Eu compartilho da sua opiniao meu caro,acredito que os jogos leves/medios tem o maior potencial de mercado nacional...Pouca gente esta disposta a dedicar + de 2h em um jogo...

Gosto muito de jogos pesados (até porque já tenho um tempinho bom nessa vida), mas adoro jogos leves e médios, sem eles vc não consegue trazer novos jogadores e jamais conseguirá jogar com sua família!!! O jogo mais perfeito para mim é mage kniht (vendi) dificilmente tinha mesa, mas também sou apaixonado por piratas, king of toko, quartz, carcassone, village, ticket to ride, survive etc... (sempre tem mesa)! Sinceramente, apesar de adorar jogos pesados, os leves e médios são os melhores em quesito diversão, que é o que importa para mim!!!

Concordo com o professor. No geral as pessoas querem jogar para se divertir, se o jogo tem muitas regras o pessoal já desanima de saída e pode criar um pré-conceito contra aquele jogo, ou pior, contra jogos em geral. Vão existir os que se interessam e depois partem para os jogos mais "pesados" ? Claro que sim! Mas basta cada um lembrar a quantas pessoas já apresentou os boards modernos e o percentual destes que se interessou de verdade pelo tema.

Lembro de um episódio do Ludocast de alguém falando que a GROW tava cagando para pagar mercham em um site de boardgames, pois o foco do marketing deles era todo dirigido para outros produtos que são muito mais populares e tem um retorno interessante... Vide bonecos e até jogos como War. Custo, com certeza, é menor que os boards tipo Puerto Rico e dão um retorno muito mais interessante, sem dúvida.

E family game não é party game... Family game como Catan, Carcassonne e Ticket to Ride deviam transbordar nas lojas de varejo tipo Americanas... São jogos bem divertidos que, se caíssem na graça do público, como Banco Imobiliário e War, aposto até que davam uma maneirada no valor diante uma tiragem maior...

Eu acho que os FAMILY GAMES sempre foram o foco do mercado. Basta olhar o número de vendas dos títulos pra perceber que o mercado maior sempre foi os chamados family games.

Realmente, jogos mais familiares (o que não significa que são jogos bobos) são a chave para o mercado crescer, quem sabe um dia não teremos "Ticket to Ride" nas lojas de brinquedo :-)

Eu sou da opinião que tem que ter para todo mundo, para todos os estilos, para todos os perfis, isso é importante para que o mercado cresça.

Mas é inegável que o primeiro jogo de todos, é um family game ou um party game, quer dizer jogos de regras simples e de fácil acesso, não diria que é impossível, mas é pouco improvável que alguém comece com um Terra Mystica ou algo do tipo.

Eu tenho um certo cuidado de não ficar dizendo que um jogo é categoricamente ruim simplesmente porque eu não gostei, cada jogo tem sua proposta, algumas mais simples outras mais elaboradas, outras mais pretensiosas, enfim, eu sempre analiso se o jogo foi capaz de atingir o que seu designer quis atingir, acho que ai que separa algo bom de algo ruim, mas mesmo assim existe a questão do seu gosto pessoal, se você odeia conflito você não vai gostar de Kemet, pode até considerar que ele atinge o que ele é, mas não gostar, faz parte.

Eu gosto da ideia de um hobby mais inclusivo, que vá desde do jogador mais casual até o mais pesado, que seja menos negativo, acho que ao mesmo tempo que tenha que ter mais opções, em preço mais acessíveis, tem que haver uma atitude mais positiva de quem joga, principalmente com novatos.

Gostaria muito de ver um "jogo familiar da nova geração" ser vendido em grandes lojas de brinquedo ou Americanas da vida. Um King of Tokyo, Ticket to Ride ou algo assim. Algo pra competir com war/detetive/banco imobiliário nas prateleiras.

Porém acredito que o investimento que se deva fazer pra isso acontecer seja muito alto e inviabilize que as atuais editoras nacionais se aventurem. Interessante seria se a Grow mesmo investisse num jogo desses só pra ver se tem saída.

É bem por ai... acredito que para expandir o mercado, os familiares/causais/festivos são o caminho.