xeaglenec::Eu acho que os FAMILY GAMES sempre foram o foco do mercado. Basta olhar o número de vendas dos títulos pra perceber que o mercado maior sempre foi os chamados family games.

Eu diria que você está certo quando falamos de empresas como Estrela e  Grow. Mas quando falamos das empresas que atendem ao "nincho" não sei se isso é bem a regra. Claro que essas empresas possuem jogos pequenos em seu catálogo ou jogos mais leves porém em termos de intencionalidade consigo identificar duas linhas de pensamento:

1) A empresa lança um jogo menor para enquadrá-lo em uma faixa de preço mais acessível ao consumidor e assim conseguir aos poucos se estabelecer no mercado.

2) O jogo é usado como uma espécie de tapa-buraco no catálogo. 

  Veja uma lista dos jogos mais esperados em 17: https://www.ludopedia.com.br/lista/6862/qual-jogo-voce-mais-espera-em-2017?pagina=2 ;
  Compare com a previsão de lançamento para 17: https://www.ludopedia.com.br/lista/5196/lancamentos-no-brasil-em-2017?pagina=3 ;

Eu não posso reclamar. Tenho espaço para jogos de vários tipos e gosto especialmente de jogos para jogadores mais dedicados. Mas quem precisa olhar os próximos anos por outros ângulos é o pessoal que de alguma forma precisa mesmo que o mercado se expanda.

Jogos familiares tem uma aceitação maior naturalmente. Os mesmos divertem sem queimar a cabeça, são fáceis de ensinar e jogar e tem boa rejobilidade. 

Vide Takenoko por exemplo. Raras são as pessoas que detestam de alguma forma e muita gente joga pela beleza. Dados os seus tiles e cartas, tem uma boa rejogabilidade. Além disso, é possível fazer estratégias ou jogar "por jogar".

O texto pode até apresentar uma ideia correta em conteúdo, mas o tom é estranho. O autor se refere de forma pejorativa aos jogadores que preferem jogos pesados, fora do esquema família que ele acredita ser o futuro, por vezes parece até mesmo rancoroso a julgar pelo tom ácido e o excesso do uso de fontes que até um cego veria.
Aí eu me pergunto, qual o real propósito do tópico, apresentar uma análise de uma tendência de mercado do hobby ou fazer língua para os heavy gamers maus que o autor claramente desaprova?  

Prezado professor, não me leve a mal, não é pessoal. Estão para incluir discordância como oitavo pecado capital (brincadeira). Apesar disso, minha intenção é contribuir para um bom nível de discussão do fórum.

Achei o seu texto muito fraco. Futurologia desde o título. Embasada em quê? Achismos e preconceito contra um grupo de pessoas que chamou de someliers? De onde você tirou que family games não fazem tanto sucesso na Europa? É bom não esquecer que esse não é um mercado novo (o War vende há mais de 40 anos) apesar de estar vivenciando uma onda de inovação, popularidade e modismo. Boa parte das pessoas conhece o que são jogos de tabuleiro há muito tempo, assim como as editoras conhecem o seu mercado.

A sua hipótese de que os family games teriam um potencial superior para expandir o mercado porque têm um potencial maior de aceitação pelo pessoal que ainda não está no hobby, acho que não tem sentido. Note que qualquer mercado, em qualquer momento, tem 3 tipos de pessoas: as que já estão dentro, as que ainda estão fora mas vão entrar um dia, e as que nunca vão se interessar pelo mercado em questão (estas não interessam em nada nesta discussão). É interessante notar que, chegado o dia, as pessoas de fora (do segundo tipo) tonam-se de dentro, e esse fato evidente demonstra que essas pessoas não são muito diferentes. Então, se você quiser saber do que elas vão gostar, basta olhar o que já faz sucesso no mercado. E o que faz? Quem pode responder melhor é o lojista, pois é ele que vende, mas eu vejo o mesmo espaço nas lojas para Ticket to Ride e Zombicide (respectivamente family game e não family game), por exemplo.

Todos nós sabemos que a maioria das pessoas a quem apresentamos os jogos gostam mais de family games. Acho que faltou perceber que boa parte dessas pessoas nunca comprarão jogos; algumas delas comprarão bem poucos jogos. Será que são essas pessoas que sustentam o mercado?

Concordo com algumas coisas do texto, mas como o viniciusjf já comentou, achei um pouco estranho a forma de colocar alguns pontos.

Não é porque uma pessoa é heavy gamer que ela joga comendo queijo suíço e tomando vinho, e também não é porque ela é "somelier" que não gosta de jogos familiares e adquire em editoras nacionais.

Eu gosto de jogos pesados, imersivos e complexos. Mas sei também que eles não veem muita mesa, mas são os jogos que eu gosto, e faço questão de comprar jogos de editoras nacionais, sendo eles family, party, heavy, etc.. por alguns motivos: 1) É produto nacional, prefiro gastar dinheiro por aqui e incentivar o mercado interno (por mínimo que seja minha participação nisso), 2) Como falei anteriormente, gosto de jogos mais pesados, que já são difíceis de ver mesa, se ainda tiver a barreira da linguagem, ai que não verá mesa mesmo.

Ao mesmo tempo que, pessoalmente, prefiro jogos pesados, os que mais jogo são party e family games, mas uma coisa não elimina a outra.

Mas concordo com o autor que os jogos familiares e party games são interessantes para o mercado, tanto por inclusão de mais pessoas ao mundo dos boardgames (e todos os benefícios que isso traz), quanto comercialmente falando (devido a maior quantidade vendida e redução de custos de produção). Concordo também que existem os chatos, como toda profissão/hobby, que sempre reclamam de tudo e querem que o mundo funcione como eles gostariam.

Um ponto que estranhei no texto é o uso do "somelier", entendi ter sido utilizado no sentido de uma pessoa de alta classe social, porém sommelier é uma profissão que exige muito estudo e dedicação, como muitas outras, e nem sempre são ricos como alguns pensam, achei desnecessária essa relação.
Pois bem, voltando ao assunto, nem todos que gostam de jogos pesados/complexos tem fortunas e "comem queijo suíço e tomam vinho", alguém que goste desse tipo de jogo pode preferir deixar de comprar 2 ou 3 family games e adquirir um heavy game, não poderia?!


Enfim, essa é minha opinião.. rsrs.. Desculpem o texto gigante, ficou maior do que eu queria.. kkk

PS: Eu sou sommelier de cervejas e não sou rico, gosto de jogos pesados e compro family/party games nacionais!

viniciusjf::O texto pode até apresentar uma ideia correta em conteúdo, mas o tom é estranho. O autor se refere de forma pejorativa aos jogadores que preferem jogos pesados, fora do esquema família que ele acredita ser o futuro, por vezes parece até mesmo rancoroso a julgar pelo tom ácido e o excesso do uso de fontes que até um cego veria.
Aí eu me pergunto, qual o real propósito do tópico, apresentar uma análise de uma tendência de mercado do hobby ou fazer língua para os heavy gamers maus que o autor claramente desaprova?  

Olá Vinicius! Fico agradecido por se interessar pelo assunto e propor alguns pontos para continuarmos a conversa. Se não fosse assim seria apenas um monólogo. A conversa é legal (no sentido de ser agradável) quando ela vai e volta. Não tenho intenção de ofender ninguém, muito menos aos jogadores a quem tenho bastante respeito e com quem aprendo a cada dia, pessoas como você e outros tantos que gostam de jogos mais dedicados. Aliás eu seria um pleno idiota se ofendesse pessoas que gostam de jogos pesados quando eu mesmo aprecio esse tipo de jogo.  Os três jogos que mais considero sãoTwilight Struggle,  Twilight Imperium (second edition) e In the Year of the Dragon. Neste exato momento estou escrevendo uma resenha sobre Orléans. 

Sobre o uso das fontes, eu escolhi esse estilo visual desde o primeiro posto desse canal (forjamental) de forma a destacar a principal ideia do paragrafo. Isso por que alguns de meus textos são longos demais e nem todos se interessam por textos longos. As fontes maiores permitem ao leitor pegar a ideia principal e construir uma linha de raciocínio com uma leitura rápida. Até agora ninguém havia reclamado disso mas vou ficar atento e caso mais pessoas desaprovem essa estética textual posso mudar isso de maneira a melhorar a leitura.

Se você investigar minhas postagens mais antigas verá que eu sempre pedi para as editoras pararem de lançarem jogos bobos e empurrarem isso guela abaixo de nós brasileiros. Hoje temos jogos que atendem a vários públicos como nunca tivemos antes e ao mesmo tempo estamos diante de um pseudo problema que está sendo alardado por todos os lados:



Fiz uma análise bem sistemática sobre isso em post antigos. Eu não sou e nem tenho interesse em me tornar uma estrela na comunidade mas de alguma forma tenho ciência de que sou um formador de opiniões e constantemente apresento pessoas ao hobby. Seja nas escolas onde trabalho, sejam nos meus círculos de amizade, etc. Nem todos compraram jogos mas quem sabe do futuro? Tenho um amigo que é jogador profissional de poker e sempre teve curiosidade pelos jogos. Dei um Coup de presente pra ele após alguns meses que ele havia tido contato com o jogo. Ele não comprou, mas eu sim. Comprei um CV como presente de natal para um irmão que joga casualmente. 

Sei que cada um de vocês (de nós) de alguma forma faz sua parte para expandir o hobby. Não que EU precise disso. Quem precisa vender são as editoras, mas divulgando o hobby eu tenho esperança de ter mais jogos em nosso idioma. Tenho esperança de poder ir com minha sobrinha em uma loja de brinquedos e comprar um boardgame moderno. 

A questão desse post é: Se os jogadores de dentro do hobby não estão conseguindo absorver os lançamentos, expandir  mercado implica em trazer gente de fora. Vejo que os jogos familiares possuem muito mais aceitação nesse quesito. De forma alguma isso é uma pratica de futurologia, antes de ser professor sou cientista e nenhuma pratica sem comprovação empírica me convence. A Europa é o grande exemplo: A quantidade de jogos familiares publicados é muito maior que a de jogos do tipo EEE. Isso não é por acaso mas sim por que esses jogos possuem maior aceitação.




@sabao Mil perdões, se de alguma forma p termo somelier esta sendo usado de forma inapropriada nessa postagem. Mas esse termo virou um tipo de "meme" no nosso meio para se referir às pessoas que acreditam serem seres superiores ou iluminados apenas por que possuem uma vasta coleção de jogos entendem de todas as regras e mecânicas de forma incontestável além de, é claro, jogar apenas jogos "pesadões". De forma alguma inventei isso, apenas estou fazendo uso sem a intenção de ofender ao profissional cujo o código escrito representa.




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@nobody Obrigado pela sua colocação e digo que você está coberto de razão quando diz que são as pessoas de dentro do hobby que sustentam o mercado hoje. E nem estou falando somente da galera que participa de comunidade. Conheço muita gente que compra boardgame e não dá a mínima para BGBR ou Ludopedia, tampouco se interessa por eventos e coisas do tipo.

O que talvez seja o nosso ponto de partida para evoluir essa conversa é que nós não conseguimos mais acompanhar a expansão do mercado. Algumas pessoas falam que estamos diante de uma bolha e que de alguma forma veremos o mercado ter que se adaptar para sobreviver. Tem uma conversa do Grimuza no programa do Thiago Leite na qual ele diz que o dinheiro que está fazendo o mercado funcionar é dos investidores e não dos jogadores. Isso porque quem está lançando jogos hoje está com uma margem de lucro bastante apertada e a grande maioria não depende integralmente desse investimento para sobreviver. Claro que como exceção temos as grandes editoras e publicadoras. Mas os pequenos estão "botando" muito dinheiro nisso e ainda não tiveram o retorno desse dinheiro bem do jeito que talvez fosse devido.

Todo mundo que se debruça sobre essas coisas converge para um ponto: é preciso expandir o número de consumidores. Isso é fato. Agoma me diga, quais jogos você vai levar na escola do seu filho? Quais jogos você vai se sentar com seus pais, tios para jogar? Quais jogos agrada a grande maioria das esposas (maioria esta que joga bastante casualmente)? Quais jogos você usaria para atrair mais mulheres para o hobby? Terra Mystica?  Fief France 1642? Kanban?  

Olá! O meu nome é Aurora Coelho e sou portuguesa. Tenho um canal de jogos de tabuleiro em português de Portugal! 
Dá para dar uma olhadinha e dar uma força? O meu canal tem 1 mes e estou apostando muito nele, pois sou rapariga e em Portugal não há meninas a fazer isto  Obrigada! Espero que goste!



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Olá Aurora! Achei seu canal essa semana e gostei bastante do conteúdo. Seja bem vinda à Ludopedia.

Cada caso é um caso...

Eu achava q teria sucesso usando family games com os novatos. Não tive. Eles gostaram, mas esses jogos não despertaram o "jogador" que havia neles.

Meus sobrinhos de 13, 14  e 20 anos, só foram se interessar msmo pelo hobby, quando racharam a cabeça com Terra Mystica e Agricola... O mesmo ocorreu com a minha namorada, que hoje ganha tds as partidas de TM q joga contra mim.
Minha sobrinha de 13 anos teve seu primeiro contato com jogos modernos, numa partida de Agricola, em seguida jogou Terra Mystica e Alquimistas.
Ela ficou tão facinada com Alquimistas que pediu esse jogo de presente de natal para os pais :-)

As vzs substimamos os "não jogadores" e oferecemos a eles algo pouco desafiador e justamente por isso eles não se interessam pelo hobby.

Eu gosto de jogar family e party games (Takenoko foi o jogo q mais joguei em 2016 :-). Sei q esses jogos são muito úteis para muita gente agregar novos jogadores, mas acho q as vzs nos sentimos muito Tremendões e podamos as experiencias de novato, por não julga-los como capazes de jogar um TM da vida...

Já pensou se a EA, Ubisoft, Riot, Blizard e tantas outras empresas de games virtuais, antes de apresentar seus games para novatos, fosse "amaciando-os" com Tetris???
Acho q não daria muito certo.

pablogbo::Cada caso é um caso...

Eu achava q teria sucesso usando family games com os novatos. Não tive. Eles gostaram, mas esses jogos não despertaram o "jogador" que havia neles.

Meus sobrinhos de 13, 14  e 20 anos, só foram se interessar msmo pelo hobby, quando racharam a cabeça com Terra Mystica e Agricola... O mesmo ocorreu com a minha namorada, que hoje ganha tds as partidas de TM q joga contra mim.
Minha sobrinha de 13 anos teve seu primeiro contato com jogos modernos, numa partida de Agricola, em seguida jogou Terra Mystica e Alquimistas.
Ela ficou tão facinada com Alquimistas que pediu esse jogo de presente de natal para os pais :-)

As vzs substimamos os "não jogadores" e oferecemos a eles algo pouco desafiador e justamente por isso eles não se interessam pelo hobby.

Eu gosto de jogar family e party games (Takenoko foi o jogo q mais joguei em 2016 :-). Sei q esses jogos são muito úteis para muita gente agregar novos jogadores, mas acho q as vzs nos sentimos muito Tremendões e podamos as experiencias de novato, por não julga-los como capazes de jogar um TM da vida...

Já pensou se a EA, Ubisoft, Riot, Blizard e tantas outras empresas de games virtuais, antes de apresentar seus games para novatos, fosse "amaciando-os" com Tetris???
Acho q não daria muito certo.

Boa analogia essa do Tetris eheh.

Ás vezes é mais fácil alguém que só viu war até hoje se interessar mais em um Eclipse do que num King of Tokyo.

Ás vezes o que fascina a pessoa são uns componentes legais, de forma que a pessoa começa a desejar jogar aquilo. como por exemplo 
aconteceu quando a minha irmã viu o Cylcades. Ela não tinha ideia de como era, mas sabia que queria jogar aquilo e mexer naquelas pecinhas de barcos e exércitos eheh.

Existe muitos party games bons (como Dixit, Nosferatu e outros). O mercado enveredar pra majotariamente party game pode ser um perigo. Com o mercado ser inundado por jogo basicamente de cartinhas.

Acredito que tenha espaço pra jogos pesados e party e family games. E o caminho de entrada de alguém, o que vai fascinar a pessoa nem sempre vai ser um family game. Como tu falou, ás vezes as pessoas realmente subestimam quem não joga. E ás vezes não jogam pois não sabem que existe uns baita jogos, seja um simples de cartas, um euro pesado ou um ameritrash cheio de miniaturas (ai depende do gosto que é coisa bem pessoal).