Para mim depende da forma como é implementado e das expectativas que o jogador tem. Se a presença do Legacy criar uma experiência única, que de outra forma não seria possível, então vale a pena.
Alguns pontos que merecem uma reflexão:
Fator Financeiro: Para quem gosta/costuma revender os jogos, então realmente não vale a pena. Não é o meu caso, não gosto de revender os meus jogos, salvo algumas exceções.
Fator Rejogabilidade: Um jogo legacy bem construído pode ser jogado por um período maior e te dar mais diversão do que um jogo comum. Compro boardgames já fazem mais de 5 anos e desde então, a medida que a coleção vai aumentando, percebo que são poucos os jogos que veem mesa com frequência. Então considero que as 12-24 partidas do pandemic legacy, cada uma com suas 2 horas, representa muito mais tempo de jogo do que outros boardgames que em teoria podem ser jogados infinitamente, mas na prática viram mesa umas 2 ou 3 vezes. Como o mercado está aquecido e existe uma infinidade de títulos a experimentar, são exceções e não a regra os jogos que são aproveitados muitas vezes.
Fator Caça-Níquel: Acho que o jogo legacy, por conta dos seus pontos negativos inerentes (não posso revender, pode ser necessário grupo fixo) precisa ser muito melhor do que um jogo normal para realmente vender. Não é simplesmente dizer que é legacy, se o jogo não for bem apreciado acho que não vai vender o mesmo que um jogo sem ser legacy venderia. Então é uma aposta da editora lançar um jogo assim.
Fator Destruição de Componentes: Vemos que algumas coisas presentes nos jogos legacy poderiam ter sido resolvidas de uma forma a não danificar os componentes e que o jogo pudesse ser resetado, talvez utilizando aplicativos ou marcadores removíveis. Acho que se as editoras buscarem estas alternativas, estes jogos podem ficar ainda mais atraentes para o consumidor (minha opinião).