Cansado de resenhas longas e chatas como essa ? Seus problemas acabaram!
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*Talvez não seja exatamente tudo
** Tempo determinado em testes de laboratório
Resenha-Minuto: ARKHAM HORROR

Uma coisa é verdade sobre Arkham Horror: é um daqueles jogos inesquecíveis. Só que no meu caso, foi inesquecível por ter sido uma experiência negativa...
Dá pra ver que já não está fazendo muito sentido a separação entre EUROGAME e AMERITRASH. Primeiro, porque essa discussão engloba apenas uma parcela dos tipos de jogos existentes e depois porque algumas características de um estilo já entraram no outro e as coisas estão muito misturadas. Apesar disso, o Arkham Horror é do tempo em que essa definição ainda estava mais viva. Ou seja, Arkham Horror é um ameritrash de raiz!
Nesse jogo cooperativo, os jogadores e o tabuleiro fazem caminhos inversos. Os jogadores começam bem e vão se ferrando durante o jogo, perdendo sanidade e estamina. Já o tabuleiro vai ganhando forças, vão entrando novos monstros, novos portais, os monstros vão descendo do céu para a cidade, é uma beleza de caos!
Enquanto você joga, a sensação é de que nada está dando certo. Você até ganha aliados e pode comprar alguns itens e feitiços que te ajudam, mas isso acontece de forma muito lenta.
Tematicamente, tudo isso faz sentido. Se o mundo fosse invadido por seres de outra dimensão e deuses antigos de outros mundos, acho que dificilmente eu ficaria numa boa.
O problema é que mecanicamente o jogo é muito limitado e muito travado. O jogo é complexo em termos de regras, com muitas exceções e muitos modificadores, mas em termos de decisões, suas escolhas se resumem, basicamente, a modificar seus stats e a se mover para um determinado lugar e resolver um encontro aleatório nesse lugar. Esse encontro pode ser bom ou ruim, dependendo da carta tirada e do resultado da verificação de uns testes, rolando dados.
Depois que os portais se abrem e começa a aparecer um monte de monstros na cidade, uma das suas duas principais opções (que é de se mover de um lugar para o outro) fica ainda mais limitada, porque enfrentar alguns monstros é pura burrice e até tentar escapar é difícil.
Além disso, esse jogo me dá a estranha sensação de que é cada um por si. É como se fosse um cooperativo “multiplayer solitaire”! Não existem grandes oportunidades para que os jogadores realmente cooperem e façam alguma coisa juntos (talvez a única exceção seja a batalha final com o Grande Antigo onde todos podem participar. Só que até chegar lá, você já ficou 3 ou 4 horas se dando mal sozinho de um lado para o outro da cidade!).
É um design que eu respeito pelo que ele representa para os jogos temáticos e, sendo um dos primeiros jogos que eu adquiri, me ajudou a definir meus gostos pessoais nos jogos de tabuleiro (que vão para o lado oposto do Arkham Horror!)
5 PALAVRAS: complexo, temático, mecanicamente raso, aleatório, compre uma mesa maior
ESTABILIDADE DA RESENHA: alta. Joguei 3 vezes e fiquei com a mesma impressão nas 3.
VOLTO OU NÃO VOLTO: não volto. Já tive essa experiência e não gostei.