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Sua crítica é justa, mas o problema é que não é fácil fechar a cota, Pablo!
Na primeira edição buscamos uma estratégia de preço, buscamos fazer o jogo o mais barato possível para o consumidor final.
Em 2012/2013 o mercado não estava tão aquecido, o dólar estava baixo, e não haviam tantas lojas especializadas.
A Devir ainda não tinha um acervo de boardgames tão importante e expressivo e nem um departamento próprio, como tem hoje.
o desafio era grande: mercado pequeno, jogo era desconhecido, nacional, e eu só tinha publicado jogos pela Hidra, então precisávamos de um preço atraente, apesar da baixa tiragem e a Devir ser uma empresa no Lucro real, que traz uma carga tributária alta, e a maioria das lojas ser Simples e não se creditar do ICMS.
Para uma faixa de preço de R$ 50,00 que era o que achava que o consumidor estaria disposto a pagar, precisamos diminuir em algum lugar.
Fiz questão de ter uma nota de dinheiro muito bonita, do mesmo tamanho de dólar, com couché de alta gramatura e impressão frente e verso. Precisava me afastar da imagem das notas de "banco imobiliário", porque estas iriam acabar com o jogo.
O manual também estava bonito, em couché 4 cores.
A caixa muitas vezes representa em torno de 60% do custo de produção um jogo - não é pouco!
Precisavámos escolher entre o preço atrativo e uma caixa mais firme.
Conseguimos equilibrar o preço que achava interessante e posso dizer que o jogo vendeu muito bem também por causa disso.
Quando a primeira tiragem esgotou, achei que era um bom momento para re-design.
Falei com muitos jogadores, proprietários de lojas, designers e amigos para isso.
O mercado cresceu muito em pouco tempo, lojas novas abriram, o dólar subiu valorizando a produção nacional, e o jogo já tinha se firmado. Além disso já tinha um livro de contos e já era conhecido por lojas e querido de muitos jogadores.
Abração,
Gustavo Barreto