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Quem tem medo de review negativa? | SEBG#90

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Quem tem medo de review negativa? | SEBG#90
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Duração
00:34:20
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    Lucas Fratini25/03/25 11:23
    avatar
    Lucas Fratini
    25/03/25 11:23
    171 mensagens MD

    No episódio dessa semana o podcast eu tentei exorcizar mais um dos meus fantasmas quando o assunto é review negativa!


    Quem tem medo de review negativa? Não é estranho a gente ter tão pouca review negativa no nosso nicho? Confere aqui!


    Ou ouça no Spotify
    Segue o podcast lá no Instagram

    E para você, review negativa é perda de tempo?
    Comenta aqui a sua experiência que eu vou ler alguns comentários no próximo episódio!

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    Visualizar OfertaVer
  • fabiomoon007
    207 mensagens MD
    avatar
    fabiomoon00726/03/25 10:50
    fabiomoon007 » 26/03/25 10:50

    Comprou uma briga silenciosa com uma meia dúzia de geradores de conteúdo hein...inclusive gente que te convida!! rsrsrs

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/36733_r249oi.gif

    Uma dúvida: fazer review é o mesmo que nos tempos de Rui Barbosa se chamava "crítica"? Pq se for a mesma coisa, não faz muito sentido a pessoa ter melindre sobre fazer um review negativo sobre um jogo.

    - Ah, mas gerar conteúdo dá trabalho e eu prefiro fazer isso pros jogos que eu gostei. Gustavo do Gambiarra fala isso.

    Cara, vc estudou as regras, montou o jogo e jogou. Isso já te deu trabalho. Review negativo não necessariamente precisa ser implacável e sádico. The Broken Meeple é um bom exemplo.

    2
  • tuliobarros
    1688 mensagens MD
    avatar
    tuliobarros26/03/25 12:03
    tuliobarros » 26/03/25 12:03

    Do ponto de vista de jogador, já que eu não sou outra coisa senão isso, eu entendo que todo jogo tem seu público e dificilmente vou ter um jogo na estante que agrade todo mundo ou que seja detestável por todos. Tem trocentas notas 1 no BGG e na Ludopedia para praticamente qualquer jogo: Projeto Gaia (top da Ludopedia) tem nota 1, Brass: Birmingham (top do BGG) tem nota 1... No final é o jogador que gosta ou não do jogo.

    Tem um jogo que eu não gosto: In the Year of the Dragon. Inclusive até já escrevi sobre o dito cujo. Você sofre e luta para sobreviver às mazelas que o jogo te atira na cara. Eu saiu cansado do jogo.

    Mudando um pouco de contexto (ou não), quando alguém está num círculo que ele sabe que todos não gostam daquele colega de trabalho, ou daquele político, ou daquele jogo, a conversa flui muito diferente de quando existe, no meio, alguém que é amigo íntimo daquele colega, ou partidário daquele político ou amante daquele jogo. A pessoa vai pesar as palavras, não vai simplesmente zoar do "tema" da conversa. Simplesmente porque ninguém quer se indispor com alguém daquele grupo de pessoas não tão íntimas assim.

    Como jogador, eu espero que o criador de conteúdo fale daquilo que se empolgou sim. Mas eu espero que seja transparente a motivação por qual motivo está falando aquilo. É porque se empolgou e está tecendo elogios? É porque recebeu um jogo (e precisa fazer o review para manter a parceria)? É porque quer dar ao seguidor/financiador/membro do canal elementos para uma tomada de decisão de compra? É pra explorar o algoritmo? A depender de qual seja o motivador do criador de conteúdo, o discurso modula.

    Parece que "jogar muitas vezes o jogo antes de produzir o conteúdo" virou um tabu. Enquanto um conteúdo de "primeiras impressões" virou algo vergonhoso. Seria uma necessidade de ter o argumento de autoridade um requisito da produção de conteúdo? Se for, você ser obrigado a jogar 10 vezes um jogo que não é a sua praia só para fazer um vídeo de 10 minutos sobre o jogo, um caminho muito pesado.

    Mas na minha impressão, de quem ouviu apenas uma vez você usar um jogo que não gostou como assunto do podcast, digo que você falhou miseravelmente em falar mal do jogo. :D Minhas primeiras impressões é que, ao escolher um jogo que você não gostou, o jogo foi apenas um pretexto para questionar um elemento cultural do nicho e de como o jogo é ruim. E, muito provavelmente, é por isso que o cast ficou tão bom e, também, porque você gostou do feedback dos ouvintes. ;)

    Perdão pelo textão.

    1
  • rafapaz
    445 mensagens MD
    avatar
    rafapaz26/03/25 14:15
    rafapaz » 26/03/25 14:15

    Excelente episódio! Um tema muito relevante.

    É fundamental que os criadores de conteúdo sejam sinceros em seus reviews como são na ludopedia. Mas, se a renda do canal é relevante, esquece. Eu já trato muito canal de BG como "braço" de marketing das editoras, e não vejo problema algum nisso. São importantes para o crescimento do hobby, mas não importantes para me influenciar. Quanto mais gente falando de BG melhor, isso que importa, kkkkk.

    Vi que voltou ao mesmo ponto do episódio de 7 Wonders: preciso jogar várias vezes um jogo que não gosto, pra ver se o problema está em mim? Ou talvez para mostrar mais autoridade no review? Depende.

    As vezes o "não gostar" é por ter uma interpretação errada do meta jogo, e mais partidas irão revelar camadas estratégicas que não se viu antes. Daí o jogo cresce, e sua opinião muda.

    Porém às vezes o "não gostar" tem a ver com o tipo de interação, mecânica monótona, falta de climax, etc... nesses casos, jogar mais não irá resolver, o jogo será chato independente de entender ou não o meta jogo.

    Abs

    1
  • fantafanta
    424 mensagens MD
    avatar
    fantafanta26/03/25 15:10
    fantafanta » 26/03/25 15:10

    Olá, Lucas! Tudo bem com você? Já deixa ligado o alerta de textão!

    Eu precisei vir comentar o seu episódio logo após escutá-lo porque, para mim, a sua respostas à pergunta inicial foi insatisfatória.
    Você iniciou a discussão esboçando uma crítica e terminou apenas ratificando o ponto de vista inicial a ser criticado. Ou isso ou não entendi muito bem a sua colocação.
    O fato é que essa discussão é muito boa e muito me interessa, pois atualmente é justamente esse o ponto que mais me incomoda em torno da criação de conteúdo na esfera dos jogos de tabuleiro. Na verdade me incomoda tanto que eu fiz questão de vir aqui escrever a respeito e, sempre que surge uma oportunidade, eu levanto essa bola nas discussões da Ludopedia.

    Para começar a expor os meus pontos eu gostaria de esclarecer uma coisa antes de mais nada. A priori a opinião de outros sobre os jogos simplesmente não me interessa porque normalmente elas não me afetam. Levo muito em consideração a opinião das pessoas que jogam comigo - a minha família - porque quero que se divirtam tanto quanto eu.
    Quem tem medo de review negativa? Eu não sei. Tenho alguns palpites, expostos no fim da minha argumentação, e podemos discutir se são válidos ou não, mas posso dizer com certa convicção que não sou eu. Pode parecer arrogância e soberba falar assim, só que opinião negativa não é crítica por si só. Acho que você inclusive deixou isso claro no episódio. Essa percepção vulgarizada da crítica que parte de uma dicotomia antagônica de opiniões entre bem e mal; certo e errado; gosto e não gosto; é um desserviço ao debate público, pois é rasa, superficial, reduz os fenômenos da nossa vida a uma situação de causa e efeito. Implicitamente cria uma relação de intolerância face ao desconhecimento sobre o outro; torna as pessoas incapazes de entender e reagir a situações que lhe parecem complexas demais. Sem contar que faz parecer que quem critica algo está apenas sendo rabugento ou "do contra". Ela despreza o diálogo.

    Crítica diz respeito à capacidade de constituir juízos pondo em crise o objeto ou ideia em discussão e o próprio conhecimento em torno deles. Essa foi a melhor síntese que consegui elaborar a partir do pouco que li. A crítica é importante porque ela permite uma compreensão mais profunda e consciente das coisas. Ela pode até mesmo contribuir para o aperfeiçoamento das produções. Ela funciona como mediadora entre o público e as obras, promovendo a sua apreciação seja por meio da sua aprovação ou reprovação. A crítica pode conter a opinião individual, mas não é esse o cerne da coisa. A crítica opinativa pode fazer algum sentido se a perspectiva e a experiência individual contribuem para ilustrar a reflexão em torno da obra ou se expõe alguma característica que de outra maneira não seria percebida. Portanto pode por consequência embasar a formação de gosto e opinião. Em última instância a crítica contribui de alguma forma para o autoconhecimento das pessoas, embora essa não seja sua finalidade declarada. Já a resenha é um discurso capaz de expor as percepções de alguém sobre uma obra, mas sem necessariamente expor um caráter crítico. Por outro lado entendo o review como uma revisão sobre algo, sem qualquer compromisso crítico ou avaliativo, e sim com o propósito de descrever, relembrar ou ver o objeto sob outro ponto de vista. Análise seria a decomposição e desdobramento do objeto em partes menores com o propósito de facilitar a sua compreensão. O que eu queria esclarecer com tudo isso, na minha visão, é que nosso meio está recheado de opiniões de todo tipo e até mesmo de boas resenhas, mas construção de conhecimento coletivo baseado em críticas mesmo que é bom... nada. Ou muito pouco, para ser mais justo.

    O utilitarismo entende que o agente moral, indivíduo, é um átomo racional que está invariavelmente disposto a agir de acordo com a negação do seu sofrimento. De acordo com Epicuro, o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz. Atualmente o hedonismo pode ser compreendido como a satisfação dos impulsos associados a uma ideia de qualidade de vida individual, que é superior a qualquer princípio ético. É importante perceber que aquele que está disposto a agir piamente de acordo esses princípios de negação do sofrimento simplesmente não conseguirá fazê-lo. Mais do que isso, essas perspectivas utilitaristas ou hedônicas da vida e das coisas esvazia as pessoas de suas motivações. Aquele disposto a agir dessa maneira, não conseguirá resolver dilemas que envolvam o auto sacrifício por questões afetivas e até mesmo conflitos que opõem culturas distintas em disputa. Eu até acho que as pessoas em seu íntimo e no dia a dia percebem isso. Mas ao colocarem idilicamente essa perspectiva como a mais adequada, ou moralmente correta, elas contraditoriamente acabam criando muito mais sofrimento para si do que prazer. A sociedade atual está entranhada de pensamento utilitarista e hedonista. O consumo notável é o substituto do ócio e está na base da nossa estrutura social; é pensado como o elemento constitutivo do próprio indivíduo e transmite características pessoais do indivíduo para seus pares. Se você não tem um cartão de crédito e um carro você simplesmente não é um cidadão. Para ficar num exemplo do nosso hobby, se você não tem GWT ou Brass na sua coleção, você não é um jogador "sério". Ter é ser.

    A sociedade de consumo no fundo, em seu âmago, ou somente como recurso retórico, rompe com essa ideia hedonista da vida, mas não sem antes instrumentalizá-la sutilmente a seu favor. De um jeito torto ela a supera. O que quero dizer é que no fundo, no fundo, o que importa é consumir. E apenas isso. Não importa a sua satisfação pessoal ou a realização das suas necessidades. Só que nenhuma empresa ou propagandista vai falar isso. Então eles, hipocritamente, apelam para discursos utilitaristas, hedonistas e até mesmo naturalistas - assumem que tudo aquilo que existe é algo natural - ao venderem seu produtos. Assim surgem os jogos "killer" que fazem a mesma coisa que os seus antecessores, só que um pouquinho melhor. O grande pulo do gato é que a indústria simplesmente oferece produtos que não cumprem com o que prometem ou que até cumprem, mas por um espaço cada vez mais curto de tempo. Assim podem vender novamente a ideia de que o próximo jogo, esse sim - AGORA VAI - irá realizar os seus desejos e entregar uma experiência verdadeiramente ótima para dois jogadores - para ficar apenas em um exemplo da modinha da vez. Estão comercializando expectativas. Quando os jogadores percebem que o sonho não se torna realidade, a indústria já possui uma solução pronta a ser entregue para satisfazer os mais "exigentes" jogadores. Estamos saindo com o milho e eles já estão voltando com o cuscuz.

    Trazendo a discussão para um campo mais concreto e menos abstrato, The Grizzled é um jogo cooperativo que propõe entregar uma experiência que reforça laços de amizade a partir do sofrimento compartilhado e da punição por erros cometidos ao antepor decisões individuais morais acima de decisões coletivas, éticas. Em outras palavras, o jogo representa a guerra como algo que, apesar de todas as suas adversidades, é capaz de unir as pessoas através de um forte senso de comunidade para construírem juntas a vitória. Para isso funcionar o jogo precisa provocar muitos sacrifícios e desgostos aos jogadores. Àqueles que não compreendem ou não gostam dessa proposta o jogo não fará o menor sentido e se decidirem agir sem racionalizar essas questões, vão sair muito irritados ou insatisfeitos da partida, como já vi acontecer várias vezes. E eu nem estou, nesse caso, querendo discutir o mérito ou a validade da representação da guerra dessa tal forma. No entanto jogadores que não compram a ideia do jogo estão abrindo mão de usufruir de uma experiência diferente, única, que pode ser bastante satisfatória a longo prazo, apesar de bastante entristecedora num primeiro momento. Eu diria mais até, ela é tão mais gratificante quanto mais for decepcionante.

    Eu construí todo esse discurso para chegar a conclusão de que quem tem medo de review negativa são todos aqueles que não querem que esse sistema de coisas mude. São todas as empresas, criadores de conteúdo e jogadores que estão plenamente satisfeitos com o andamento das coisas como estão... ou que apenas estão muito iludidos, deslumbrados, e alienados do processo produtivo das coisas mesmo. Todos aqueles que, convenientemente ou não, não querem pensar os jogos para além de um objeto de mero entretenimento. Aliás, desconfio que "medo" não seja bem a palavra certa para descrever o que se passa... acho que há uma boa parcela de pessoas que tem interesse em manter o pensamento crítico adormecido, pois se beneficiam disso de alguma maneira - financeiramente.  É praticamente um projeto mesmo.

    Da minha parte, o que posso dizer é que não ligo muito se falarem "mal" de um jogo que eu gosto. Na verdade, eu até me divirto com isso! Você comentou ao longo desse episódio da importância de compreender para quem se fala. Comentou também em algum momento que há um hobby de jogar e outro de produzir conteúdo. Está certo.
    O meu hobby atual, além de jogar, é debater. rs
    Sem uma oposição não há um debate, não há formação de consensos e muito menos a criação de saídas alternativas para questões aflitivas. Só há monotonia. Por isso eu reafirmo, fale muito mal dos jogos à vontade. Parafraseando Milton Nascimento, tenha coragem, companheiro. Para que fechar a voz se a força do desejo pulsa em cada um de nós? Isso não quer dizer que você deva disparar qualquer argumentação barata e vazia, desassociada da realidade. Quer dizer que precisamos colocar o jogo pra jogo, colocá-lo na roda e testá-lo para ver se resiste ao teste da vida real. Afinal de contas quem não deve, não teme. Criticar é investigar para alcançar a verdade das coisas. E se ela não existir é melhor ainda, pois podemos construir as nossas próprias regras da casa e fazer uma versão nova dela em comum (des)acordo. Não debater e não criticar é simplesmente aceitar o que já está dado e... vida que segue.
    O engraçado é que o universo futebolístico é recheado de debates e críticas... "apaixonadas"... ele vive de polemizar e criar espetáculo com qualquer factóide! Já o universo dos jogos de tabuleiro teima em criar um mito de que todos vestiram a camisa da amizade e que a comunidade é composta de pessoas idôneas e boa-praça, que não promovem ambientes agressivos, "tóxicos". Vivemos a infância dos jogos, em que as pessoas preferem se manter cegas e irresponsáveis a discutir sobre questões que são maiores que os próprios jogos, que fingem que aquele jogo rankeado em primeiro lugar do BGG não reforça estereótipos, que não vende uma ideologia velha e destrutiva aos nossos próprios interesses. Tudo isso em nome de uma "ludicidade", da criação de um espaço reconfortante sem qualquer conflito de interesses. Isso é a Matrix 1.0, aquela que falhou na história do filme.

    Para finalizar eu só queria dizer que Wingspan é um dos meus jogos favoritos. O episódio em que você diz que o jogo não te empolga porque sempre parece meio morno foi muito corajoso e bem embasado. Comentou que fazer aquela análise ajudou a se conhecer melhor. Talvez sem saber você também contribuiu para elucidar alguns pontos que me incomodavam e que eu não sabia explicar exatamente o porque. A moral dessa história toda é que eu concordo com você em todos os aspectos analisados e criticados! Wingspan é um grande remendo de mecânicas sem uma narrativa coesa forte, fora o elemento lúdico e enciclopédico das aves, que dá uma liga tênue à coisa toda.
    Só que isso não faz eu desgostar do jogo! rs
    Agora eu estou grato por você ter aberto meus olhos para uma nova percepção, que por tabela me fez pensar em estratégias diferentes e que levam em consideração todas as limitações que você apontou! Eu inclusive precisei ressignificar o jogo para não ficar frustrado com ele. Hoje virou praticamente um hábito de vida para mim, uma ótima desculpa para passar algum tempo junto da minha mãe, bióloga, com quem já despendi mais de 80 partidas das mais de 100 disputadas. E meu recorde de pontos em uma única partida foi de 128, se me recordo bem.

    Eu só escrevi esse textão em defesa da crítica porque realmente admiro o seu podcast e porque você abriu margem para essa discussão. Eu certamente não me daria ao trabalho de estudar e preparar esse material se o resultado do seu trabalho não me afetasse positivamente. Você está de parabéns por trazer à baila pautas importantes e bacanas como essa, que fazem a gente pensar. Mesmo eu tendo ficado insatisfeito com a sua justificativa, eu adorei o episódio meramente pelo fato dele existir! Também desejo boa sorte com a leitura dos comentários no próximo episódio! rs

    4
  • fabiomoon007
    207 mensagens MD
    avatar
    fabiomoon00726/03/25 15:59
    fabiomoon007 » 26/03/25 15:59

    Papo de velho: lembro de ter lido na extinta revista Bizz, uma crítica muito pesada ao segundo álbum da Marisa Monte (Mais). Ninguém lembra dessa crítica e por outro lado, algumas músicas desse disco estão nos shows dela até hoje.

    O tempo e o público mostraram que a crítica foi errada, mas o direito do jornalista descer o malho no disco era válido. Na verdade, é até hoje.

    O Led Zeppelin foi duramente criticado pela imprensa especializada até o seu 4º álbum (Led IV). Daqui 200 anos as pessoas ainda estarão ouvindo Stairway to Heaven, mas isso obviamente não é uma unanimidade: há quem goste muito e há quem odeie a banda.

    Pegando como gancho o The Broken Meeple que eu mesmo citei em outro comentário, o apresentador do canal diz em quase todo vídeo "afinal, são apenas jogos". E ele está certo.

    A impressão que tenho é que boa parte das pessoas do hobby imprimem uma importância e seriedade pra esses papelões pintados, que na verdade eles não têm. Eu já vi gerador de conteúdo dizer que não faz review negativo pra não ofender quem tem o jogo.

    É só um jogo.

    Se uma pessoa se sente profundamente ofendida pelo fato de alguém não gostar de um jogo que ela possui, o problema não está em quem não gostou do jogo, mas sim em quem não aceita que alguém possa não gostar de algo que ela gosta. Paciência...é só um jogo.

    Por outro lado, apresentar pontos de vista negativos sobre o objeto ou obra analisado é algo intrínseco à atividade crítica. Não criticar nada não torna uma pessoa uma boa analista de jogos. E obviamente, criticar tudo também não.

    Eu enquanto consumidor de conteúdo tendo a não dar credibilidade à pessoa que só faz review de "jogão" que não tem nenhum defeito. Porque obviamente é impossível existirem apenas jogos incríveis e sem nada que gere incômodo em nenhuma mecânica ou fase do jogo ou na pontuação etc.

    Do contrário, parece que falar mal de algo no hobby é o mesmo que profanar um local sagrado.

    Música e teatro, por exemplo, são sagrados; jogos de tabuleiro não são. Se os 2 primeiros podem receber críticas, pq o terceiro não pode?

    É só um jogo...

    2
  • Lucas Fratini
    171 mensagens MD
    avatar
    Lucas Fratini26/03/25 16:33
    Lucas Fratini » 26/03/25 16:33

    fantafanta::Olá, Lucas! Tudo bem com você? Já deixa ligado o alerta de textão!

    Eu precisei vir comentar o seu episódio logo após escutá-lo porque, para mim, a sua respostas à pergunta inicial foi insatisfatória.

    Opa!

    Só explicando aqui o título, tem uma série de livros infantis chamada "Quem tem medo", a ideia era puxar essa referência junto do "Quem tem medo de Virginia Woolf?", que tá na minha cabeça porque reassisti recentemente.

    Mas eu fico realmente impressionado como o vocês se apegam ao título, geralmente eu escrevo algo na hora de publicar mesmo. Acho que preciso dar uma atenção maior a ele com certeza! Hahaha

    E obrigado pelo textão, vou ler com calma aqui ;)

    2
  • fantafanta
    424 mensagens MD
    avatar
    fantafanta26/03/25 19:10
    fantafanta » 26/03/25 19:10

    fabiomoon007::Do contrário, parece que falar mal de algo no hobby é o mesmo que profanar um local sagrado.

    Olá, fabiomoon007.

    Os jogos são extremamente fetichizados. Quanto mais complexo e inacessível for, então mais super valorizado ele será. Já percebeu a quantidade de jogos obscuros que são excelentes?  Verdadeiras pérolas-escondidas?
    Pensando de forma bastante pragmática, se esses jogos realmente são tão incríveis assim, porque não estão no mercado? Não dizem que jogo bom é aquele que vende?... então Guerra do Anel deve ser ben fraquinho porque passou anos fora de catálogo. É claro que eu estou fazendo uma simplificação, mas os argumentos de venda dos jogos são péssimos. Eles não se sustentam. São baseados inteiramente no desconhecimento das pessoas a respeito do jogo. Também já percebeu que análises de jogos antigos no YouTube não costumam fazer sucesso? É porque as pessoas já caíram na real, elas já sacaram qual é a do jogo ou então  tem os dados informativos a respeito do jogo acessíveis de maneira muito fácil. E alguns criadores de conteúdo justificam isso dizendo que as pessoas não demonstram interesse nos vídeos que não são de lançamento... Ora, é claro que não. Só que o problema é que essa interpretação é uma meia verdade. As pessoas não se interessam pelo vídeo de jogo antigo porque o criador de conteúdo em questão não tem nada a acrescentar sobre ele que já não se saiba.

    O que acontece é que ser um iconoclasta e criticar vacas sagradas é o mesmo que desvendar o mito. Só que é preciso sustentar de alguma maneira os nossos ídolos, mesmo que tenham pés de barro, porque, novamente, desnudá-los faz com que se perceba que muitas vezes não são nada daquilo que se pensava ou imaginava. São apenas sujeitos mequetrefes e remelentos como muitos de nós mesmos. Os "grandes jogos" do nosso hobby são quase sempre muito semelhantes a outros jogos quaisquer vendidos pela metade do seu preço. E, olha só, as pessoas vão descobrir que podem se divertir da mesma forma com esses jogos "inferiores".

    Ademais você levantou outro ponto interessante. A crítica pode não estar correta. Levando em consideração que a própria crítica é uma obra, ela também está passível de crítica. E por isso eu mencionei que na realidade esse é um eterno debate entre visões e percepções diferentes sobre um mesmo objeto, além de claramente uma disputa de interesses. Eu quero jogar e alguém quer vender. Já outros querem ganhar para jogar. Às vezes nossos interesses casam, mas eventualmente eles são diametralmente opostos, antagônicos. Portanto é natural, dentro desse sistema, que algumas pessoas queiram que você apenas... compre... e deixe pra lá essa bobagem que é questionar o que está sendo comprado.

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  • tuliobarros
    1688 mensagens MD
    avatar
    tuliobarros26/03/25 22:14
    tuliobarros » 26/03/25 22:14

    fantafanta::Olá, Lucas! Tudo bem com você? Já deixa ligado o alerta de textão!

    Eu precisei vir comentar o seu episódio logo após escutá-lo porque, para mim, a sua respostas à pergunta inicial foi insatisfatória.
    Você iniciou a discussão esboçando uma crítica e terminou apenas ratificando o ponto de vista inicial a ser criticado.

    Taí um texto que não leio desde o lançamento do Facebook, desde antes da criação do Twitter! E, não, não é sarcasmo nem sarro. É muito bom ler algo que foi estudado, pensado, revisado e editado com esmero antes de ser publicado. Foi um prazer lê-lo!
    O seu texto me fez lembrar de outro que li semana passada: "críticas direcionadas a esses produtos são encaradas como pessoais pelos criadores de conteúdo" (em Como se formam comunidades de consumo no TikTok). Mutatis Mutandis, o texto linkado descreve muito bem as comunidades formadas ao redor dos jogos de tabuleiros. Isso ocorre, em grande parte, porque são comunidades de consumo. Embora concorde plenamente contigo sobre a ausência ou intolerância ao pensamento crítico, vejo isso não como a causa principal, mas como uma consequência natural do vínculo que une a comunidade: o consumo. Como a identidade do grupo se constrói em torno desse consumo, a crítica não encontra um ambiente fértil para se desenvolver (sendo extremamente reducionista - há muitos outros fatores que eliminam espaços para críticas e debates).

    2
  • fantafanta
    424 mensagens MD
    avatar
    fantafanta26/03/25 22:19
    fantafanta » 26/03/25 22:19

    tuliobarros::O seu texto me fez lembrar de outro que li semana passada: "críticas direcionadas a esses produtos são encaradas como pessoais pelos criadores de conteúdo" (em Como se formam comunidades de consumo no TikTok). Mutatis Mutandis, o texto linkado descreve muito bem as comunidades formadas ao redor dos jogos de tabuleiros.

    Olá, tuliobarros!
    Muito obrigado pelo elogio. Que bom que se deu ao trabalho de ler tudo. Eu gostei da indicação do texto linkado e vou ler sim porque fiquei curioso!
    Concordo com você quando diz que a ausência de crítica é na realidade a consequência natural do que une as pessoas da comunidade. Só é meio triste isso, né?

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