Tem! São bons engine builders? Não lembro de nenhum, Anachrony mesmo que usei de exemplo vc pode gostar por diversos motivos (tema diferentão, regras temáticas, alocação especializada, miniaturas de "trajes/robôs", viagem no tempo), mas duvido muito que sera pela engine builder, pois neste aspecto, ele é muito abaixo da media.