QuickReview é uma série do canal Deathmatch onde faremos uma análise bem resumida de jogos mais conhecidos. A intenção é fazer uma análise por tópicos, colocando em evidência aspectos bem práticos do jogo como seus componentes, mecânicas, design e etc.
Autor de diversos sucessos do mundo dos
board games,
Vlaada Chvátil sempre causa bastante agitação com seus lançamentos. Não foi diferente com
Codenames, vencedor do
Spiel des Jahers de 2016. Designer de grandes jogos como
Mage Knight,
Through the Ages e
Galaxy Trucker, Vlaada sempre mostra sua enorme versatilidade lançando jogos com temas, mecânicas e públicos muito distintos.
Codenames, ou
Codinomes, como a
Devir lançou por aqui, é um
party game bem simples mas muito divertido para 2 a 8 jogadores (cabem mais, se bem organizado). No jogo, os jogadores se dividem em duas equipes: duas agências de espionagem rivais que devem identificar os espiões da outra agência através de seus codinomes. Na mesa, um grid de 25 palavras fica disposto para os jogadores que irão decifrar as pistas dadas por outros dois jogadores, chamados de espiões mestre, um de cada time. Esses dois jogadores são responsáveis por dar dicas para seus próprios times e o primeiro time a descobrir todos os codinomes da sua respectiva cor vence o jogo. Na mesa também estão inocentes e um assassino que, se descoberto por engano, dá a vitória ao outro time.
Com componentes muito simples (muitas cartas, uma ampulheta e uma peça em acrílico para apoia a ficha dos espiões mestres), o jogo está muito bem produzido na sua versão nacional, como de costume da
Devir. E se ressalvas devem ser feitas às traduções anteriores da empresa paulista, dessa vez não há o que reclamar. As cartas estão muito bem adaptadas ao português, o que deixa o jogo realmente interessante (com exceção à carta
loch ness que não recebeu tradução e não faz sentido algum no jogo porque é a única carta com duas palavras).
A rejogabilidade de
Codenames é enorme não só pela sua imensa variedade de cartas com palavras na frente e no verso, mas pelas infinitas combinações possíveis. Dificilmente o jogo se torna maçante e repetitivo, ainda mais que sempre é possível jogar com grupos diferentes. Sem dúvida alguma o jogo deve aparecer a partir de agora em listas de
gateways para novos jogadores. A mecânica, apesar de simples e bem comum em jogos de dedução ou mesmo parecida com outros
party games, é muito bem aplicada no jogo. O tema não parece simplesmente colado na mecânica e, por mais que não se trate de um jogo super imersivo, torna o jogo bem divertido e competitivo.
Pra um jogo que não ocupa muito espaço na estante,
Codenames é um ótimo
party game (que também serve como
family game), divertido e simples que deve agradar a maior parte dos jogadores casuais, mas também acerta os jogadores mais sérios por ser interessante e rápido. Como preço da edição nacional ficou bem viável, recomendo muito adicioná-lo à sua coleção.