Rhapsody::Eu adoraria apoiar um lojista local.
Se tivesse uma loja a menos de 50 km daqui.
Caro
Rhapsody
Rapaz você tem razão nesse particular e muita gente, que vive longe dos grandes centros também passa por isso. Porém, eu acho que aqui vale a reflexão de que talvez não haja uma loja mais perto de você, justamente porque as pessoas passaram a valorizar sempre o "pagar menos" e "levar mais vantagens", nas compras on-line do que valorizar o lojista local.
Claro que com os atuais preços estratosféricos de jogos, muita gente, muita gente mesmo, tem de contar os tostões e economizar onde der, para conseguir comprar os board games. Mas no médio e longo prazo essa economia pode se revelar um verdadeiro tiro no pé. Isso sem falar que se a grana estiver realmente muito curta, duas alternativas muito eficientes são aguardar passar alguns meses que o preço baixa (isso não acontece com todos os jogos, mas com a maioria), ou então apelar para o bom Mercado de Usados, que sempre tem um jogo alternativo talvez não tão novo, mas que pode servir com uma luva, e muito mais barato, enquanto se espera baixar o preço altíssimo daquele super lançamento. De repente a pessoa pode até descobrir que o jogo antigo, que custou uma fração do preço do recém lançado, supre a necessidade muito bem, tornando desnecessário gastar dinheiro com o jogo novo.
Dito isso, quem sou eu para jogar a primeira pedra, que já comprei muitas coisas na "lojinha do careca com nome de estado brasileiro", mas a gente tem que entender que tudo o que se faz, sempre trás uma consequência. Basta ver, por exemplo, a quantidade de livrarias que fecharam ou para manter as portas abertas tiveram que se transformar de uma livraria para um "café com alguns livros". Quando as pessoas simplesmente deixaram de comprar livros nas livrarias, poque na "lojinha do careca, com nome de estado brasileiro" (sempre ele!!!!) estava mais barato, ninguém talvez tivesse pensado que em um futuro próximo, isso acabaria contribuindo para o fechamento de uma cacetada de livrarias tradicionais, mas foi isso que aconteceu. Hoje sobram apenas os "cafés com livros", algumas livrarias mais especializadas, e muitos e muitos sebos, porque a "lojinha do... o resto vocês sabem", só vende basicamente livros recém lançados.
Isso me dá uma saudade imensa do tanto de horas que eu passei dentro de uma FNAC, dentro de uma Saraiva Megastore ou dentro de uma Livraria Cultura, e tenho certeza que muita gente aqui também tem muitas histórias para contar e lembrança desses momentos. Basta dizer que muita gente realmente começou no hobby comprando board games justamente nessas lojas.
Desse modo, eu acho que nós da comunidade boardgamer realmente deveríamos considerar o quanto vale a pena economizar 30, 40 ou 50 reais, se o risco forem as lojas fecharem. Caso contrário, as lojas de board games podem acabar tendo o mesmo destino das livrarias, e eu acho que isso ninguém quer.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio