cmte_sulivan::sfranco::cmte_sulivan::Os custos estão elevados devido ao alto custo de importação. O Brasil vive momento difícil nesse setor. As taxas e impostos federais para produtos que vem de fora, estão absurdas.
Além do mais, desde que a Galápagos fez sociedade com as Asmodee ( a qual comprou boa parte da empresa) os royalties dos títulos aumentou bastante. E praticamente tudo da Asmodee é fabricado atualmente na China.
Sinceramente, eu não espero mais nada abaixo disso no mercado. É desse nível pra cima. Nossa nova realidade, infelizmente. 
O imposto de importação é o mesmo há décadas.
Sim, imposto sempre houve. No entanto desde 2024 as alíquotas subiram.
20% para produtos até 50 dólares. E 60% para produtos acima de 3 mil dólares.
Como a Galápagos importa em grande quantidade, 60% é o aplicado nesse caso.
Pra você ter idéia, em 2020, a alíquota para importação de brinquedos e jogos era de 35%.
Desde 2024, segundo a lei 14.902/2024 a alíquota passou para 60% em jurídica acima de 3 mil dólares.
Então não. O imposto não é o "mesmo a décadas". Últimos anos subiu muito.
Quem dera se fosse. Assim a teríamos equilíbrio com a inflação.
Bom dia amigo, sem fazer nenhum juízo de valor aqui sobre se é bom ou ruim, certo ou errado, nem nada do tipo. Só apontar que sua interpretação da legislação é equivocada por dois motivos:
1. Estas alíquotas a que você se refere se aplicam
apenas ao regime de tributação simplificada, que só pode ser utilizado em importações
abaixo de três mil dólares (e isso está inclusive na lei que você citou, segue abaixo um print:
Ou seja, é objetivamente ERRADO dizer que acima de três mil dólares a alíquota do imposto de importação no regime de tributação simplificada é de 60%. Esta alíquota se dá apenas para importações entre cinquenta e três mil dólares.
2. Quaisquer editoras que importam em grandes quantidades, justamente pelo exposto acima,
não se utilizam do sistema de tributação simplificada. Neste caso o que define o valor dos tributos não é uma única alíquota unificada de 60%, mas pelo menos outras quatro (PIS, COFINS, II e IPI), fora ICMS. A depender da classificação fiscal utilizadas para o produto em questão, estas alíquotas podem, inclusive, ficar acima dos 60% da tributação simplificada, quando somadas todas. Veja por exemplo a NCM de jogos de cartas (9504.40.00):
Veja que, fazendo um cálculo bem grosseiro (porque o IPI é inserido na conta de outra forma), a alíquota total sem o ICMS é de 41,55% contra os 60% da tributação simplificada. Com o ICMS, novamente de forma bem grosseira porque o ICMS é mais complicado ainda de se calcular porque ele integra sua própria base de cálculo, fica 59,55% contra 78% em São Paulo. Isso evidentemente sem nenhum benefício fiscal. Acredito que as editoras que importam por SC tenham redução da alíquota de ICMS. Ou seja, os números que você apresentou não condizem com a realidade porque você misturou o regime de tributação simplificada com o tratamento tributário específico por NCM. Também adiciono que em muito pouco agrega os consumidores discutirem esse tipo de tecnicalidade porque, novamente, não sabemos a realidade das empresas. Existem mil formas de manipular estas alíquotas dentro da lei, sem maracutaias, e não sabemos a estratégia de cada uma das editoras (nem nunca saberemos).
Acima também fica ilustrado um dos motivos pelos quais é muito mais barato comprar jogos nacionalizados por editoras do que comprar de fora como pessoa física: além das editoras terem (potencialmente) acesso a menores alíquotas de impostos, eles também negociam melhores preços tanto no valor do produto, quanto no frete, quanto inclusive na compra da moeda estrangeira. E, apesar de ter que pagar pessoal e a operação, ainda acaba saindo mais barato para o consumidor brasileiro do que importar. O que de forma alguma quer dizer que os jogos estejam baratos hoje.