Discordo. Existe o bom gosto e o mau gosto. De qualquer forma eu justifiquei minha avaliação desse jogo:
Este jogo me atraiu principalmente pela temática do jogo. O nome do designer do jogo - o mesmo de viticulture - também pesou. Apesar de a mecânica desse jogo parecer a primeira vista estar bem amarrada do ponto de vista técnico, ela não lhe transmite a sensação da proposta do jogo: a de você estar vivendo numa distopia, e de que você deve lutar contra ela ou favorece-la. Nem mesmo a resolução do tal dilema ético consegue trazer essa imersão. O fato também de você não pertencer a uma das quatro facções presentes no grupo, mas poder ter recrutas de qualquer uma delas, em qualquer combinação, deixa uma sensação de vazio para a identificação do seu papel dentro deste jogo. Certos roteiros neste jogo já estão delimitados desde o início como a corrida para a construção dos mercados, sem os quais você será severamente penalizado caso não participe em sua construção. No fim vencerá não exatamente a melhor estratégia pensada e antecipada desde o início do jogo, mas aquele que começou com as melhores cartas de facção e suas habilidades que lhe darão benefício pontuais ao longo das rodadas. Os dados repetidos também ajudam nesse desequilíbrio. Felizmente o jogo não é demorado e isso é um ponto positivo. Outro ponto negativo a se ressaltar é a poluição visual do tabuleiro, no sentido da visualização das opções de jogada, algo que gera uma certa paralisia na decisão da sua próxima ação. Visto em conjunto esse jogo me transmite a sensação de ter várias falhas de design e equilíbrio. Tanto que isso foi reconhecido por um dos designers responsáveis em preparar uma tal prometida expansão. Comprei numa promoção por menos da metade do preço original. Ainda bem, porque ele não vale o preço de loja pelo o qual é habitualmente vendido. De todo modo a qualidade dos componentes é muito boa, e ele é muito bonito de se ver na mesa. Mas isso não o salva de ser apenas mediano. PS: Vá de Viticulture: Edição Essencial.