joaoclaudio::Bem vindos ao tópico do mês de outubro para debater precificação. Peguem suas cadeiras e apreciem a paisagem!
De forma alguma é fazer pouco do tópico, isso só reflete a preocupação com os preços que tem várias causas.
Primeiro ponto é que cada editora tem uma maneira de trabalhar, o consumidor comum não tem que entender isso. Ele só tenta ver o que aquele produto representa em termos de produção. E falo com sinceridade que não tem que entender mesmo, se para ele está caro ele não vai comprar o produto. Mas algumas editoras produzem os jogos no Brasil, o que barateia pois você deixa de ter todo o custo de importação. Porém isso depende do licenciador, pois alguns exigem que todas as partes do jogo sejam feitas com os fornecedores deles. Mas algumas fazem somente o trabalho de localizar e trazer uma versão muito próxima da internacional. A Devir e a Galápagos são exemplo de editoras que importam os jogos.
Acho que outro ponto, que já foi levantado em vários tópicos é que a Devir não coloca preço sugerido. Então os lojistas são livres para cobrar quanto eles quiserem, de repente nesses produtos eles consigam ter uma marge maior e compensar uma margem menor nas editoras que tem essa prática. Não estou falando que eles ganham 100%, mas do jeito que tá se conseguir mais 10% de lucro, imagino que seja muito bom.
Trazer um jogo para o Brasil tem mais uma pregada de custos além do preço de capa do jogo na Amazon. O custo contempla os royalties da equipe que produziu (game designer e ilustrador), custo de licenciamento da editora, tradutor, revisor, custos fixos da editora e todos aqueles impostos que a gente não paga quando compramos diretamente lá de fora.
Com isso tudo não estou querendo assumir o papel de advogado do diabo, somente que a realidade é essa. Se fica mais barato trazer um jogo de fora do que comprar daqui eu acho que é uma opção, outra opção é buscar um usado barato e até mesmo não comprar e esperar uma promoção.
Forte abraço!
Oi Joao,
Obrigado pela sua contribuição. A ideia é justamente discutir o tema.
Discussão de preço e custo sempre surge nas crises (é só uma empresa começar a ter menos lucro que cortam até o café) e acho que, se esse tema surge recorrentemente, é um sinal que ainda não achamos a resposta. Mesmo após meses de discussão os clientes/jogadores ainda não estão contentes com as possíveis respostas.
É a mesma coisa (fazendo um comparativo beeeemmmm forçado) com os preços dos carros. Podemos entender (e aceitar) as diferenças de preço que são absurdas? Podemos aceitar que um carro produzido no Brasil e exportado para o méxico custe 40% mais barato que o mesmo veículo no Brasil?
Não sabia que a Devir não estabelece preço sugerido e isso explica algumas variações malucas no preço. Mas pode ser um tiro no pé com relação ao produto, que pode ficar marcado como "caro" no mercado. Ví vários tópicos onde o pessoal já comenta que a "Devir é assim mesmo" demonstrando que a empresa está com uma imagem ruim com relação ao preço.
Porém no final das contas sentimos o impacto no nosso bolso, sem saber exatamente onde esse lucro está parando. No final da conta é o custo do produto.
E essa questão do "lucro" ainda fica mais aparente na comparação dos produtos. O Código Secreto Imagens é facilmente encontrado mais barato quando deveria ter (em teoria) um custo de produção igual ou maior. Porém acho que existe uma concorrência da própria versão americana que não depende (muito) da língua. Ou seja, parece que a versão básica realmente está sendo vendida mais cara por falta de "concorrencia".
Eu particularmente, vou tentar trazer o Codename Images de fora uma vez que ele não é tão dependente da língua (apesar de, por incrível que pareça, ainda ter uma certa dependência no coinceito de algumas imagens como o "fusca" que lá é "bettle (besouro). No final, o designer terá o seu lucro e apenas a empresa (ou loja) nacional que vai perder.