Texto originalmente publicado no portal
Flynns.
Sejam bem vindos a mais uma seção de noticiário e bate papo descontraído sobre o que está rolando nos tabuleiros (e não é só dado). Percebi que muitas das notícias a galera mais aficionada já está sabendo, mas jogo na berlinda as mesmas para sondar a opinião geral e deixar sempre que possível minhas próprias impressões sobre cada assunto.
A
Galápagos Jogos fez um post em sua página no Facebook falando sobre um projeto em andamento que envolve um escape game misturado com tabuleiro e temática lovecraftiana. Parece maluco? Eu acho que parece formidável. Fui apresentado ao gênero "Saia do Quarto" pela minha esposa Rebeca, através de pequenos desafios encontrados na internet. A premissa é basicamente você estar preso e precisar resolver quebra cabeças, através de cliques no cenário, com o intuito de sair do quarto.
Quando soubemos que havia surgido o
Escape Room SP ficamos bem curiosos, mas confessamos ainda não ter conseguido a $$disposição$$ suficiente para encarar a atividade, que tinha por objetivo transpôr o desafio para a vida real. As temáticas das salas dão o charme ao negócio, então fica a expectativa para a combinação inusitada do horror lovecraftiano com uma iniciativa da Galápagos.
A Ludopedia lançou um logo maluco para um projeto que eles intitularam "
Olímpiadas Lúdicas". O que será que vem por aí? A Ludopedia é conhecida por ser o maior fórum e enciclopédia de jogos do Brasil, além de promover o Prêmio Ludopedia, onde o público e jurados especialmente selecionados de todo o país votam pelos melhores jogos nacionais e internacionais. Seu apoio a eventos e promoção de conteúdo de diversas iniciativas também é digno de nota, e o Além do Muro tem o prazer de ser um dos parceiros do portal.
Mas uma coisa é certeza: melhor que Olímpiada e Copa do Mundo de Futebol no Brasil, vai ser!
Antoine Bauza, o designer de
Takenoko, anunciou que o ainda inédito Takenokids vai ser um jogo independente para crianças, e não uma expansão do título original. Se você quer mais pandas fofos e acredita que o designer tem sucesso em recriar seus próprios jogos, como fez com
7 Wonders: Duel, fique de olho.
Você acha que esse tipo de lançamento é um caça-níqueis e nada mais? Ou coloca sua fé e esperanças nessa empreitada? Só sei que, da primeira vez que vi o nome do jogo, eu li TakenokOids, e isso soou cômico e cretino na minha cabeça. Esperava ver pandas em navezinhas destruindo aerolitos.
A Revista gringa The New Yorker apresentou lindo d120 na matéria "
The Dice You Never Knew You Needed" ("O Dado Que Você Nunca Soube Que Precisava", em uma tradução livre). Criado pelos desocupados membros da iniciativa
The Dice Lab, Robert Fathauer e Henry Segerman. Em resumo, "o d120 é um poliedro, mais especificamente um
disdiakis triacontaedro, uma criatura geométrica primeiramente descrita pelo matemático franco-belga Eugène Catalan em 1865." Ajudou?
Alguém já rolou um dado monstruoso desses e pode compartilhar a experiência? Conhece jogos com eles ou são apenas artigos decorativos? Tenho a curiosidade de saber se é fácil identificar que número ficou no topo. O próprio
Vince Vader disse no
Ludocast recente que não havia tomado a iniciativa de criar um jogo que usasse um d100 pois eles costumam não ser tão $$acessíveis$$.
A editora Z-Man irá promover um campeonato mundial de
Pandemic em 2016, em Barcelona, Espanha. Junto do evento, será lançado Pandemic: Iberia, que pretende ser uma releitura do jogo. Uma visão geral do título fornecida pelos designers Jesús Torres Castro — editor do blog espanhol
Jugamos Tod@s — e o designer original de
Pandemic,
Matt Leacock, esclarece que o jogo se passa no período da construção da primeira ferrovia da Península Ibérica. Nele você assumirá os papéis de enfermeira, ferroviário, doutor rural (what?!), marinheiro, entre outros, a fim de encontrar as curas para a malária, tifo, febre amarela e cólera.
Particularmente, eu gosto de repaginações de jogos. Eu curto o
Zombicide original porque estava cansado de jogar tudo com temática de fantasia medieval (herança das mesas de RPG). Porém, o
Zombicide: Black Plague, por exemplo, pode ser uma boa pedida para quem já está saturado de zumbis em seu contexto mais comum que são os tempos modernos. E qual é sua opinião? Que releituras de jogos você gostou e desgostou? O que tá rolando com o
Agricola me lembra quando o
Carcassonne ganhou uma nova cara e muita gente torceu o nariz.
E falando em
Carcassonne, em Abril passado, a editora alemã Hans im Glück
celebrou um novo recorde mundial do jogo, no qual três jogadores suíços usaram 10.007 tiles em 25 horas de jogo (dez mil e sete tiles em 25 horas de jogo, isso mesmo que você ouviu, 25 horas). O vídeo de cobertura dessa loucura pode ser conferido
aqui.
Você já combinou várias edições de algum de seus jogos ou mesmo de amigos para fazer uma mesa épica como essa? Eu sempre sonhei em fazer uma mesona de
Zombicide para 12 jogadores, mas ainda não tive culhões, e um amigo já ousou misturar vários baralhos de
Monopoly Deal para abraçar mais jogadores — momento em que percebemos claramente que os componentes de cada jogo costumam ter ótimos motivos para aparecerem em uma ou outra quantidade. Créditos aos, geralmente, sensatos designers.

Quatro juízes de torneios de
Magic: The Gathering processaram a editora
Wizards of the Coast no Estados Unidos, alegando que eram empregados da WotC mas não eram justamente compensados por isso. Pra quem tem interesse na parte jurídica da coisa, a ação judicial pode ser acessada
aqui. O complicado é que muitas vezes a compensação desses juízes é paga em produtos, e a Wizards tenta se defender alegando que eles são voluntários e não empregados. A contradição ocorre se levarmos em conta que, geralmente, a definição do termo "voluntário" está atrelado a causas sem fim lucrativo, o que certamente não caracteriza a WotC. A réplica da editora pode ser conferida
aqui. O conteúdo dos links está em inglês.
Você já foi juíz de Magic? O que você acha dessa história? Está do lado do #teamwotc ou do #teamjudges? É difícil opinar estando de fora, então ninguém melhor do que alguém envolvido com o hobby para esclarecer.