Muito bom, @PedroMVM, os critérios 1 e 3 podem entrar em análise da mecânica, o critério 2 na complexidade, já o 4 sobre pontuação é um elemento que não havia pensado. Realmente, pontuação escondida ou uma salada de pontos que torna difícil prever o vencedor deve motivar mais os jogadores iniciantes.

Minha coleção e meu espaço pra ela em casa não é grande. Então na hora de escolher um jogo e a ordem que compro sempre demoro um tempo.
Por ter uma formação em artes e gostar muito da parte artística, o visual do jogo conta muito. Até pq acredito que um bom designer visual consegue agregar a mecânica do jogo a funcionalidade de marcadores, tabuleiro e tabuleiro dos jogadores. Da mesma forma que um jogo como Gaia que tem um porrilhão de tokens é lindo um jogo como Rococó que, se não fosse pelo tabuleiro, ele caberia numa caixa de perfume também é impressionante.

O segundo fator é a quantidade de jogadores. É muito mais provável que, na maioria das vezes jogue eu e a patroa e que venha, no máximo, 5 pessoas (nem a mesa cabe mais que isso com a parafernália toda). Então se o jogo começar com 3 jogadores ele tende a perder pontos. Jogos com traidor sempre ficam pra depois.

O próximo são as mecânicas, jogos com cartas sempre tem uma aceitação melhor aqui em casa, enquanto alocação de trabalhadores tá mais pro fim da fila (na verdade olhando pra coleção reparei que só tenho 2 jogos que não tem cartas).

O quarto é de quem é o dinheiro: Quem compra os jogos no meu grupo sou eu, então eu compro os jogos que eu gosto. Já me reclamaram que queriam jogos mais descontraídos eu respondo "compra e trás que a gente joga". Gosto de jogos que exijam um pouco de exercício cerebral, se for pra jogar party games eu jogo RPG onde a gnt passa mais tempo fazendo piada e rindo do que jogando. Alguns jogos acabam tendo mais mesa que outros, alguns tem que ser com outros amigos que tbm curtem a analise do jogo.

Também tem o fator 'jogos que podem me fazer dormir no sofá'. Certa vez comprei A Guerra dos Tronos: Board Game e joguei uma partida, foi o suficiente pra ser intimado a dormir no sofá. Se o seu grupo, ou o seu cônjuge, não vai aceitar que um jogo de guerra tem que ter guerra não compre. Ele acabou virando Great Western Trail e foi muito melhor.

Pra autores ainda não dou tanta atenção, ainda procuro ter um misto de autores pra poder depois focar em alguns específicos.

O conselho que realmente daria ao pessoal que tá começando a coleção e vive numa cidade onde não tem loja que venda jogos (nem específica, nem mista), não tem luderias e tem poucos grupos é que pesquisem muito sobre o jogo. Se não puderem jogar ele previamente, vejam vídeos, leiam, analisem antes de investirem em algo que pode ser frustrante depois da 1ª partida.

Parabéns pelo post! 
Acho que esse post tem uma premissa que não foi dita: "este é um post para um jogador, e não para um colecionador". 

Apesar de não morar num apartamento de 46 m², eu também estou chegando naquele ponto que o espaço para armazenamento é um critério de seleção. Se eu quero um jogo, qual é o outro jogo que vou ter que me desfazer para ganhar espaço necessário?

Daí, além dos seus critérios e do espaço para armazenamento, outro critério importante é o tempo de duração. Se o grupo não tolera jogos mais longos de 3h+ ou se ninguém se dispõe de sentar numa mesa para jogar um de  10 ou 15 minutos é um limitante para suas opções.

Para quem mora em cidades sem lojas, luderias e eventos, e concordando com o @Jetro, o Tabletopia e o Board Game Arena (para citar os mais famosos) podem ser alternativas para mitigar a sorte na hora de escolher um jogo à distância. Esses simuladores podem dar uma boa ideia do desenvolvimento da partida. No limite, também há lojas que alugam jogos e enviam para o Brasil como a Ludoteca BGC.

Mas é importante também perceber que pessoas mudam o gosto. Ficar atrelado às mesmas mecânicas, temas, critérios de modo geral pode acabar levando também à frustração.

Mestre Guerra::Muito bom, @PedroMVM, os critérios 1 e 3 podem entrar em análise da mecânica, o critério 2 na complexidade, já o 4 sobre pontuação é um elemento que não havia pensado. Realmente, pontuação escondida ou uma salada de pontos que torna difícil prever o vencedor deve motivar mais os jogadores iniciantes.

Um jogo que a patroa curtiu muito foi o Bohnanza, justamente porque a gente não sabe quanto ouro cada um fez. Só dá pra ter uma vaga ideia com os montinhos das vendas, mas só no fim que a gente descobre quem ganha. 

É interessante observar que cada um aqui tem alguns critérios diferentes de outros jogadores: uns jogam em grupos acima de 4 pessoas, outros preferem somente os party games e fillers, outros jogam somente até 3 pessoas, alguns jogam com crianças (sobrinhos, filhos...) outros detestam naves, alguns gostam de combate, outros não... a lista é imensa!

Ainda n entrei na fase escolha de autor de jogo pq gosto de variar tb, prefiro ter mais jogos diferentes ou que realmente encheram meus olhos na arte e nas regras. Geralmente, jogo primeiro com o grupo de amigos q falei, especificamente com um que sempre me mostra os jogos e me iniciou no hobby (Hero). às vezes ele aparece com algum jogo que já estava querendo jogar, aí experimento, gosto, mas n o suficiente pra comprar. Outras vezes acabo amando algum jogo e aí n tem jeito, miro a compra.

O ideal realmente seria jogar sempre antes de comprar, experimentar, testar ao vivo. Se n for possível, sempre há reviews e vídeos bons pra dar e vender por aqui.

ps: eliminação de jogador (player elimination) é chato mesmo kkk. E detesto contação de histórias (storyteller).

Tenho pouco tempo de hobby, mas já consegui definir algumas coisas que gosto e não gosto. Minha coleção ainda é pequena, mas isso é bom porque não cheguei a gastar muita grana. Costumo jogar antes de comprar, hehe. 


Um dos fatores que olho primeiro é o tema. Tem que ser algo que eu curto se não já sai do meu radar. Da mesma forma o visual, se for feinho já dá aquela murchada. E não menos importante olho as mecânicas envolvidas. Não curto muito, eliminação de jogadores, negociação, tempo real, deck building. Gosto bastante de controle/influência de área e alocação de trabalhadores. Outras coisas que não curto que ajuda a eliminar jogos são party games e jogos cooperativos. Jogos que demoram muito (3h+).


Procuro jogos que comportem mais de 4 jogadores sempre que possível e que sejam de peso até médio. Só aí já elimina bastante coisa e ajuda a economizar uma grana, rs

Me identifiquei com muitos dos comentários neste tópico.

Iniciei minha coleção em março deste ano, mas acho que antes de falar das minhas escolhas, preciso introduzir meu grupo de jogatinas primeiro, são dois:

 (A) meu irmão de 16 anos, que mora comigo e sempre foi meu aliado em tudo que já joguei. Juntos somamos 2.000+ horas na steam, 5 anos de ragnarök online, dota2, etc.

 (B) 4 amigos de longa data, tempos de colégio, são quase 20 anos de amizade. Na nossa infância jogamos Vampiro A Máscara, D&D, Magic. E infelizmente com eles nunca consegui tempo para jogar online, por conta de faculdade / trabalho, isso sempre distanciou.

Faz 5 anos que marcamos de socializar ao menos 1 vez por mês, muitas vezes comparecem novos conhecidos, que têm pouco ou nenhum contato com o hobbie. Fui conhecendo os bgs ditos modernos através de jogos como Dominion, Carcassonne, Citadels, Red November, Puerto Rico apresentados nestes encontros, e percebi que era o único momento em que éramos iguais, todos à mesa, desligados de qualquer assunto externo, divertindo-nos como nos velhos tempos. E isso me conquistou!

Na primeira oportunidade comprei o famigerado Zombicide. Um jogo cheio de miniaturas? Caríssimo mas um sucesso! No entanto, após algumas jogatinas, percebi que precisávamos de mecânicas novas, variadas. Cooperativo é bom mas a mesa gosta de competição também, e depender da sorte começava a dar os primeiros sinais de desilusão. Mas quais? Sem conhecer os rankings, títulos nacionais, editoras. Comecei fazendo algumas compras por impulso (party-games como Butim/Black Stories) OU por ouvir falar que era um "título de sucesso" como Eldritch Horror, Guerra do Anel, ótimos mas que não vêem mesa porque precisaria de 1 dia inteiro de explicações para começar a jogá-los, e passar 4-8 horas em um jogo dificilmente irá acontecer. Foi aí que entendi que jogos também se sub-dividiam em Complexidade, e comecei a adquirir jogos euro médio-leves, e até alguns ameritrashes com temática variada como Elder Sign / Pandemic: Reino de Cthulhu.

O anseio de acatar diferentes temáticas e mecânicas baseado nas notas e ranking, começou a me deixar viciado em compras, atualmente minha coleção está entre 33-35 jogos (exceto expansões). Alguns títulos permanecem intocados, seja porque preciso aprender as regras ou porque ainda não tive tempo de apresentá-los. Cometi muitos erros, e comecei a tomar consciência disso agora, se pudesse refinar minhas escolhas ao que realmente funciona metade da minha coleção estaria de fora, e títulos mais amigáveis trariam uma rejogabilidade maior. Com mais algumas tentativas vou poder dizer de certeza aqueles que irei repassar e os que irão permanecer, o tempo pra conhecer os jogos, analisar gameplay, como dito no tópico infelizmente nessa fase da minha vida não foi possível.

Parabéns ao texto, ajudou-me também em algo que eu já deveria ter parado para analisar a tempos.

Em geral as considerações que faço são mecânica, complexidade, qualidade estética, tema, numero de jogadores e preço e a arte que talvez tenha peso 2 na hora de adquirir um jogo; eu sei que maluquice minha, mas um jogaço como Gaia Project não tem lugar na minha coleção só porque não gostei da arte das raças; logico que sempre que convidado irei joga-lo, contudo eu não compro um jogo só porque ele é bonito.