Leoboy::Maedhros::Leoboy::A ideia parece bem caça níquel mesmo.
É como se o Robinson Crusoé ou Dead of Winter, por exemplo, viesse com poucos componentes para proporcionar uma experiência única em cada caixa. Daí vc termina a aventura e, ao invés de comprar uma expansão, vc compra outra caixa do mesmo jogo. Vai ter outra "experiência" única, pagando um preço q sabemos, não será barato.
Como aqueles q defendem o hobbie com unhas e dentes poderiam dizer: "compra quem quer", "o dinheiro é meu" etc etc...
Esse jogo (e aqueles q serão gerados após) parece ser o cúmulo do consumismo. Legacy elevado a segunda potência...
Jogos como RC ou DoW podem proporcionar muitas experiências únicas. Mas a busca incansável pelo consumidor/dinheiro faz com q a criatividade humana não tenha limites mesmo.
Analogia falsa.
Ambos vão ter uma experiencia completa, só que um pouco diferente entre cópias. Não se compara a legacy e só deixa pessoas completistas louco de raiva.
Na verdade, não foi bem uma analogia. Não comparei com o Legacy. Falava de consumismo e é nesse sentido que, para mim, há uma aproximação das duas propostas.
Mas veja: o Legacy é um "sistema" que foi criado para o Risk Legacy e que se tornou uma espécie de mecânica dentro do BG. Dentro em breve, o "Unique Game" se tornará provavelmente um sistema reproduzido por diversos jogos.
Além disso, ambos sistemas apresentam uma baixa rejogabilidade (quando apresentam). Não estou considerando o fator "experiência", não questionei isso.
Mas a comparação entre "Legacy" e "Unique Game" se dá especialmente, numa análise que extrapola os board games, na onda consumista que assola o nosso século. É apenas uma pequena amostra do que o homem moderno é capaz: produzir cada vez mais coisas que são descartáveis - e esgotar os recursos naturais -, para se comprar mais e cada vez mais e gerar lucros, a la "obsolescência programada"... E às vezes, por termos condições financeiras e poder de compra, por amor desmedido a matéria ou a coisas, nem questionamos isso.
Mas sei que esse não é o foco do tópico e nem da Ludopédia.
O conceito de Unique Game foi apresentado inicialmente no
Keyforge, em que você compra um deck e não pode alterá-lo, tem que jogar do jeito que veio. Sendo assim, você pode jogar eternamente com um deck de US$ 10,00. Logo, esse conceito de Unique Game no Keyforge vai na contramão dos TCGs, onde você tem que gastar centenas ou até milhares de reais para ter um deck competitivo.
Sim, haverá pessoas que comprarão dezenas de decks em busca de um forte, mas isso não tira o mérito da proposta do jogo.
Pensando na proposta do
Discover, ele é um jogo com campanha, como
Mice and Mystics,
Robinson Crusoe,
Pathfinder Adventure Card Game, entre outros. No entanto, cada caixa promete apresentar uma experiência diferente da campanha. Vendo pelo lado positivo, se você e mais um amigo de seu grupo tiverem o jogo, vocês poderão jogar as duas campanhas, como se fossem dois jogos distintos, diferente dos outros jogos de campanha que citei. Além desse benefício, você ainda pode trocar o seu Discover com outra pessoa após ambos terem terminado a campanha. E por fim, nada impede de jogar a mesma campanha mais de uma vez, visto que o jogo não é Legacy.
Pode haver pessoas que comprem duas ou três cópias do jogo, mas até aí tudo bem, ela vai jogar até o fim várias campanhas e se divertir.
Com esses argumentos, tenho uma visão justamente contrária a essa do consumismo desenfreado. Me parece que a proposta nos dois jogos é justamente inibir isso.