Eu sempre vejo os jesuítas do boardgame querendo catequizar mais e mais pessoas para comprarem jogos e mais jogos. E olhando o trabalho voluntário que esses dois, o Ângelo e Cellyne desenvolvem eu mesmo sinto que os meus (poucos) jogos na estante poderiam estar oportunizando momentos lúdicos para àqueles que não conhecem os jogos modernos ou não tem grana para comprar.
Outra coisa interessante é notar que possivelmente uma das motivações que esse casal possui remete a talvez uma infância que eles gostariam de ter vivido. E acho fácil ensinar boardgame para meus filhos, para meus alunos, para os meus. Levar esse hobby para pessoas desconhecidas e semp retensão financeira nenhuma é uma história totalmente diferente.
Acredito que iniciativas como "Além do Muro", os eventos da Curitiba Lúdica e o evento realizado recentemente pelo pessoal do Tarja preta são únicos no sentido de oportunizar o contato com o hobby a pessoas que não conhecem. O problema a meu ver o público desses eventos, é em sua maioria, o pessoal de dentro do próprio hobby.
Uma vez o Jack (explicador) mencionou que sua família desenvolvia algum tipo de trabalho social e que ele próprio estava tentando levar os jogos modernos para as pessoas atendidas por esse projeto. É imenso o potencial que os jogos de tabuleiro de entrar em lugares que os jogos digitais são visto "com maus olhos". Acho que isso é algo que merece mais destaque e mais engajamento da comunidade do que o imensurável destaque que se da as confusões e intrigas do pessoal que não têm o que fazer além de torrar a paciência alheia.
Um contraponto que faço SEMPRE é que os jogos de mesa não substituem os jogos digitais. Os dois universos não COMPETEM entre si. Sempre adimirei o profissional que é o Sérgio Halaban mas ouvir ele falar isso na BGS foi algo que o elevou muito em meu conceito. A reportagem do G1 tenta colocar o POKEMON GO e o CARDGAME em lados opostos como se o analógico fosse uma alternativa "a moda" digital.
Acredito que nos próximos anos veremos os jogos de mesa ganharam mais e mais destaque na mídia (com méritos). Independente de ter ou não o reconhecimento da mídia tradicional tem muita gente anônima Brasil afora fazendo e acontecendo enquanto os jesuítas ficam apenas fazendo barulho no Face.