Espaço: A fronteira final... Mas se pensar bem, é a fronteira inicial, já que tudo começou lá. Com o Big Bang. Depois, quanto a temperatura esfriou, elétrons e prótons se uniram para criar hidrogênio, que se aglutinou em nuvens, que com a força da gravidade, colapsaram e houve a criação das estrelas. Com a fusão no núcleo, surgiram elementos mais pesados, que se espalharam pelo universo com as explosões estelares. Esses materiais se uniram para criar planetas, que, um dia com as condições ideais, terá vida. Cosmogenesis Tá na Mesa!

 

Cosmogenesis foi lançado por Yves Tourigny em 2017. De dois a quatro jogadores, com duração média de 60 minutos, em Cosmogenesis sistemas planetários são criados ao bel prazer dos jogadores.

 

- Heresia! Ninguém pode criar planetas. Eles sempre existiram e sempre existirão!

 

Calma, baba ovo de Paulo II. Ninguém está criando Planetas (Nota da Sra. Slovic: Isso é com Planetarium). O lance aqui é criar Sistemas Solares inteiros. Durante seis turnos os jogadores se revezam para pegar quatro elementos que estão disponíveis no Tabuleiro Central e colocar em seu individual, que representa o Sistema Planetário.

 

Há vários tipos de elementos disponíveis. O Tabuleiro Central é dividido em quatro áreas: uma para Objetivos, uma para Meteoros e Cometas e duas para Planetas e Objetos Exóticos. Cada jogador só pode pegar um de cada área por turno.

 

Os planetas estão divididos em Rochosos e Gasosos, sendo que os rochosos têm quatro tamanhos e os gasosos, só dois. Os planetas são colocados nas órbitas, sempre iniciando na mais próxima do Sol. Depois que um planeta está em órbita, o jogador pode colocar até três planetas rochosos menores como luas. Um gasoso sempre será maior que um rochoso. Uma vez em orbita, as luas podem se chocar com um planeta rochoso. Quando isso acontece a lua diminui em um tamanho enquanto o planeta aumenta em um.

 

Os Meteoros e Cometas podem ser colocados no Cinturão ou colididos com os planetas. Os meteoros quando se chocam aumentam o corpo rochoso em um, mas desaparecem (Nota do Sr. Slovic: Assim como as luas de tamanho um). Os cometas, quando caem em gasosos, criam Anéis. Já em Rochosos de tamanho três o quatro, criam um atmosfera e água, iniciando vida neles.

 

- Maldito! Isso é uma anátema. Pare de dizer sacrilégios.

 

Pare você de escutar a mesma ladainha todo dia. Existem estudos que indicam que a vida pode ter surgido na Terra através da queda de cometas, sim. Planetas que estão até na terceira órbita podem evoluir a vida até o estágio de seres humanoides. Se estiverem além do Cinturão de Asteroides, só ficam no primeiro estágio, com seres unicelulares.

 

Há dois tipos de Objetivos: Planetários e Estelares. Os primeiros indicam condições que o planeta deve ter: Rochoso, com vida e duas luas de tamanho dois; Gasoso, sem anéis e três luas de tamanho um. Cada jogador começa com um Objetivo Planetário e compra outro nos turnos pares. Os Estelares dão pontos pela quantidade de determinados tipos de elementos que o Sistema tem no fim do jogo, como números de planetas rochosos sem vida, ou meteoros, ou gasosos vermelhos (Nota da Sra. Slovic: Os planetas gasosos podem ter cores diferentes). Esse tipo de objetivo é comprado nos turnos ímpares.

 

Por fim, os objetos exóticos ficam do lado do Tabuleiro Individual. São de vários tipos, como Poeira Cósmica e Cinturão de Cometas. Cada um tem uma função e pode ser ativado até duas vezes no jogo. No fim do sexto turno, contam-se os Pontos dos objetivos cumpridos. O tipo de vida no planeta também dá pontos, assim como cada objeto exótico. Quem tiver mais pontos, vence.

 

No geral, Cosmogenesis é um jogo bem interessante. Tem a mesmo pegada de criação de planetas, como Exoplanets, mas é muito mais bem sucedido, e didático, assim como Planetarium. As regras são simples, partida é rápida e independe do idioma, o que o torna um bom Gateway (Nota da Sra. Slovic: Ou seja, jogos para serem apresentados para quem ainda não joga muito boardgames). Foi uma boa surpresa, ainda mais com esse tema que gostamos tanto (Nota do Sr. Slovic: Eu pelo menos adoro). Continue a olhar para o céu e indagar.