Não vou repetir os elogios ao jogo, já foram ditos nesse e em outros tópicos. Vou me ater aqui a comentar os defeitos q alguns levantam e q, a meu ver, são fruto de quem não "pegou" a essência do jogo.
As críticas se concentram 90% em 2 pontos:
1 - É deck building, mas nem tanto, é alocação de trabalhadores, mas nem tanto.
2 - Não tem muita variedade estratégica, a trilha do templo é onde se vence o jogo.

Com relação ao ponto 1, oq a maioria não leva em consideração é q, apesar do q é dito aqui na Ludopedia e no BGG, Arnak não é deck building nem worker placement. Arnak, em essência, é um gerenciamento de recursos. O grande lance dele é a otimização das suas jogadas, saber aproveitar ao máximo oq tem em mãos, tanto cartas, quanto recursos e, a partir daí (utilizando como muleta deck building e alocação) fazer mais pontos. Então não vá achando q vai ter o melhor dessas duas mecânicas q vc vai se frustrar (se bem q o deck building dele tem um "plotzinho" q eu gosto muito e acho bem legal, de vc conseguir usar as cartas azuis na hora da compra).
 
Sobre a variedade de pontuação, a maior parte dos pontos vêm de 2 lugares: trilha do templo e monstros. A questão é saber otimizar essas duas estratégias da melhor forma, com oq está na mesa (e na sua mão). E é um erro achar q só a trilha pode dar pontos, fazendo uma conta de padaria, se em 5 rodadas vc matar 1 monstro por rodada, 5x5=25 pontos q é mais do q a pontuação máxima do templo. Isso sem contar os tokens de ídolo e o fato q vc pode, potencialmente, matar 2 monstros por rodada na verdade.
Mas não sugiro q vc faça isso. O grande lance de Arnak é subir no templo explorando locais e explorar locais ao subir no templo, matando monstros no processo. Na minha primeira partida de Arnak, eu mal cheguei no terço final da trilha com a lupa e cravei "É simplesmente impossível subir com a lupa e a bússola!". Hj eu chegou com os dois no topo em 95% das minhas partidas, mas pra isso a questão é otimizar.
 
E como foi dito, se quer realmente saber como é o jogo, jogue-o de graça no BGA.

Apenas uma informação que eu notei depois de algumas partidas:

A primeira vez que eu joguei, um amigo falou "o jogo se resume à trilha na lateral do mapa". Ou seja, os 3 jogadores da mesa focaram muito em usar os recursos nessa trilha, tanto que NINGUÉM explorou o lugar mais distante da praia.

Depois de algumas partidas em 2 jogadores, nós fomos notando que tem muito jogo do outro lado do mapa, principalmente se você tiver a expansão dos líderes.
Se você comprar as cartas certas, que te permitem limpar o deck inicial e te facilitam a compra de mais cartas, você consegue gerar bastante recurso para matar monstros e ainda pontuar por carta comprada (e subir na trilha também).

Acho que um jogador realmente experiente de Arnak consegue otimizar as jogadas para conseguir fazer muito ponto fora da trilha, mas não espere que você vá conseguir isso na suas primeiras 2 partidas, pq realmente não é tão trivial (embora pareça).

Como todo mundo aí já falou (e corroboro), experimente no BGA.

Abraços!

Rapaz, Arnak vai depender muito do quanto você vai se aprofundar nele.
Vou só complementar aqui, por que já fizeram muitos comentários corretos sobre o jogo, mas muita coisa incorreta foi dita tb.

É um jogo de gestão de recursos, 100%.
Absolutamente qualquer outra mecânica no jogo, é apenas uma ferramenta pra você conseguir (ou principalmente converter) o recurso que precisa, e quanto mais você melhora e se aprofunda no jogo, maior é o malabarismo pra você consegue fazer pra literalmente "cagar" um recurso do nada e isso é extremamente satisfatório.

Você pontua principalmente de 3 formas no jogo:

- Subindo na Trilha
- Derrotando Guardiões
- PV em itens/artefatos

Nenhuma dessas formas de pontuar deve ser negligenciada, não é um jogo pra escolher 1 caminho, você precisa escolher os 3, e acima de tudo, não pode deixar um jogador solto em nenhuma dessas 3 partes do tabuleiro. 

A trilha é sim uma corrida, primeiro pra pegar o melhor assistente, depois pra pegar primeiro os bônus, mas absolutamente, não é só subir. Claro que em jogos de nível mais baixo, quem subir mais ali provavelmente vence, por que tem 33 pontos naquela trilha, fora as relíquias que você pode comprar quando subir até o topo. Mas em alto nível, você não vence com menos de 80 pontos, e o placar na trilha sempre vai ser algo como 33 a 29, então a importância da trilha está mais em estar na frente o tempo todo nela pra pegar (e escolher) os recursos bônus do que ser o primeiro a subir até o topo, inclusive deixar o diário pra trás e subir só com a lupa pra estar na frente, geralmente é um erro grande.

Em resumo, é um jogo de gestão de recursos, mas com várias mecânicas dentro dele (deckbuilding, alocação de trabalhadores, compra de mercado aberto).

Sobre os defeitos, vai estar mais sobre a expectativa que as pessoas criam, por que de forma isolada é um deckbuilding que gira pouco o baralho e o jogo acaba antes de você sentir que montou seu deck, a alocação de trabalhadores é bem limitada, a reposição do mercado é bem precária e se ninguém comprar lá vão ser praticamente as mesmas cartas pra comprar em todas as rodadas, e em jogos de nível mais baixo é apenas uma corrida de subir na trilha.

Então vai do seu perfil.
Pra jogar de forma mais descompromissada não é um bom jogo, inclusive ele é bem punitivo por ter poucas rodadas não da tempo de consertar seus erros.
Também não é um jogo que você vai sentir que fez tudo, até você melhorar no jogo, ele vai acabar de forma "repentina" e vai sim te deixar com a sensação que faltou pelo menos um turno.

Agora, se você gosta de jogos de gestão de recursos, com uma camada grande de estratégia, simples de entender e complexo de dominar, é um prato cheio.

danipeixoto87::Rapaz, Arnak vai depender muito do quanto você vai se aprofundar nele.
Vou só complementar aqui, por que já fizeram muitos comentários corretos sobre o jogo, mas muita coisa incorreta foi dita tb.

É um jogo de gestão de recursos, 100%.
Absolutamente qualquer outra mecânica no jogo, é apenas uma ferramenta pra você conseguir (ou principalmente converter) o recurso que precisa, e quanto mais você melhora e se aprofunda no jogo, maior é o malabarismo pra você consegue fazer pra literalmente "cagar" um recurso do nada e isso é extremamente satisfatório.

Você pontua principalmente de 3 formas no jogo:

- Subindo na Trilha
- Derrotando Guardiões
- PV em itens/artefatos

Nenhuma dessas formas de pontuar deve ser negligenciada, não é um jogo pra escolher 1 caminho, você precisa escolher os 3, e acima de tudo, não pode deixar um jogador solto em nenhuma dessas 3 partes do tabuleiro. 

A trilha é sim uma corrida, primeiro pra pegar o melhor assistente, depois pra pegar primeiro os bônus, mas absolutamente, não é só subir. Claro que em jogos de nível mais baixo, quem subir mais ali provavelmente vence, por que tem 33 pontos naquela trilha, fora as relíquias que você pode comprar quando subir até o topo. Mas em alto nível, você não vence com menos de 80 pontos, e o placar na trilha sempre vai ser algo como 33 a 29, então a importância da trilha está mais em estar na frente o tempo todo nela pra pegar (e escolher) os recursos bônus do que ser o primeiro a subir até o topo, inclusive deixar o diário pra trás e subir só com a lupa pra estar na frente, geralmente é um erro grande.

Em resumo, é um jogo de gestão de recursos, mas com várias mecânicas dentro dele (deckbuilding, alocação de trabalhadores, compra de mercado aberto).

Sobre os defeitos, vai estar mais sobre a expectativa que as pessoas criam, por que de forma isolada é um deckbuilding que gira pouco o baralho e o jogo acaba antes de você sentir que montou seu deck, a alocação de trabalhadores é bem limitada, a reposição do mercado é bem precária e se ninguém comprar lá vão ser praticamente as mesmas cartas pra comprar em todas as rodadas, e em jogos de nível mais baixo é apenas uma corrida de subir na trilha.

Então vai do seu perfil.
Pra jogar de forma mais descompromissada não é um bom jogo, inclusive ele é bem punitivo por ter poucas rodadas não da tempo de consertar seus erros.
Também não é um jogo que você vai sentir que fez tudo, até você melhorar no jogo, ele vai acabar de forma "repentina" e vai sim te deixar com a sensação que faltou pelo menos um turno.

Agora, se você gosta de jogos de gestão de recursos, com uma camada grande de estratégia, simples de entender e complexo de dominar, é um prato cheio.

Achei interessante vc falar que é um jogo de gestao de recursos, pq geralmente vejo o povo falando sobre ser alocaçao + deckbuilding, mas é justamente a gestao dos recursos que me fez gostar do jogo. Vc teria algum outro jogo de gestao pra indicar?

Raio::se resume a subir numa trilha no canto esquerdo do tabuleiro. E é isso.

Eu já ouvi esse meme algumas vezes. Isso é como falar que Brass se resume a ganhar pontos, ou powergrid se resume a iluminar cidades. Sim o objetivo é subir na trilha, é de onde vem a maior parte dos pontos, não foi surpresa pros designers  e nem ninguém que olha o jogo por 30 segundos. Como você faz pra conseguir subir é que tem decisões importantes.  

dreameroftheshore::

Raio::se resume a subir numa trilha no canto esquerdo do tabuleiro. E é isso.

Eu já ouvi esse meme algumas vezes. Isso é como falar que Brass se resume a ganhar pontos, ou powergrid se resume a iluminar cidades. Sim o objetivo é subir na trilha, é de onde vem a maior parte dos pontos, não foi surpresa pros designers  e nem ninguém que olha o jogo por 30 segundos. Como você faz pra conseguir subir é que tem decisões importantes.  

A trilha é muito importante sim, para ignorá-la, você tem que ter uma estratégia alternativa muito boa, mas afirmar que o jogo se resume a isso é um equívoco bastante grosseiro. 
Considero esse jogo excelente, um dos meus preferidos. O ponto negativo que vejo nele é uma certa influência da sorte quando você revela os guardiões, quando aparece uma nova ferramenta ou artefato etc, mas nada grave. 

Fernandawf::

Achei interessante vc falar que é um jogo de gestao de recursos, pq geralmente vejo o povo falando sobre ser alocaçao + deckbuilding, mas é justamente a gestao dos recursos que me fez gostar do jogo. Vc teria algum outro jogo de gestao pra indicar?

Nessa pegada, de recursos diferentes, com conversão, etc.... não me vem nenhum na memória.

Tem Projeto Gaia, que você vai gerenciando seu tabuleiro pra receber os recursos que precisa na rodadas. 
Tem alguns jogos econômicos também como Brass e GWT. São mecânicas diferentes, mas ambos voltados para gerenciamentos de recursos.


Já com mecânicas parecidas (Alocação + DB) aí tem Duna Imperium e nesse quesito é superior ao Arnak, só que não roda bem em 2p, é jogo pra mesa cheia.

Opa,

Sobre a trilha de exploração...
Quando joguei as primeiras duas vezes, nitidamente achei a melhor estratégia ir na trilha da ave do que explorar o mapa.
Pelo fato de você ter apenas dois trabalhadores, você fica limitado em duas ações (o que pode ser alterado um pouco por cartas que alterem isso).
Ao passo que na trilha, você pode jogar continuadas vezes se conseguir otimizar os recursos.

Na primeira partida me senti jogando "As viagens de Marco Polo" que você pode ganhar o jogo apenas cumprindo contratos em vez de ficar viajando pelo mapa (que consertaram isso no MP2)

Contudo, resolvemos jogar com a trilha da serpente. Achamos que o jogo deu uma equilibrada. Preciso jogar mais vezes para ter uma opinião mais consistente.

Bahalder::Opa,

Sobre a trilha de exploração...
Quando joguei as primeiras duas vezes, nitidamente achei a melhor estratégia ir na trilha da ave do que explorar o mapa.
Pelo fato de você ter apenas dois trabalhadores, você fica limitado em duas ações (o que pode ser alterado um pouco por cartas que alterem isso).
Ao passo que na trilha, você pode jogar continuadas vezes se conseguir otimizar os recursos.

Na primeira partida me senti jogando "As viagens de Marco Polo" que você pode ganhar o jogo apenas cumprindo contratos em vez de ficar viajando pelo mapa (que consertaram isso no MP2)

Contudo, resolvemos jogar com a trilha da serpente. Achamos que o jogo deu uma equilibrada. Preciso jogar mais vezes para ter uma opinião mais consistente.

Isso muda ainda mais consideravelmente com a expansão Expedition Leaders, onde, além de ter novas trilhas, terão personagens que se especializam em estilos de jogos completamente diferentes.

viniciusjf::O ponto negativo que vejo nele é uma certa influência da sorte quando você revela os guardiões, quando aparece uma nova ferramenta ou artefato etc, mas nada grave. 

 
Existe essa sorte sim no jogo, mas como vc falou, não é nada grave e eu acho na verdade até bastante temático. Se vc é um explorador e está descobrindo um local totalmente desconhecido, vc não tem ideia oq tem alí, é natural não saber oq esperar de recompensas, tesouros ou perigos. Acho até q faz parte do charme do jogo vc conseguir se virar com os recursos q aparecerem pra vc (com exceção daquele local q dá 2 bússolas ou uma carta de item gratuita, essa é pra acabar com qualquer estratégia rs).
 

Fernandawf::Achei interessante vc falar que é um jogo de gestao de recursos, pq geralmente vejo o povo falando sobre ser alocaçao + deckbuilding, mas é justamente a gestao dos recursos que me fez gostar do jogo. Vc teria algum outro jogo de gestao pra indicar?

 
Jogo focado puramente na gestão de recursos é difícil. Os italianos costumam ter bastante de gestão, misturado com outras mecânicas. Os q eu mais recomendaria são Lorenzo il Magnifico e As Viagens de Marco Polo (ou Marco Polo II: Ao Serviço do Khan), lembrando q eles são bem cobertor curto. Indo mais pros pesados, indicaria tb os da trilogia T: Teotihuacan: City of Gods, Tzolk'in: O Calendário Maia e Tekhenu: Obelisco do Sol, nessa ordem.
 
Eu lembro tb de ter bastante gestão em Imperial Settlers: A Ascensão de um Império, mas joguei só uma vez há muito tempo, talvez minha memória me engane.