Muito legal seu relato!
Eu já tentei fazer isso, manter uma coleção muito enxuta. Cheguei a manter apenas 26 jogos na coleção, se me recordo bem...
Para quem já teve mais de 100 títulos ao mesmo tempo na estante, considero esse desapego uma verdadeira vitória! Especialmente porque eu tinha muitos jogos que eu nem gostava e só os mantinha para agradar outros.
E de fato um acervo mais enxuto acarreta possuir menos jogos "redundantes".
O problema é que chega uma hora que isso cansa também... rs
A gente quer jogar coisa diferente, experimentar novidade. Quer aquele tempero diferente. Não é todo dia que a gente quer comer em casa. É bom sair pra comer fora também! rs
E isso é algo muito pessoal, algo que depende também da frequência com que você joga. Houve um tempo em que eu jogava praticamente todos os dias ao menos 1h e isso me permitiu explorar muitos jogos até o limite. Só pra ficar em poucos exemplos, tenho mais de 100 partidas de Wingspan, Azul, Cartógrafos e Welcome to. Eu os mantenho na coleção hoje por puro apego emocional, mas praticamente já não os jogo mais. Ainda assim, de vez em quando, é sempre bom reencontrar um velho conhecido... como assistir pela milésima vez aquele episódio do Chaves ou Chapolin... então não me incomoda tê-los "parados" em minha estante. São praticamente recordatórios de bons momentos passados!
O grande pulo do gato é entender que ninguém precisa ter nada para experimentar uma novidade e que há diversas formas de se organizar uma coleção, inclusive colaborando com outras pessoas.
Hoje mantenho 41 jogos no meu acervo. Estipulei um limite arbitrário de 50 títulos na coleção porque sei que se tiver mais do que isso, alguns jogos ficarão parados e se mantiver menos, vou acabar enjoando um pouco.
Outra coisa que fiz e que se demonstrou bastante saudável foi reduzir a minha frequência de jogas. Hoje jogo "apenas" 1 ou 2 vezes na semana, o que tem me permitido imprimir um certo caráter de "ineditismo" aos jogos que já possuo, além de poder me dedicar mais a outros hobbies, como os quadrinhos e a natação. Ficar muito focado apenas nesse universo dos jogos pode acabar nos deixando bitolados, aumentando a sensação de insaciedade porque nada parece suficientemente inovador o suficiente para aplacar os nossos desejos.