Paschoal::Essas discussões sobre ranking me lembram como eu fico indignado com esportes de nota, pq não entendo os critérios de nota e a subjetividade deles (e lembro de como estávamos todos torcendo pra crianças gringas caírem nas provas do Skate em prol da nossa criança, pq se tem uma cosia q todo mundo sabe é q cair implica em nota menor...haha). Mas é justamente essa subjetividade que acaba fomentando discussões e a elaboração de outros rankings e afins, e torna esse ecossistema, de certa forma, vivo.
Quando se trata dos jogos, eu encaro o ranking e as premiações como um norte quando vc não sabe exatamente o que está procurando, e que, se pegar um desses jogos, a chance de se frustrar é menor. Depois de um tempo, vc começa a entender o seu gosto e sabe que o Top geral do BGG pode não ser tão bom para você, mas o Top abstratos tá em linha com seu gosto...e assim vai. 

E, sobre a avaliação, eu acrescento mais um item à lista de coisas para pensar ao dar nota, que é a revisão com o tempo. Usando um exemplo pessoal, um dos meus primeiros jogos foi o Dominant Species, láaaaa nos idos de 2011. Gostei muito dele por boa parte desses anos, mas com o tempo e jogando outras coisas, ele foi caindo no meu ranking e a nota dele foi se alterando. 

E, por fim, como já mencionado, o problema do ranking é que, seja por desconhecimento do público geral ou pelo ENORME volume de jogos lançados, ótimos jogos (pelo menos para mim!) podem ficar escondidos em posições ingratas (Como o curioso jogo de pesta Freshwater Fly, lá em 2647, o muito bem produzido Space Race em 5466 e o divertido, porém com um toma essa que nem todos curtem, Unfair, em 936.

Perfeito, Paschoal. Rankings e prêmios são apenas um norte (embora notoriamente eles influenciem no mercado). O ideal é cada um ter seu critério mesmo.
Já fiz um texto sobre isso (jogos bem mal colocados que adoro). 
Ótima lembrança de adição de item à lista. Deixei passar essa questão - muito provavelmente a maioria esmagadora das pessoas não volta com o tempo para reavaliar o jogo (e a nota sempre sobe ou desce com o tempo).
Grande abraço e obrigado pela contribuição

Diego Ni::Bem legal o texto, mas vc acabou não respondendo a própria pergunta que fez e que é a mais importante: como funciona o lobby das editoras e veículos de comunicação? É um prêmio mercadológico, afinal.

Tem outros quesitos tbm que costumam pesar nas notas dos jogadores, os quais vale mencionar (e são válidos como todos os outros, já o jogo é na maior parte uma mercadoria):

1. Uma determinada postura da editora ou designer;
2. Problemas no financiamento coletivo, entrega, erros e pós venda.


E um extra hehehe: gente que apoiou o financiamento coletivo e quer valorizar o jogo e se convencer de que fez uma boa compra 

Diego, essa é uma pergunta difícil de responder mesmo. O objetivo era passar uma ideia e esperar a galera comentar - por isso gosto tanto disso aqui, o texto é sempre vivo.
Ao que parece, no Spiel não há (ou há pouca influência das editoras). Aqui no Brasil, no prêmio Ludopedia, não imagino que exista algum tipo de lobby, embora a influência venha mais por parte dos produtores de conteúdo. Se eu lanço um jogo que quero que bombe, basta que eu envie de graça a todos os produtores de conteúdo (há chance de não dar certo, mas se a maioria deles fizer unboxing, gameplay e etc, a ideia que passa é "eita, tá todo mundo falando desse jogo".
É realmente um exercício esse, de tentar analisar o mercado. Lembro que o Davi Coelho sempre falou muito bem de Clank quando a internet dos BG era tudo mato - e o jogo bombou absurdamente, esgotando e etc. E lembro de outro produtor de conteúdo detonando um jogo recente (não direi o nome de nenhum dos dois) - e o resultado foi que de hype ele passou a jogo indesejado em muito pouco tempo (mesmo com o produtor dizendo, acertadamente, que "não era que o jogo era ruim, só que o jogo não era para ele").
Abs