Ontem jogamos pela primeira vez o Marco Polo, 4 pessoas e muita expectativa. O D ( 1º jogador) ficou com Raschid Ad-din ( escolhe valor dos dados), o J ( 2º jogador) com Matteo Polo ( ganha um contrato e um dado branco no início do turno) , Eu (3º jogador) com Berke Khan ( não paga para usar recursos, se algum jogador já o usou) e O (4º jogador) com o Mercator (ganha um recurso, se alguém pegar no Bazar) . A grosso modo, logo de cara achei que a minha personagem era a mais fraca; " que porcaria! usar dados sem pagar recursos... grande coisa...pensei." Pegamos nossos objetivos, fiquei mais irritado, como iria conseguir chegar em cidades tão distantes? Rolamos os dados. O D escolheu os valores dos dados e pegou ouro, o J com seu o dado branco e um contrato, pegou seda, Eu peguei 6 camelos e O pegou pimenta; além de um ouro e uma seda, por causa da habilidade de sua personagem. No decorrer da partida, fui montando uma estratégia para pegar recursos fora do Bazar e aproveitar o máximo possível minha personagem. Para encurtar a conversa, consegui fazer meus objetivos na penúltima rodada, grande parte por causa de minha habilidade, que me fez economizar para as viagens, assim na última, deixei de viajar e me concentrei nos contratos; na minha última jogada eu fiz um contrato que me dava o direito de pegar outro contrato (pura sorte), porque esse não precisava de ouro para ser feito! Fiz e ganhei mais 6 pontos de vitória! Venci a partida, apertadíssima. No fim, percebi que o jogo requer muita estratégia, mas também sorte! Pode-se até queimar neurônios montando estratégias e táticas, mas se os valores dos dados (no meu caso) não viessem eu estaria em maus lençóis. Não sei como seria se tivesse ido mal nos lançamentos de dados. No entanto, o charme do jogo está aí mesmo, como vencer, com a maré contra? adversários com personagens com habilidades promissoras, cidades distantes, necessidade de sorte nos dados...observando o jogo por essa óptica, gostei muito! Acho que o jogo simula mesmo a inconstância do Mar (sorte nos dados), a diversidade de culturas que Marco Polo teve acesso ( assimetria de personagens), as relações de troca de especiarias ( entrepostos) e a necessidade de contar com o bom humor do todo poderoso Khan (favores de Khan).