Realmente, pesquisas que refletem sobre intervenção usando jogos na educação, geralmente, trazem resultados bem genéricos.
Por outro lado, a escola tendo espaço para isso e não sendo no horário de aula, acho sem sentido cancelar um projeto de jogos apenas com fins de entretenimento. No mínimo, se o professor agir como monitor das partidas, o jogo desenvolve a sociabilidade, raciocínio lógico, trabalho em equipe, etc.
Para fins de ensinar sobre algum conteúdo, o professor precisa sempre está disposto a se aprofundar no jogo e modificar regras. Já vi gente utilizar banco imobiliário para ensinar sobre as dificuldades do sistema capitalista e o mito da meritocracia. Para isso, alguns jogadores começaram com bem mais dinheiro. Para o RPG, aí que se deve modificar as regras mesmo, pra se adaptar a cada público e a cada objetivo pedagógico. Para ensinar matemática e raciocínio matemático pode ser útil um jogo com muitos cálculos de dados e estatísticas em combates, já para ciencias humanas, pode ser útil um jogo o mais reflexivo e narrativo possível.
Se o professor for gamer, também é preciso vencer alguns preconceitos. As vezes um simples jogo de corrida com rolagem de dados e sem escolha do jogador, é suficiente para gerar uma tensão com a sorte, e portanto uma diversão, e ainda assim, aprender algumas coisas com as casas que o aluno cair.
Além disso, o professor ele pode criar seus próprios jogos apenas pegando um jogo existente e mudando sua temática com algumas mudanças de regras. Eu trabalho em um Laboratório de História, e já desenvolvemos alguns jogos dessa forma. O resultado de alguns são muito bons. Quando estiverem prontos eu posto aqui.