Postado originalmente por Rodrigo Deus no blog Meeple Divino. Visite!
“Ao contrário das disputas eleitorais na vida real, aqui os candidatos vão usar todas as armas possíveis: calúnia, compra de votos, coação, abuso de poder… mas vão negar tudo, obviamente!” – Página da Ludopedia do jogo
Eleições 20XX é o segundo jogo da editora nordestina
Legião Jogos. Criado por Bruno Carvalho (Scippio) e Pablo Ribeiro, também diretor da editora, e com as artes de Rogério Narciso e Thiago Ramos. O jogo está em financiamento coletivo a ser lançado ainda este ano. Visite a campanha de financiamento coletivo
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Nota: Este jogo ainda está em fase de protótipo, logo mudanças nas artes e mecânicas ainda podem ocorrer.
Mecânicas
– Gestão de mão
– Jogadores com diferentes habilidades
– Rolagem de dados
– Seleção de cartas
– Toma essa
Em
Eleições 20XX cada jogador(a) controla um(a) candidato(a) disputando votos a fim de se eleger nas eleições que estão chegando. Para isso, se utilizam de cartas, mecanismos e conquista de votos para que possam vencer a partida.
Componentes do protótipo
No começo de cada partida os jogadores recebem um determinado número de cartas de acordo com suas escolhas do que está aberto à mesa. Dessa forma, na sua vez, cada jogador pode jogar uma carta a fim de realizar alguma ação que venha a fornecer votos imediatamente ou futuramente, pois os votos é que são os pontos de vitória do jogo.
Os disputados votos
A partida é dividida em duas partes distintas: a execução onde as cartas são jogadas e o debate onde os votos que ainda estão no tabuleiro são divididos de acordo com certos critérios de cada personagem em jogo. Cada partida dura exatamente 9 rodadas onde a cada três acontece esse debate.
O jogo ainda com uma interessante área de votos nulos onde ali os votos não pertencem a jogador algum (porém podem ser disputados) e também com o conceito de impacto das cartas que afetam diretamente o ataque aos oponentes.
O tabuleiro que também é a caixa do jogo
Considerações finais
A primeira coisa que notei em
Eleições 20XX é a quantidade de ícones presentes no jogo de forma geral: existe um certo sentimento similar ao jogo 7 Wonders pela constante consulta ao manual e cartas de ajuda para entender melhor os ícones. Nada que atrapalhe, mas é algo necessário a se acostumar o quanto antes, pois como em todo jogo com muitos ícones, essas informações são importantíssimas e podem gerar uma certa demora nos turnos de cada um.
O título apresenta algumas decisões bastante interessantes, pois ao atacar um adversário, o jogador também pode deixar passar votos valiosos. Isso pode já ser determinado pela escolha do personagem, pois cada aspecto dos mesmos – organização, financiamento, militância e reputação – determina diferentes decisões do jogo como quem ganha os votos primeiro na divisão, defesa contra ataques, dentre outros.
Personagens
As cartas não possuem textos humorísticos para apelar ao tema, mas sim uma arte bem desenvolvida que remete a figuras da vida real, assim como também a diferentes movimentos sociais e políticos.
Nem todos os poderes dos candidatos são tão valiosos, assim como algumas cartas também são menos valiosas que outras, apesar de estratégias diferentes adotadas. Ainda assim, Eleições 20XX é um bom título que vale a pena ser jogado.
Pontos positivos
– Boas decisões estratégicas de forma geral
– Arte muito bem feita com muitas referências
– Apela ao tema de forma objetiva
Pontos negativos
– Muitos ícones a serem aprendidos e memorizados, o que pode ou não gerar uma demora no turno do jogador
– Algumas cartas e personagens possuem poderes menos valiosos
