No meu caso aconteceu uma coisa similar, mas no sentido contrário.
Começamos a receber muitos amigos em casa, então precisei investir em jogos mais fáceis de ensinar, jogar e aprender, para poder jogar com o pessoal que estava vindo aqui.
A maioria deles não fazia parte da cultura geek, nem eram gamers.
Com o passar do tempo acabamos deixando de lado os jogos mais pesados, mesmo sendo os meus preferidos, e também os preferidos da minha esposa.
O resultado foi perceber que nós estávamos "emburrecendo" (por falta de palavra melhor para expressar a mesma ideia).
Notamos que começamos a perder a proficiência que tínhamos ao jogar nossos jogos mais jogados, o que gerou uma sensação bem ruim na época (e até traumatizou minha esposa com relação a party games).
Tomamos então a decisão de diminuir drasticamente a quantidade desses encontros com muitas pessoas, pois acabávamos jogando sempre algo que não gostávamos, e passamos a nos concentrar em jogar partidas com 2-3 pessoas apenas, e focar em jogos mais densos e complexos.
Hoje focamos bastante nos jogos que consideramos excelentes, e começamos a diminuir a coleção com isso em mente, ou seja, eliminando jogos que consideramos apenas "normais" e que sempre podemos considerar uma opção melhor na hora de escolher o que jogar.
Não nos incomoda essa questão de consultar o manual durante a partida, pois apenas surgem dúvidas bem pontuais com determinadas interações de cartas / mecânicas.
Quanto a ler um manual inteiro para reaprender um jogo, creio que existam duas situações:
A primeira é aquela jogatina casual, que ocorre durante a semana. Nesse caso, sempre optamos por jogos que já dominamos as regras, não importando a complexidade.
E a segunda, aquela jogatina que já tem como objetivo ser diferenciada. Nessa, não nos importamos de aprender o jogo novamente, se for necessário, pois já sabemos que faz parte da experiência.
Sven::Sempre gostei dos jogos pesados. Aos 16 anos fiz um jogo de estratégia com mais 2 amigos de colégio que uma partida durava dias. Jogamos muito e curtimos cada partida - bons tempos da adolescência. Crescemos juntos e passamos por algumas décadas jogando de tudo, inclusive os pesados.
No entanto, venho notando que com o tempo meu interesse pelos jogos que me fazem consultar o manual durante a partida algumas vezes ou que eu tenha que lê-lo mais de 1 vez para explicar as regras, está diminuindo rapidamente.
Atualmente, prefiro jogos médio ou médio-leve que facilmente aprendo e não esqueço mais. Esse negócio de ter que ficar lendo e relendo manual toda vez que for jogar uma nova partida está me cansando.
É claro que a paixão pelos pesados permanece no coração, mas os médios e medio-leves têm ganhado espaço consideravel na preferência.
Vocês têm passado por esse movimento também?
Grande abraço a todos.
Nesse caso que mencionou, creio que seja muito importante identificar o motivo pelo qual se deu essa mudança.
Será que realmente é a sua preferência que está mudando? Ou é preguiça? Falta de tempo? Burnout? Depressão? Cansaço da rotina do dia a dia que interfere negativamente no hobby?