Excelente!
O tabuleiro teve três fases para mim.
Primeira fase: pura diversão, poucos jogos (época que a Grow lançou Catan e Carcassonne), muita coisa PnP (sem vergonha de falar). O negócio era se juntar e se divertir.
Segunda fase: aqui vigorou o estresse e a ansiedade. Dois dos jogadores entraram na pira de colecionar. Era quatro, cinco, seis jogo novo toda vez; jogo "velho" nem pensar, pois tem que jogar a nova caixa que custou um rim (como dizer pro "amigo" que não queremos jogar esse troço, queremos jogar carcassonne?). Ia jogar e voltava pra casa reclamando de tudo, do comportamento alheio, do jogo, da dificuldade dos jogos. Diversão zero. Não sabíamos, mas um desses dois estava tentando transformar o hobby em negócio - queira locar os jogos (e hoje o faz). Algo errado? Nenhum pouco. Mas não vou ser parte de grupo teste para o novo investimento; arrume outro.
Terceira fase: larguei o grupo, cortei quem me causava mal estar, organizei novo grupo (uns três que jogavam no estresse vieram junto). Jogar jogos que dão vontade, priorizar a diversão e descontração.
Normalmente aquele que sofre com a ansiedade pode provocá-la nos outros. Na época ruim, eu peguei fama de ser o chato, o enjoado do grupo; reclamava de todos os jogos; passei a me irritar quando perdia (o que é frequente até hoje), culpava o novo jogo pelo meu "azar", comecei a beber em excesso nas jogatinas. Como se resolveu? Procurei o AA e fiquei sóbrio; evito gente que me desagrada se o momento é para descontração - já basta encheção de saco em outras relações sociais, como no trabalho. Mudei meu comportamento e passei a ser uma das piadas do grupo: o velho que planeja e joga errado, move a peça do adversário pensando que é a sua, o velho senil fazendo bobagem. A turma ri e a tira sarro. O mais importante: eu me divirto pacas com tudo isso!
Boas jogatinas a todos e mais um dia!